Amsterdã | Cap 47

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Domingo chegou com intensidade e eu decidi que iria buscar o Theo no aeroporto. Eram por volta das 14:30 quando o vi chegando e correndo em minha direção.

— Oi! – ele falou e me abraçou.

— Oi! Como está?

— Ótimo! Vamos?

— Vamos. – peguei em sua mão e caminhamos até meu carro.

— Como você está? – ele pergunta ao entrar. — Digo... com a última notícia que te dei.

— Estou bem! E muito feliz por você. – me inclino pra dar um beijo em sua testa.

— Pensei que ficaria triste... mas já que não está tudo bem estou aliviado.

— Fiquei triste, mas já me conformei e sei que isso é a coisa a se fazer... aliás, é o seu sonho né?

— É sim. – ele abre um largo sorriso.

— Lembra quando – começo a rir. — A gente tava na fazenda do José, semana passada e eu perguntei se você pretendia ir pra Europa?

— Lembro, você tem uma boca profética Bia! – ele ri.

— Deve ser mesmo...

Aquele domingo foi resumido em fazer pesquisas sobre Amsterdã, assistir séries e claro, ir ao culto.
Eram cerca de onze horas da noite quando eu estava deitada na minha cama olhando para o teto e pensando nos últimos dias. E era assustador e ao mesmo tempo incrível pensar que tudo acontece tão rápido e de forma tão surpreendente.
Eu nunca que acreditaria que o Theo viajaria depois de apenas três meses de namoro...

— Mas eu sou Beatriz e tudo na minha vida tem que ser diferenciado. – pensei e comecei a rir sozinha.

Não era porque eu iria ficar longe dele que minha vida acabaria, na verdade seria uma fase de aprendizados, pois as vezes Deus nos coloca em situações para que nossa fé seja fortalecida e para que confiemos mais nos planos dEle. Não adianta murmurar ou achar ruim, só Cristo sabe de todas as coisas e Ele tem os propósitos mais perfeitos do mundo.
Ficar longe do namorado não é, definitivamente, a pior coisa do mundo. Não é algo trágico. A pior e mais trágica coisa do mundo é viver longe de Jesus, que entregou sua vida em favor de nós e por meio dele nossos pecados foram perdoados e hoje somos pecadores justificados.

••••••

— BOM DIA! – Ingrid grita no meu ouvido e eu rapidamente me levanto da cama.

— Você tá doida menina? Aliás, não deveria estar em casa pra ir pra escola?

— Decidi fazer uma surpresa! SURPRESA! – gritou.

— Ótima surpresa... – disse com ironia.

— Também te amo Biazinha! Aliás, vai se aprontar logo porque já estamos atrasadas... você né, eu tô de boas.

— Novidade... – conclui indo ao banheiro. — Já tá sabendo? O Theo vai pra Amsterdã.

— Que máximo! Não sabia não... quantos dias?

— Um ano!

— Quê?

— Isso mesmo!

— Você vai me explicar esse história todinha no caminho... – ela falou e eu bufei.

Fomos até a escola para ter nossas aulas rotineiras de sempre e combinamos de almoçarmos todos juntos em um restaurante perto da casa da Ingrid. Ao chegarmos todos já estavam lá, com exceção do José que teve que voltar pra sua cidade natal.
Após comermos o Theo deu a notícia da sua viagem.

Aos olhos do PaiOnde histórias criam vida. Descubra agora