Quando eu pensava que agora nós até nos estávamos a entender, a Zaira conseguiu estragar tudo. E de que maneira.
Ouvia ela chamar por mim do andar de cima e não tinha nenhum apetite de ir lá ver o que ela queria, porque eu sabia que se fosse lá ia acabar por não resistir aqueles doces olhos azuis que eu tanto tento evitar.
Pousei o gelo em cima da banca e começei a subir lentamente as escadas, ainda sem saber o que lhe fazer em relação ao acontecimento de há pouco.
Abri a porta com a chave, visto que estava trancada, e vejo-a sentada a olhar para mim com destaque no magoado que ela me havia feito na cabeça.
- Desculpa.
Ela falou enquanto eu me ia aproximando. Eu não pretendia mágoa-la nem algo perto disso. Só queria que ela me dissesse o que fez ela me seduzir desta maneira e no fim espetar-me com um candeeiro em cima da cabeça. Talvez estivesse na altura de ser ela a ser seduzida.
- O que é que tu pensaste Zaira? Que eu era homem de brincadeiras?
Digo aproximando-me ainda mais dela. Eu não sabia o que iria acontecer neste momento entre nós, só pensava numa forma de a puxar para mim de uma vez por todas. Eu tinha que a ter, aquele laço de atração tinha de se desfazer porque eu já não estava mais a aguentar.
- Eu já pedi desculpa. Nunca pensei que chegasse naquele ponto entre nós...
Diz fixando os seus olhos nas minhas mãos, que prenderam as suas contra a cama. E aí eu perdi toda a noção, aqueles olhos dela eram sem dúvida a minha perdição.
- Tens noção que devias pagar pelo que fizeste...
Desviei o seu cabelo para um só lado e a vontade de beijar aquele pescoço era infinita.
- Eu não queria te magoar, eu...
A sua voz saiu como um suspiro quando a minha boca passou pelo seu pescoço, deixando lá leves beijos molhados, sentindo de imediato toda a sua pele se arrepiar.
- Zaira... O que é suposto eu fazer contigo agora?
Meti-me por cima dela ainda prendendo as suas mãos nas minhas. Eu via na sua cara que ela também estava a gostar deste meu " castigo sexual" e era isso que eu pretendia. Deixá- la no seu limite, fazê-la pedir por mais...
- Eu não posso ficar assim por ti...
Ela diz enquanto eu continuo os meus beijos pelo seu pescoço, deixando até algumas marcas por onde ia percorrendo os meus lábios.
- Deixas-me sem saber como agir... Nós..
Interrompo-a quando começo a subir as minhas mãos mais para cima.
- O que é que tu pretendes, Zaira?
Digo levantando o seu vestido. Logo que soltei as suas mãos, Zaira pousou-as no meu corpo, sentindo todo o meu tronco junto ao seu e aí eu tirei todas as minhas dúvidas.
Ela queria-me.
Tirei o seu vestido e reparei que possuía uma lingerie de cor branca, bastante sexy por sinal.
Vi-a morder o lábio e percebi que ela também já estava cheia de desejo, tal como eu.
- Eu não sei o que pretendo, mas sei que isto soa errado- ela diz após algum tempo. Os nossos corpos continuavam juntos. E a vontade de a ter só para mim era cada vez maior.
- O errado está me a soar bem agora- Respondo.
Estava com vontade de tocar nos seus doces lábios encarnados mas decidi acabar por ali, apesar de continuar a querer mais e mais. Talvez fosse cedo de mais, talvez fosse só mesmo atração. Sem dúvida que era bem grande esta atração por ela, mas porra quem não teria.
- Espero que tenhas aprendido a lição Zaira.
Dei um sorriso vitorioso ao ver a morena morta de desejo por mim. Quando viu que eu ia embora da sua beira, prendeu o meu braço e puxou-me de novo para cima dela, caindo de encontro com o que eu mais queria evitar:
Os seus lábios.
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Doces, era o adjetivo que eu arranjei na minha cabeça para tanta degustação que estava a sentir naquele momento.
Era como se estivesse nas nuvens por uns momentos e não pensasse em mais nada. Podia dizer que eram os melhores lábios que já havia provado e por algum motivo não conseguia parar o nosso beijo de maneira alguma.
- O que é que tu tens de especial?
Ela falou ao ver-me desapertar lentamente o seu sutiã. Nunca pensei um dia vir a estar assim, semi-nu com a filha do meu maior inimigo e nem nunca sequer imaginar que caso acontecesse eu iria ter este prazer que estou a sentir.
- Já vais ver.
Pisquei-lhe o olho e beijei-a de novo, mordendo, no fim, o seu lábio de cor encarnada. Após o provar o primeiro, não consegui resistir a mais, era como se fosse viciante. Ela é viciante.
Eu não sabia o que iria acontecer mas também não conseguia acabar com este momento de prazer. É estranho como estou zangado com ela e ao mesmo tempo, cheio de vontade de a devorar nesta mesma cama.
Contínua ∞
PRONTOS PARA A PARTE 3? ZAIRA, NUNCA PENSOU QUE ISTO ACONTECESSE E CAIO? CAIO, ACABOU POR SE DEIXAR SEDUZIR PELA FILHA DO SEU PIOR INIMIGO.
