Um Dono Diferente - Yaoi

Capítulo vinte e um

Olá! Oh, quem voltou!
E com um capítulo de mais de 5 mil palavras!
E, gente, queria avisar que este é o último capítulo, por isso está tão longo.

Guilherme Gimenez.
Thomas Kannenberg.
Fábio Philips.
Dylan Cooper.
Edward Evans.

Mansão Cooper e Evans, quarto de Fábio.

Depois da discussão...

Fábio estava blefando, obviamente.

No entanto, não irá dar um vacilo. Em hipótese alguma passou pela a sua mente voltar a aquele lugar, se tornará morador de rua, se for necessário, mas, não voltará.

Traumático e perturbador, são as definições perfeitas para descrever as tarefas e os castigos que era submetido a fazer.

O Philips, por ser mais rebelde - até mesmo com Charlie - e não aceitar certas coisas, vezes levava tapas e socos no rosto, chutes no estômago e costas, correndo o risco de quebrar um ou mais de cinco ossos, dependendo da força usada.

O atendimento médico eram duas palavras que não existiam naquela boate, podendo ser ditas em deboche e gozação por Charlie, principalmente, quando um dos adolescentes, mais meninas, imploravam para serem levadas ao hospital.

Definitivamente, aquela boate é o próprio inferno, aonde as pessoas são mantidas vivas, sendo humilhadas e torturadas, vendidas como se fossem mercadorias.

Fábio correu para o quarto após sua ameaça, jogando-se encima da cama e chorando, enquanto, abraçava o próprio travesseiro.

Ter conhecido os dois homens que o tiraram do inferno, foi e é a melhor coisa que lhe aconteceu. E não é só porque se livrou de um problema.
E sim, porque, finalmente entendeu que realmente há recompensa após tanto sofrimento. Envolver-se com Dylan e Edward é maravilhoso e mágico, a experiência é ótima - há seus altos e baixos, não pode mentir -, se apaixonar é como ganhar novas lentes, que te possibilitam ver o mundo de forma mais bonito. É claro que isso é relativo, há pessoas que não vão concordar, no entanto, para Fábio é assim.

Mas... brigas continuam sendo algo que mais odeia, pois, quando o Cooper e o Evand discutem, consequentemente, lhe traz lembranças de seus pais, e a solução cruel que tiveram para se livrar de si para sempre.

O Philips repreendeu os próprios pensamentos e fechou os olhos, soltando um soluço alto.

Não quer que os dois homens que mais amam no mundo, deixassem-o, concluindo que essa seria a solução para as discussões... como seus pais fizeram.

- Eu estou aqui, Fábio. - A voz grave de Edward sussurrou no ouvido de Fábio, deitando-se atrás do mesmo, e o abraçando, deixando pequenos selinhos em seu pescoço. - Tudo ficará bem, é só por enquanto.

- Eu não gosto de brigas, não gosto, não gosto... - E parecendo perturbado pelas lembranças e, principalmente, pelos pensamentos negativos, murmurou, balançando a cabeça em negação e chorando ainda mais.

- Dylan irá vir se desculpar quando perceber que você tem razão.

Bom, é o que o Evans espera e ora que aconteça para o bem do relacionamento dos três.

O Philips permaneceu em silêncio, agora calado, pondo as mãos sobre as do outro.

Não acreditou, de verdade, no que ouviu.

Os pensamentos continuam a relembrar o acontecimento recente, e também e o seu passado, mais especificamente o dia em que foi deixado pelos pais, além dos primeiros dias na boate em que pensava ser alguma aberração por ter sido deixado ali.