Hoje lhe confesso o que só meu travesseiro sabe: Sou inconstante.
Dou de exemplo a noite passada:
As 17 horas eu era só dor. Pura melancolia de não saber no que errei.
As 18, apenas respirei e tentei fingir que não havia nada de errado. Um jantar em família bem fantasiado.
As 20, engoli metade de uma pilula para que o cansaço me esgotasse, e de pálpebras fechadas a noite passa-se.
Não funcionou.
As 21 estava eu, desesperada e aflita. Tentando por na cabeça que eu nada fiz para merecer tanta amargura.
As 22 eu já havia me dopado novamente. Agora uma pilula inteira. Tentei deixar ela me levar. Não adiantou. Ela só prendeu meu corpo a cama, mas a alma continuou a rodar pela casa.
As 23 o coração disparou. Um fio de esperança se roupe mais rápido do que surgi. Estou novamente pressa no caus.
As 24 a mente não para, não cansa de me torturar.
E durante toda a noite eu sabia, tinha total certeza que precisava de ajuda. Precisava de resgate.
As 8 do dia seguinte eu sentia algo morto em mim, mas já não queria nada.
Tudo era só receio de que a noite voltasse.
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O diário aleatório de Margot.
PoesieQuerido Diário, Você foi criado para isto, ser diário. Em você falarei sobre coisas banais, pensamentos aleatórios ou apenas para escrever. Seja como for, que isso me ajude a quebrar alguns bloqueios de escrita. Não se sinta ofendido se o que for...