Bônus

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Relembrando... seu prédio tem dez andares com quatro apartamentos por andar e você mora no oitavo, ok?

- Correto. – Catarina confirmou a informação olhando para Daniel.

- Juca, o porteiro, garantiu que não viu movimento diferente durante a manhã e, a pedido da polícia, ele e o síndico conferiram as câmeras e não notaram ninguém estranho no prédio – Salvador recapitulou os acontecimentos – O doutor Evandro é meio obsessivo com esse lance de segurança

A advogada pensou no velho médico aposentado e morador do prédio há mais de trinta anos. Ele era muito respeitado pelos outros moradores e exercia a função de síndico com muita competência e eficiência, ela mudou-se para lá depois do divórcio e um dos motivos que a levou escolher aquele prédio foi justamente a segurança.

- Como te falei, as pessoas às vezes esquecem-se de detalhes que fazem a diferença – o detetive continuou a narrativa – À princípio, quando foram perguntado a respeito de alguma movimentação estranha nenhum deles se lembrou da equipe de conservação e limpeza que esteve no prédio.

- Espere, esse pessoal trabalha com a gente há anos. – Catarina lembrou que o doutor Evandro fazia questão de ter sempre os mesmos funcionários e todos os moradores estavam acostumados com esses trabalhadores que prestavam serviços uma vez na semana.

- Juca disse que todos eram obrigados a se identificarem na portaria. Ok, demos uma olhada nas imagens novamente e um fato chamou nossa atenção. Naquele dia dois homens entraram para fazer um trabalho no sétimo andar. Minutos depois um deles deu uma desculpa qualquer e deixou o prédio. Bem, o cara voltou dez minutos depois. Acontece que, quem retornou não foi o mesmo homem, ele tem o mesmo tipo físico e é extremamente parecido com o outro, estava uniformizado, assim foi fácil distrair o porteiro e prosseguir com o plano.

- E como esse tipo entrou no apartamento de Catarina? – Daniel perguntou impaciente.

- A doutora deve saber que o apartamento de cobertura está vazio e, felizmente para eles as câmeras daquele local foram desligadas. Contenção de despesas, seu síndico informou.

- Sim. Os donos passarão dois anos no Canadá a trabalho. – ela concordou apressada. Um nó começava a se formar em seu estômago.

- Pois é. Os três homens agiram juntos, temos certeza. O funcionário da empresa ajudou o estranho a acessar o apartamento da cobertura, e de lá, acreditem, esse cara conseguiu descer e entrar no apartamento 802 pela porta da varanda.

Minha casa, meu refúgio!

- O-oh! – a advogada colocou a mão na boca, abafando um gemido chocado, finalmente tinham a prova. A constatação fez o estômago embrulhar.

- E como têm tanta certeza de tudo isso? – sua voz saiu esganiçada por causa do desespero.

O casal se entreolhou ao ouvir uma risadinha maldosa do detetive.

Por mais uma vezOnde histórias criam vida. Descubra agora