12 de Janeiro de 2019

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Querido diário recluso, como esta?

Andei te abandonando um bucado, não? Arranjei um quase ouvido para desabafar.

Mas, deixa eu lhe perguntar, já tentou ler alguém? Já tentou enxergar pelas linhas deixadas jogadas na vida da pessoa? Eu tento com ela, a sorrizarda.

Alias, o poema não lhe cai tanto. Mas a alma de poeta me pediu para que fosse feito. Atendi.

Queria saber se ela ainda sorri, se ainda cora e se esconde. Queria saber se ainda folga, oculta o brilho dos olhos e busca carrinho. Mas eu não sei.

Algo em mim quer salva-la sem saber se ela quer ser salva e se realmente precisa.

Eu quero ela reta, no caminho trilhado e rumando a felicidade. Mas talvez ela não queria. E, tenho que aceitar.

Tenho que olhar para ela e lembrar que ela tem alma livre, que não fui eu que a deu, mas não posso tirar.

O diário aleatório de Margot.Onde histórias criam vida. Descubra agora