Sem revisão
Desculpem!
Meu notebook estragou e só conseguir pegá-lo ontem. Infelizmente não sou daquelas que conseguem escrever no celular.
Não. Walter Prado estava morto.
Apesar da semelhança, o homem sentado do outro lado da mesa, definitivamente não era Walter. Catarina reconheceu estudando-o, um pouco mais jovem, o sujeito tinha o rosto fino e gelados olhos azuis. Aparentava ser um tipo frio e contido, e limitava-se lançar olhares avaliativos quando erguia a cabeça; quanto o advogado bandido, esperava bastante inquieto. Ele resolvera postar-se às costas de sua cadeira na sala de jantar, visivelmente ansioso para que o outro, talvez seu chefe, começasse a interrogá-la.
O estranho, ao contrário de Ricardo, não parecia ter pressa, e examinava detidamente todos os documentos de sua pasta e bolsa. Contendo sua indignação e sem poder se mexer direito, pois seus pulsos e tornozelos haviam sido amarrados, Catarina acompanhava o abuso e recolhendo sua raiva; o prolongado silêncio não a incomodava, fazia parte do plano, apenas uma provocação. Ele parecia desafiá-la a fazer algum comentário e o enchesse de perguntas como ela fizera com Góes.
Rápido, entendeu que aquele artifício não passava um jogo psicológico cuja intenção seria desestabilizá-la, assim, decidiu não cair no jogo e manter-se quieta e esperar. Logo, logo saberia o que os ambos queriam.
- Humm... Muito bem, doutora. Vamos conversar – o tipo finalmente rompeu o silêncio – Antes, devo dizer que admiro seu autocontrole. Outra mulher já estaria chorando e gritando...
- Quem é você? – questionou, apesar de estar numa posição vulnerável, desejou imprimir um tom firme à voz.
- Ah, não me apresentei, que indelicadeza minha... Pela sua reação há pouco deve ter percebido o parentesco com o Walter. Pois é, somos primos. Sou Vicente Ferraz e durante anos, o querido Walter e eu fomos muito ligados.
Um arrepio de medo a percorreu. Por acaso estaria diante de um maluco que a julgava responsável pela morte do outro lunático e queria vingança por isso? Cuidadosamente, começou a escolheras palavras e pensando em como agir.
- Senhor Ferraz, eu n...
- Calma. – ele levantou a mão numa atitude jovial - Catarina, posso chamar pelo primeiro nome? Se está pensando que desejo qualquer represália pela morte dele, esqueça. Ele está num bom lugar agora. Então, para você compreender o que me trouxe a esta casa, talvez precise contar uma pequena história sobre minha família. Além de parentes, Walter e eu fomos sócios por quase trinta anos, tínhamos negócios que incluíam lanchonetes, bares e boates em três estados. Prado cuidava da contabilidade e por um longo tempo fomos bons companheiros, porém meu primo sempre foi uma pessoa difícil de lidar... e após muitos anos, decidimos que cada um iria para o seu canto, sem ressentimentos. Hoje sei que fui ingênuo em confiar nele.
- Ainda não entendi o que isso tem a ver comigo.
- Calma, estou quase lá. Como se não bastasse sair carregando metade do que conseguimos e, de quebra, ele ainda carregou minha namorada Leide junto. – o tal Vicente explicou cerrando os punhos – Bem, no caso daquela vagabunda, o cretino me fez um favor, o que foi difícil engolir a traição à família. Só recentemente tive acesso ao computador pessoal de Walter e descobri que durante toda nossa sociedade, ele vinha falsificando vários documentos e desviando milhões para uma conta secreta. Sendo exato, 22 milhões de dólares foram desviados.
Gente! Era muito dinheiro.Realmente, O marido de Francileide da Silva tinha contas no exterior. Recordou-se de suas primeiras conversas sobre Prado, a moça sempre reclamava da rigidez do acordo e em uma ocasião, deixara escapar que algumas atividades dele não eram legais, insinuara a existência de contas para lavar dinheiro de procedência desconhecida. Porém, a ex- dançarina desmentiu tudo alguns dias depois, apenas queria divorciar-se rapidamente.
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Por mais uma vez
Storie d'amorePara alguém acostumado ao sucesso como Daniel Camargo um casamento fracassado era um erro que devia ser completamente esquecido, uma página virada em sua vida... Só não esperava que um incidente trágico ameaçasse trazer o passado de volta o obrigand...