Capítulo 10

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Sem revisão

Migas, 

Estou postando com pressa, pois preciso sair agora. Dei uma revisada rápida, mas se tiver algum erro GRITANTE me avisem, sim? Obrigada por estarem acompanhando a história. Bjocas carinhosas. Fuiii...

Domingo tem mais.


       - Como é bom trabalhar com gente civilizada. Seria fantástico ter mais meia dúzia de clientes como estes aqui. - Pedro entregou um convite a sua sócia.

Ela pegou o convite, leu os nomes e o girou entre os dedos intrigada.

- "O tempo, o tempo. O amor tem mil inimigos, mas o pior deles é o tempo (...)*" – a advogada leu o texto inicial, abaixo havia o desenho de um bolo de casamento partido ao meio e, em cima de cada pedaço, um boneco representava os noivos, ambos de preto. As duas figuras, com braços e pernas ligeiramente flexionados, imitavam o movimento de fuga. – As famílias Trajano e Farias convidam para cerimônia de 'descasamento' de seus filhos Mauro e Clarice.... Puxa! Esses dois sempre surpreendendo a gente.

- Mal acreditei quando chegaram aqui com tudo decidido.

O divórcio de Mauro Trajano e Clarice Farias ocorreu sem complicações. Com um filho adulto e a partilha de bens resolvida, quando o casal de empresários os procurou sabiam exatamente o que queriam e assim foi fácil entrar com a petição de separação consensual. Ele continuavam amigos, como puderam comprovar mais uma vez. Juntos, comemoravam a "desunião". A festa seria no próximo fim de semana.

- Deus, adoro os dois! Eles ficaram casados por vinte e cinco anos e terminaram sem coisas quebradas, choro, discussões sem sentido. Meu próximo divórcio será assim. – Pedro brincou.

- Precisaria casar primeiro. E, francamente Pedro, você tem dois divórcios horríveis no currículo. Talvez seja a hora de perguntar se realmente foi talhado para um compromisso tão sério como o casamento, eu mesma venho me perguntando isto ultimamente. - ela ainda com o convite nas mãos, refletiu sobre a decisão madura do ex- casal - Mauro  e Clarice são admiráveis porque viram que o amor acabou e antes de perderem sentimentos como respeito, confiança e civilidade puseram um ponto final naquela relação. Continuam se amando, mas de um jeito diferente.

- Hum... Desde quando ficou tão sensata? – ele resmungou antes de dizer tristonho – Não sei de ser como você, Catarina. Odeio voltar para casa sozinho à noite...

- Sem dramas, por favor. Só precisa ser mais seletivo nas escolhas e Pedro... Procure não sacanear as pobres coitadas. – seu celular tocou.

- Miguel, tudo bem? – ela atendeu.

- Tá podendo falar agora?

- Posso. – Pedro começou fazer coraçõezinhos com as mãos e ela apontou para porta o dispensando. O professor ligava quase todos os dias desde que se conheceram, duas semanas atrás. Ela escutou o som de várias vozes, ele devia estar no meio da aula. – Tem certeza que pode falar? Onde está?

- Na praia.

- Ah...! – a advogada sorriu e se recostou a cadeira. Miguel e ela eram muito diferentes, mas se entenderam desde o início. Descobriram assuntos interessantes que não envolviam petições, acordos, divisão de bens. Muito popular, ele a arrastava para os programas interessantes. Eles foram à praia no domingo e poucas vezes se divertiu tanto.

- Notei um tom de deboche nesse ah!

- Miguel, são oito horas da manhã você não costuma ligar tão cedo porque, neste horário, está sempre torturando alguém. – no momento, ele ajudava um amigo, dono de uma academia enquanto aproveitava o período de férias nas escolas em que dava aula.

Por mais uma vezOnde histórias criam vida. Descubra agora