Capítulo um (BETADO).

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São seis e cinquenta e seis da manhã quando o pequeno Guilherme Gimenez acordou assustado com a notícia de que havia sido comprado por um empresário milionário, na qual nunca ouviu falar em toda a sua vida.

Infelizmente, não poderia protestar, senão seria punido pela terceira vez pelo dono da boate - chamado Charlie -, que parece sentir prazer ao ver os seus olhinhos cheios de lágrimas implorando por piedade.

Naquele lugar todos os jovens nas quais são obrigados a estar ali são tratados como escravos, ou até como brinquedos sexuais quando parece algum cliente interessado em ter uma noite de prazer, antes pagando pelo preço dado.

Alguns até compraram - literalmente - pessoas para satisfazer apenas a si, a estarem somente a sua disposição. E, obviamente, que cada jovem têm um preço diferente: chamados os impuros, aqueles que já perderam a virgindade, custam até 100 mil dólares; chamados os puros, aqueles que nunca transaram, custam o dobro, 200 mil dólares.

O que traz mais renda ainda para o estabelecimento, e principalmente para Charlie, que esbanja a sua riqueza a cada dia.

Guilherme, um dos mais bonito dali, nunca se deitou com ninguém, pois, até agora nenhuma oferta foi correspondente com o seu valor. Mas, pelo visto, isso mudou, fazendo o menor se sentir desesperado, e principalmente, amedrontado pelo o virá a seguir.

Será que o seu comprador era um velho tarado? Será que era sereno e violento?

Espera que a resposta para as duas perguntas fosse não, pois, não suportará mais do que dois dias ter que se relacionar com alguém assim, na qual lhe bata e lhe trate como lixo.

Se bem que, não pode pedir muita coisa, já que é apenas um brinquedo sexual. Todos os dias, Charlie faz questão de esfregar em sua cara que é apenas um brinquedinho, e nada mais!

Fábio Phillips, amigo de Guilherme foi comprado duas semanas atrás por dois homens bastante bonitos, e aparentemente bem jovens.

- Levante-se logo! Não tenho a noite toda! - um dos bruta montes de Charlie esbravejou impaciente, fazendo o menor estremecer e se levantar da cama, procurando pelos os seus trapos de roupa e achando-os dentro de uma sacola preta.

Como estava apenas com uma blusa branca e uma peça íntima, tratou de pegar um short preto, colocando o seu par de tênis All Star - mais do que acabado. - Até que enfim! Agora vamos logo!

Guilherme assentiu e segurou a sacola, sentindo o seu pulso ser segurado e então ser levado até o segundo andar, até o escritório de Charlie - aonde provavelmente está o homem que o comprou.

Quando chegou, o bruta montes deu duas batidas na porta, girando a maçaneta assim que ouviu a voz de de Charlie exclamar um "entre".

Ainda com o pulso segurado, o menor viu um homem sentado na cadeira a frente da mesa de Charlie.

O homem não é feio, possui pele clara, cabelos ondulados e escuros, olhos castanhos, lábios nem muito grossos nem muito finos, rosto livre de pelos. Hummm... E como está vestido socialmente, as únicas coisas que pode dizer do seu porte físico são as costas largas, e os braços e coxas fartas.

Bonito.

Mas, não deve se precipitar ao julgá-lo apenas pela aparência, ele pode ser severo e mal consigo.

- Guilherme, sente-se aqui. - Charlie mandou com a sua expressão de sempre: séria. - Esse é Thomas Kannenberg, o seu comprador, ou seja, o seu mais novo dono.

- Prazer em conhecê-lo, Guilherme. - Thomas murmurou, virando-se de lado e sorrindo para o menor, que retribuiu, porém, mais tímido. - Espero não me arrepender da minha compra.

Um Dono Diferente - YaoiOnde histórias criam vida. Descubra agora