Capítulo 3

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Sem revisão

* Desculpe a demora. Estava sem Internet.

*Vou postar um bônus hoje ou amanhã.



Heitor desligou o celular e retribuiu o sorriso insinuante de uma morena sensacional dentro de um jeans justíssimo que cruzou com ele perto das baias, deu apenas alguns passos se virou e a viu olhando-o. Quase deu meia volta, porém desistiu. Piscou para a morena, quem sabe mais tarde, agora tinha uma reunião chata em 10 minutos e, antes precisava falar com seu chefe ainda mais chato.

Seguiu em frente e entrou num galpão do haras, diferente das outras construções aquele lugar foi reformado recentemente. No local havia vários aparelhos de ginástica e, mais ao fundo um espaço construído para um fã de boxe com um ringue sobre a plataforma, ao lado próximo a uma janela foram presos junto ao teto alguns sacos de pancadas. Fez uma careta diante do ruído dos socos desferidos ecoava pela sala juntamente com o som quase ensurdecedor de Smells like teen spirit do Nirvana. Também gostava dos caras, mas não conseguia pensar direito.

Passou pelo irmão e desligou o potente aparelho de som. Por isso ele não ouvira o celular.

- Por que está aqui, Heitor? - Daniel interrompeu os movimentos, retirou as luvas e bebeu um grande gole de água antes de virar o resto em seu rosto. Arrancou a camisa molhada de suor com rapidez e olhou ao redor. Fizera sua série de exercícios e, não contente a repetira. E, nem assim sentia-se satisfeito.

- Você tinha uma reunião com um comprador e não deu as caras.

- Porra! – esquecera completamente do encontro. Que vacilo! Vinha negociando a venda de um garanhão com esse homem há dias...

- Não sabíamos onde estava e como não atendeu as várias ligações... – seguiu Daniel até um pequeno vestiário e sentou-se no banco de ferro, apoiou as costas na parede – O sujeito ficou uma fera, mas Luísa conseguiu remarcar. – Heitor prestou atenção no outro. A assistente dissera que o chefe estivera estranho essa manhã, parecia mais impaciente e irritável que o costume. Para ele, a menina reparava demais em Daniel. A pobrezinha ainda não superara uma paixonite pelo mal educado ali. Era uma pena, pois gostava de Luísa; nos últimos meses ela o ajudara a administrar o haras e lhe dera apoio durante a doença do pai.

A menina era jovem e impressionável e, como ele pode perceber... Teimosa. Desde o início a avisara para não ter esperanças quanto ao irmão, mas ela não ouvira uma palavra. Diabo! Por que algumas mulheres insistiam em não ouvir a voz da razão? Experimente dizer a elas: querida, esse homem não é pra você. Daí elas tomavam isso como um desafio a ser vencido. No caso de Luísa, já previa muito choro.

- Você nunca esquece nada. O que foi? – ele sondou.

Daniel sentou-se e tirou os tênis. Normalmente não costumava se abrir com as pessoas, a família pouco sabia sobre seu casamento fracassado. Um dia, chegara em casa e apenas comunicara o fim do casamento sem dar detalhes, pediu apenas para não tocassem mais no nome da mulher.

Quase sem pensar se viu contando ao irmão sobre o reencontro com Catarina na noite passada. Falou do modo como estivera irritado depois que ela estragara sua noite.

- Ela está bem? –Heitor analisava atentamente o irmão.

- Pareceu bem, não fiquei reparando. – se sentiu ridículo pela mentira.

- Como Sophia reagiu ao conhecer sua ex?

- Não contei a ela que Catarina e eu fomos casados. Não vi necessidade.

Por mais uma vezOnde histórias criam vida. Descubra agora