Capítulo dezoito (BETADO).

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— Beth, o que está acontecendo? — Guilherme chegou perto de Beth, exibindo um semblante preocupado, porém, confuso.

Havia acabado de conversar com Fábio, e o mesmo relatou que fora proibido de sair de casa. E quando perguntou ao amigo o motivo para tal, recebeu o silêncio como resposta, em seguida, o encerramento da ligação.

Aquilo o deixou desconfiado, porém, logo preocupado ao pensar que algo grave aconteceu.

A mais velha ficou tensa, parando de passar o aspirador no chão e paralisando.

O que diria?

— Err... Do que está falando, Gui? — continuou a sua tarefa doméstica, tentando agir naturalmente — o que está sendo difícil.

— Fábio disse que não poderia sair de casa, e quando o perguntei, ele não respondeu e desligou.

— A-Ah, Dylan e Edward devem tê-lo posto de castigo.

— E o proibiram de ir à escola também? — o mais novo franziu a testa, intrigado. Pelo o que se lembrava, o amigo estudava no primeiro turno.

— N-Não sei, Gui. Mas, não se preocupe, hm? Eles devem ter uma justificava para não terem levado Fábio para a escola hoje.

— É...

— Enquanto ainda não faço o almoço pegue uma fruta e vá assistir alguma coisa na TV. — deu um sorriso fraco. — Com certeza deve estar passando um desenho legal, ou até mesmo um filme.

— Ok!

Fez o sugerido e pegou uma maçã na cozinha, indo para a sala de estar, logo após.

Beth não evitou o suspiro de alívio ao conseguir convencer Guilherme.

Não queria que o pequeno se preocupasse, e as ordens de Thomas também eram claras.

[...]

Se for comparar o horário habitual que costumava chegar em casa, até que hoje Thomas chegou cedo, já que o normalmente chegava lá para às meia noite e pouca.

Infelizmente, quase não passava tempo com Guilherme, somente podia compartilhar da mesma cama com o mesmo e observá-lo dormir durante breves minutos, até pegar no sono.

Deixou os ombros relaxados ao entrar, retirando o paletó e, em seguida, abrindo os três primeiros botões de sua camisa social.

Não conteve o arquear das sobrancelhas quando viu a luz da cozinha acesa, vendo ao entrar Beth sentada em uma das cadeiras em frente ao balcão, segurando uma xícara de chá.

— O que faz acordada, Beth?

A mais velha deu um salto, quase derrubando o líquido a qual bebia. A chegada do mais novo foi tão discreta que se assustou ao ouvir a voz do mesmo.

— Que susto, menino! — pôs a mão espalmada sobre o peito.

— Desculpa. — Muito filho da mãe, riu, parando somente quando notou a expressão nada bem-humorada de Beth em sua direção.

— Estava te esperando.

Soltou um sorriso soprado. — Você nunca me espera.

— Não consegui dormir, sem saber o que você vai fazer a respeito quanto a acusação que aquela mulher fez contra Guilherme.

— Irei processá-la por difamação.

— Só?

— Por enquanto, sim. — inevitavelmente, bagunçou os fios de cabelo ao passar os dedos por entre eles. — Guilherme estranhou algo?

— Sim. Lá pela manhã, quase chegando a hora do almoço, ele decidiu ligar para Fábio, que acabou deixando escapar que foi proibido de sair de casa. Depois disso, ele não disse mais nada, mesmo que Guilherme o perguntasse.

Thomas passou a mão no rosto, demonstrando claramente sua frustração e irritação. Esqueceu de alertar ao amigo de seu pequeno que não era para comentar nada com o mesmo.

— Mas, fique tranquilo, que consegui convencê-lo que não era nada demais.

— Ainda bem. — ficou aliviado. — Obrigado, Beth.

— De nada, Toni. Mas, quando iremos contar à ele?

— Sinceramente, o que passa na minha cabeça no momento é não contar absolutamente nada à ele. Juro que não demorarei a contar, mas...

— Prefere esperar mais um pouco. — completou, adivinhando sua fala.

— Isso.

— Ok. — levantou-se, dando um abraço carinhoso no mais novo. — Boa noite. — e então seguiu para o quarto.

O mais novo fez o mesmo, abrindo um sorriso bobo assim que entrou no quarto, vendo seu pequeno dormir serenamente por cima do edredom.

— Eu vou te proteger, Gui... De tudo e de todos.

Dia seguinte [...]

Um tanto preguiçoso, Thomas levantou-se da cama, porém, sentindo o moletom que usava sendo agarrado, virando o rosto e vendo Guilherme o segurando.

Era adorável.

Seus olhinhos estão entre-abertos e o seu rostinho inchado pelo sono.

— Fica.

Hesitou, mordendo o lábio inferior.

— Por favor...

Não iria resistir, e sem muitas delongas voltava a ser deitar na cama, trazendo o mais novo para os seus braços e fazendo lhe um carinho na nuca.

— Durma de novo, Gui. Está cedo.

— Fica aqui comigo, Toni. — esfregou o rostinho no peitoral coberto do mais velho.

— Tenho que trabalhar.

— Por favor... — choramingou.

— Só um pouquinho, hm?

— Tá' bom. — mesmo que só pudesse desfrutar do calor de Thomas por uns minutos, sorriu, fechando os olhos e aproveitando seu afago.

[...]

Como o esperado, ao acordar Guilherme viu-se sozinho no quarto, suspirando entristecido, porém, ainda sim compreensivo.

Thomas precisava manter as ordens na empresa, era o seu trabalho.

— Bom dia, florzinho! — de repente a presença de Fábio fez-se no batente do quarto.

— Fábio! — quase tropeçando, saiu do edredom, indo abraçar o amigo. — Por que não me disse que viria?

— Porque eu não sabia que viria. Dylan e Edward me deixaram aqui e saíram para trabalhar.

— Não vai à escola? — encaminhou o outro a cama.

— Recebi licença para faltar essa semana.

— Por quê?

— Que tal a gente esquecer desse assunto? E aí, como vai as coisas? — não deu tempo do mais novo concordar, e já logo mudou de assunto, indagando-o.

— Bem, eu acho... — levantou a sobrancelha direita, estranhado.

— Olá, meninos! — Beth entrou segurando duas bandejas com o café da manhã. Haja equilíbrio!

— Ebaaaa! Comida!

...

Foi o que eu consegui escrever, meus bebês. :(
Não teve muita emoção nesse capítulo, mas, para vocês não ficarem sem att decidi fazê-lo e postá-lo.
Infelizmente, a minha vida pessoal continua um caos, e sinto em dizer que piorou mais ainda.
Mas, não vou deixar vocês sem um fim para esta Fanfic, ok?
Por mais que as att's não sejam mais semanalmente como antes.
Beijos!

Um Dono Diferente - YaoiOnde histórias criam vida. Descubra agora