Capítulo 28

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Sem revisão


 - Ouaaa! Vai me deixar pra trás mesmo? – Jonas, gritou chamando a atenção de Daniel. O        outro descia as escadas e falava ao telefone, rapidamente cruzou a mochila sobre os                         ombros e deu meia volta para pegar seu irmão que permanecia na porta do jato. Ele e o                   piloto  tiraram o caçula da família Camargo do avião e o ajudaram  a sentar-se no carro e                  seguirem para fazenda.

- Cara, que saudade disso aqui! – o noivo de Ana respirou profundamente querendo reter o ar em seus pulmões. Amava estar de volta. Sem dúvidas, gostava da vida que construiu com Ana no Rio, entretanto, aquele era seu lugar. Morria de saudades de sua cidade, sua casa, suas coisas. Enfim

- O velho ficará feliz em te ver – Daniel comentou. Há quase um ano Jonas não vinha à cidade – Já dona Rosa, ainda não sei...

- Tranquilo. – Jonas afirmou sereno, ele viera comunicar aos pais seu casamento, já marcado para dali a três meses.

- Tranquilo... Você sempre fala isso, mesmo que o mundo esteja desabando, né? Sabe que sua mãe vai te encher por causa do tempo apertado.

- Dan, Ana e eu achamos que será tempo suficiente para ajeitar tudo. Queremos uma cerimônia simples, com apenas os mais chegados, e dessa vez será como a gente quer. – ele afirmou seguro.

- Argh! Então, boa sorte ao tentar impor sua vontade. Apenas me lembre de não estar por perto quando começar a choradeira. – retrucou de mau humor.

Jonas deu uma risada cínica antes de dizer.

- Pois ela pode escolher entre aceitar e ajudar nos preparativos e, de quebra, ainda assistir ao casamento do filho na fazenda, que é o seu sonho, ou se contentar em ver a gente se casar no Rio. Como você e Catarina fizeram.

- Dá pra não meter Catarina nesse enrosco? – Daniel ralhou - Conhece a má vontade da mãe com ela.

- Ainda tá chateado...

- Tô... Um pouco. Sabe, tava demorando para gente brigar! Diabo de mulher teimosa que me enche o saco e...

- ... e que te faz ficar mais louco por ela a cada dia. – o outro cantarolou. Gostava de ver seu irmão rabugento todo apaixonado.

- Deixe de baboseira que a questão não é essa. – ele xingou e apertou o volante, subitamente inquieto. – Tô cansado de saber o quanto ela é independente, pode acreditar, é isso o que mais me atrai nela. Droga. Só quero que minha namorada fique segura, não custa nada esperar mais um pouco... Será que morar comigo é tão ruim assim?

- Bom, prefiro não responder a essa. – Jonas deu um tapinha nas costas do irmão – Dan, ela está tensa. Tente se colocar no lugar dela um pouco, e se Catarina é tão independente como diz deve ser dureza aguentar essa situação toda. Pare de ser insensível e dê apoio a sua mulher, homem!

- Cara, tinha me esquecido do quanto você é chato. Fica todo cheio de consideração e gentilezas com todo mundo, menos com seu irmão mais velho. Infeliz. Devia ter te deixado pra trás.

- Ei, que isso, grandão? Eu dou ótimos conselhos, reconheça. Eu sou o irmão sensato... fico pensando no que seria da sua vida sem mim. – ele riu ajeitando-se melhor no banco.

- Garoto metido. – Daniel resmungou, nem um pouco chateado. Amava os todos os irmãos, entretanto, ele e Jonas tinham desenvolvido uma relação muito especial,e por causa disso, seguiria seu conselho.

Xxx

- Caraca. Cê tá de brincadeira! Como aquela mulher derrubada podia ser mãe desta tchutchuca? - Tico comentou puxando a foto da mão do irmão, a moça tinha rosto e corpo perfeitos e, como se não bastasse, possuía um par de olhos azuis capaz de hipnotizar qualquer um.

Por mais uma vezOnde histórias criam vida. Descubra agora