Capítulo vinte.

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O capítulo está tão... Err...
Sei lá
Só me desculpem
Espero que o momentinho ThoGui não esteja tão ruim assim...
Boa leitura!

...

O pequeno Guilherme acabara dormindo de tanto chorar, agarrado ao travesseiro fofo de Thomas, iludindo a mente ao imaginá-lo ali, consigo.

Os seus pensamentos, obviamente, não terminaram na cozinha, ao assistir um filme de comédia americana continuou torturando-se com os questionamentos.

E antes de adormecer, imaginava-se sendo deixado por Thomas, e devolvido a boate, onde era punido novamente, por ter sido devolvido.

Ele não deveria, no entanto, não conseguia evitar.

A insegurança, inevitavelmente e inesperadamente, o pegou, e fez com que o seu rosto delicado fosse marcado pelas lágrimas, e a sua respiração prejudicada, ao ter o nariz entupido.

Voltando a situação atual, o empresário chegara em casa lá para às duas da madrugada, e estava tão cansado que apenas retirou o paletó e a blusa social, rendendo-se ao sono ao deitar-se no sofá mesmo.

Queria saber como o seu pequeno estava, porém, o cansaço lhe venceu, dormindo feito uma pedra.

Por sorte o aquecedor estava ligado, então não sentiria - tanto - frio.

[...]

A primeira a acorda fora Beth, que levou um "leve" susto ao deparar-se com Thomas adormecido na sala de estar.

Eram cinco horas e trinta e seis minutos, deixaria-o ali mais um pouco.

Fez seu trabalho habitual pelas manhãs, e preparou o café da manhã, porém, com pratos mais leves, com moderação de gorduras. 

Enquanto se arrumava para mais um dia, teve a ideia de, talvez, levar Guilherme para caminhar, distrair-se. É claro que não o levaria a um lugar que tivesse muitas pessoas, ao contrário. 

Entretanto, precisava ter a autorização de seu chefe - que considerava mais como filho. 

- Bom dia. - A voz rouca e sonolenta de Thomas chegou aos ouvidos de Beth - que estava do outro lado do balcão -, que o retribuiu com um sorriso.

- Bom dia, Toni!

- Minhas costas... - Seu tronco estava curvado, enquanto sua mãe direita estava na região dolorida.

- Está parecendo um velho assim. - Não se conteve, e riu - bem alto.

- Isso, ri mesmo. - Ironizou e estreitou os olhos, para logo em seguida soltar uma careta de dor.

- Ninguém mandou dormir no sofá.

- Eu estava cansado demais para ir até o quarto.

- Nota-se. Terá que trabalhar? 

- Sim, folga é o que não terei nos próximos dias. 

- Hmm... 

- E Gui? 

- Dormindo. - Pôs café para o maior. - Ele chorou muito ontem após ver a entrevista.

- Fiquei tão focado ao vê-la que esqueci de ligar para você, e pedir para mantê-lo longe da TV.

- Uma hora ele iria saber. 

- Infelizmente.

- Além disso - Prosseguiu, suspirando. - ao passar pela porta do quarto de vocês, pude ouvi-lo chorar.

Thomas franziu a testa, ainda mais preocupado, erguendo-se bruscamente. - Irei vê-lo, imediatamente. 

No momento que chegou ao quarto viu as costas dele (Guilherme) viradas para si, e com passos leves entrou no cômodo, sorrindo bobo ao vê-lo agarrado com seu travesseiro.

Era fofo demais.

De que modo pudesse fazê-lo acordar e, ao mesmo tempo, tornar àquela feição alegre de novo. Subiu por cima do mesmo - apoiando o peso com os braços -, enquanto, lhe dava beijos por todo rosto e pescoço.

Despertou-o. 

E a reação que o seu pequeno teve fez seu coração apertar.

Surpreendendo o maior, abraçou-o fortemente, indagando:

- Toni, você ainda gosta de mim, não gosta? 

- Mas é claro que gosto. - Soltou um sorriso bobo e, ao mesmo tempo, surpreso. - Na verdade, eu amo você, Gui! 

Thomas deitou-se ao lado de Guilherme, puxando o mesmo para cima de si, e o envolvendo em seus braços.

- Eu te amo, Gui.

- Ahn... - Aos bochecinhas logo pegaram um tom avermelhado, ficando sem o que dizer, depois, após longos segundos: - Eu também te amo, Toni.

[...]

- Ele não vai à escola, Edward! - Dylan ditou irritado, repetindo pela terceira vez. 

- Ele tem que ir! Está perdendo matéria! - Edward rebateu, de frente para o esposo. 

Os dois adultos estavam discutindo na cozinha, enquanto Fábio, o único adolescente observava, sentado em uma das cadeiras de frente para o balcão branco.

- Eu mesmo irei consultar um explicador para ele, assim que tudo acabar! 

- Mas, se demorar meses, Dylan? - Já estava ficando impaciência e aborrecido.

- Daremos um jeito! Por enquanto, ele não vai a escola! Já informei ao diretor sobre, e ele entendeu perfeitamente, dando o prazo que for necessário para Fábio! - Se estava exaltado? Claramente sim. 

Mas, mais pela insistência do marido, que parecia não entender que não queria deixar o seu bebê a vista dos paparazzis e até de alguns colegas que poderiam começar a implicar com o mesmo.

- Ok! Você venceu! Feliz? - Edward não esperou que outro rebatesse, e passou pelo mesmo, indo ao segundo andar e trancando-se no quarto dos dois.

Dylan apenas bufou e revirou os olhos, começando a comer o seu café da manhã. 

As brigas já estavam começando a aparecer e temia que esse processo pudesse causar mais e mais. 

- Já estou farto das discussões de vocês. - Fábio pronunciou-se, continuando a forcar-se em comer a sua refeição.

- Desculpe, Fa, é que... 

- É que vocês simplesmente não sabem chegar a um acordo civilizadamente! - Interrompeu, rebatendo, antes que o outro lhe desse alguma justificava ridícula. 

De tão cansado daquilo, tinha até se levantado, mantendo as mãos abertas no balcão, enquanto, os olhos transpareciam irritação. - Principalmente você, Dylan! Não é sempre aumentando a voz que fará com que as pessoas te escutem e te obedeçam! Edward pode até ter te cedido, mas, mais para dar um fim a discussão! 

- Não vou admitir que fale assim comigo, Fábio Phillips! - Ergueu o tom de novo.

- Viu? É disso que estou falando! Olha aqui, Dylan, não é só por você ser mais velho do que eu, que eu não possa dizer o que penso sobre tudo o que está acontecendo! Faço parte desse relacionamento também, ou se esqueceu? Se continuarem assim... - Já estava com os olhos lacrimejando, juntamente da garganta dolorida. - Ou melhor, se você continuar assim, irei ir embora dessa casa! 

- E para onde você iria, hm? - Mesmo que a discussão estivesse séria, o mais velho apenas agia pelo impulso, usando seu sarcasmo - como nesta fala. 

- Para onde eu iria? - Liberou as lágrimas, e aquele sorriso amargurado. - Para o lugar de onde vim.

Um Dono Diferente - YaoiOnde histórias criam vida. Descubra agora