EXTRA - 1 DE 3

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- Merda.

Eu sabia que havia algo de errado. Como pude ser tão burro?

Meti o gelo no magoado depois de retirar todos os pedaços de vidro que continha.
O Theo tinha razão, ela é só a cópia do pai...

E eu continuo a ser o mesmo idiota de sempre.

Ligo o meu telemóvel e marco o número para o qual não pensei ligar tão cedo. O número de Roger. Após uns segundos ele atende.

Call on

- É o Roger.

A sua voz metia-me nojo. Falava com muita arrogância e de forma autoritária.

- Cá nos encontramos de novo, não é verdade?

- Quem fala?- Ele falou com desconfiança na voz.

Sabia que provavelmente, já podia estar a tentar localizar a chamada mas pouco me importava. Estava bastante longe dele.

- Isso não importa, tenho a sua filha comigo.

- Deixa a minha filha ou eu mato-te, ouviste?

Ameaçou-me. Ele ainda não sabia quem eu era, mas estava prestes a descobrir. Ele pode ter enganado o meu pai na altura, mas a mim ele não me dá a volta.

- Só deixo quando assumir que matou o meu pai seu traste.

- Ah já sei quem está a falar - Ouço ele sorrir do outro lado, de forma maldosa - O pobre Caio... O teu pai mereceu todas as que levou até morrer.

Uma lágrima escorrega por o meu rosto, era algo que mexia muito comigo e que sem dúvida vai deixar sempre marcas na minha memória. Como é que ele ainda tem a lata de falar deste jeito do meu pai? Ele vai pagá-las uma por uma, nem que seja a sua filha a sofrer por todas as maldades que ele cometeu.

- Eu só a solto quando toda a gente souber que não foi um acidente. Eu vi-o a deixá-lo ali.

- Sabes Caio? Eu só tenho pena de uma coisa- Ele parou por um tempo, mas logo continuou- Tenho pena de naquele dia não te virmos e não te matarmos também.

Call off

A chamada foi abaixo e reparo que ele havia desligado o telemóvel na minha cara.

Atiro-lo para o chão e vejo -o a partir-se aos bocados diante dos meus olhos.

Zaira

O meu plano não tinha dado certo.
Correu tudo ao contrário daquilo que tinha planeado na minha cabeça.

Agora só tinha ganho uma coisa: a fúria dele.

Vi na sua cara o quanto ele ficou zangado por lhe acertar com aquele candeeiro e sei que se vai vingar de alguma forma.

Não posso dizer que não gostei deste nosso " tempo juntos". Gostei de estar com ele, literalmente, em cima de mim e sim eu queria muito beijá-lo naquela hora mas, nós dois somos de mundos totalmente diferentes e a lutar por coisas, simplesmente distintas uma da outra.
Sabia que amanhã iria ter algum tipo de castigo, era o que o meu pai fazia a todas as pessoas que não fizessem o seu pedido bem feito.
O meu pai não é a melhor pessoa do mundo eu sei... Mas também não é como o pintam.

Ele ajudou muito a minha mãe quando ela ficou doente e por isso eu não quis que ele falasse desse assunto no outro dia. Não queria que ele me enchesse a cabeça sobre ele e sobre coisas que, provavelmente, me façam não querer ver o meu pai mais à frente.

Afinal...

Eu sou uma Bernardi e sempre serei uma Bernardi.

E mesmo eu sentindo esta atração ou desejo, ou sei lá que eu senti, eu não posso fugir às minhas raízes. Não só por causa dele. Até porque é impossível eu agir assim com uma pessoa que me raptou, que me levou para longe da minha família.

Ouço barulhos do andar de baixo e o medo de ele estar furioso arrepia-me por completo. Eu nunca o vira daquele jeito desde que estou cá.

Os seus olhos verdes não encararam os meus tempo algum e empurrou-me com força contra a cama magoando-me um pouco nas costas.
Digamos que o tirei do sério. Mesmo à bruta.

BOM DIA MEUS AMORES

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BOM DIA MEUS AMORES. ESPERO QUE ESTE ROMANCE VOS ESTEJA A AGRADAR DE ALGUMA FORMA.
LOVE YOU. BJOCAS.

In(quebrável) - Máfia e Vingança Onde histórias criam vida. Descubra agora