Capítulo 19

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Sem revisão

Boa Noite!

Ufa! Consegui terminar o capítulo hoje. Ah! Neste capítulo Catarina começa contar sua história e decidi dividir um espaço de quatro anos em três partes. Espero que não fique confuso. Qualquer coisa comentem  eu explico. No mais, boa semana a todas. Bjos.



- Quanto tempo não via Teresa? – Daniel entregou a taça de vinho e ajeitou-se na ponta da cama.

- Eu a vi de longe no dia em que fui baleada. – provou a bebida gelada. Hum! Muito bom, gemeu aprovando – Foi pela manhã e me lembro que, por causa disso, fiquei chateada e distraída. E para piorar, à tarde, tinha uma dorzinha de cabeça chata e estava presa naquele engarrafamento... Fico pensando se tivesse mais atenta aquele homem não teria atacado a gente.

- Não se torture. Duvido que poderia ter feito alguma coisa contra um louco armado.

- Tem razão. – de camisola e recostada á cabeceira ela continuou – Bom, voltando a minha mãe, ela sempre foi muito mimada pelo meu pai, aliás, ele mimava a nós duas. Costumava chamar a gente de suas meninas, talvez por ser dezessete anos mais velho. Teresa tinha apenas dezoito anos quando se casaram. Sou suspeita para falar, porém Mauro Novaes era o homem mais gentil e protetor que já conheci. Vocês dois são parecidos, de certa forma. – Daniel levantou a sobrancelha, descrente. – Ora, Dan! Na maioria das vezes é um cara bem legal. Vejo como trata sua família. Cuida deles. Todos te respeitam, embora fique perigosamente perto de estragar tudo quando tem um de seus ataques de macho dominante. Suas irmãs me contavam como atormentava os namoradinhos delas.

- Alguns não valiam nada. –ele encheu sua taça de novo e, pacientemente esperou a namorada retomar a história dos pais. E não demorou muito.

- Então, ele morreu e parece que meu mundo desmoronou. Tive febre por dias, os médicos diziam que, provavelmente era de fundo emocional, para Teresa não passava de frescura mesmo. – com olhar parado, Catarina passou a recordar quando as coisas começaram a dar errado.

25 ANOS ATRÁS

Catarina aos dez anos.

- Ela está chorando de novo! – Teresa chegou ao corredor para ouvir os soluços da filha e, em seguida, voltou à sala – Isso me dá nos nervos!

- Calma,Terê! A menina sente falta do pai – Kátia, sua melhor amiga falou despreocupada, terminando de pintar as unhas.

- Eu também sinto. Olha, chorar não adianta nada, são quatro meses aguentando febres, choros e birras. Tô cansada, não tenho paciência para lidar com crianças. O pai mimava demais e deu nisso. – ela parou de reclamar e prestou atenção na amiga, toda brilhante num vestido azul cheio de lantejoulas – Está arrumada. Vai aonde?

- No pagode! – disse animada e requebrou em cima de saltos altíssimos – Ah! Sabe quem perguntou por você ontem?

- Não. Quem? – Teresa disfarçou o sorriso, pois sabia muito bem de quem a amiga falava.

- O Osmar. Mulher, ele tá parado na sua! – Kátia afirmou com uma ponta de inveja – Imagina, geral querendo chegar nele e o cara só tem olhos para minha amiga aqui! O gato perguntou quando você vai aparecer no samba.

Conheceu o rapaz quando ele veio entregar o carro de Mauro, deixado na oficina por meses. O mecânico ficou surpreso ao saber que ela, tão jovem, já era viúva. Conversaram bastante e ele a convidou para ir ao pagode, a mulher recusou a princípio, até ir com Kátia uma noite. Precisava se distrair e encontrou Osmar, naquele ponto estava completamente atraída pelo jovem.

Por mais uma vezOnde histórias criam vida. Descubra agora