Tenho que confessar: não sou mais quem eu era. Ou talvez nunca fui quem pensava ser.
A luz da tv ilumina o quarto afastando a escuridão de mim e enquanto isso só penso no trapo que me tornei.
Sou o resto de tudo que já quis ser.
Não consigo dormir. Não quero. Não posso. Que diferença faz?
Minhas letras não são as mesmas, minha força não é a mesma, minha fraqueza também não. E nem mesmo o meu intimo é.
Sou antes de tudo mulher perdida. Sem garras e sem desejos.
E dai mais um gole de vinho? Ele me aquece enquanto me sinto só mesmo estando acompanhada.
Mas minha alma vaguiante não está. Ela gira perdida procurando Porto. Procurando cais. Mas em meio a isso o mundo desmorona, cai e me leva.
Que eu afunde mais quando acreditei que só flutuaria.
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O diário aleatório de Margot.
PoesiaQuerido Diário, Você foi criado para isto, ser diário. Em você falarei sobre coisas banais, pensamentos aleatórios ou apenas para escrever. Seja como for, que isso me ajude a quebrar alguns bloqueios de escrita. Não se sinta ofendido se o que for...