Capítulo quatro (BETADO).

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E mais uma vez, Thomas conseguiu deixar Guilherme confuso - este que permaneceu estático durante alguns segundos, relembrando e relembrando do que acabou de ocorrer, sendo desperto por Beth que deu um grito o chamando de novo.

- Por que a demora? Vi Thomas descer e você não.

- É que... -

Será que deveria contar?

- Nada. - preferiu ocultar, mentindo. - Fiquei um pouco distraído.

- Está bem, mas, agora coma que mais tarde terá visita.

- Hmm... E de quem seria? - Guilherme perguntou, temendo que pudesse receber um olhar de reprovação vindo de Beth por querer saber demais.

- Dois amigos de Thomas virão aqui para almoçar, junto de mais um garoto.

- O almoço não é daqui a pouco? - com um pouco de dificuldade - por causa de sua altura -, sentou-se em uma das cadeiras perto da bancada.

- Sim. E você terá que comer também.

- Mas, Beth, não estarei com fome. - fez um biquinho, balançando as perninhas que nem tocam o chão.

- Mas vai comer, Gui, você está muito magro. E nem tente me contrariar a respeito disso.

- Hmm... Posso ir no jardim?

- Peça autorização à Thomas.

- E ele está aonde?

- Em seu escritório. - abriu a geladeira e retirou de lá alguns legumes para a refeição.

Guilherme mordeu o lábio inferior. O mesmo não sabe aonde fica o escritório de Thomas. - Beth?

- Sim?

- Eu não sei onde é o escritório do senhor Kannerberg.

- Thomas, Guilherme, o chame de Thomas.

- Como... A senhora sabe?

- Thomas pediu para que toda vez que você o chamasse desse jeito o repreendesse.

- Ah... Por que o senhor Kannerberg faz tanta questão que eu o chame pelo nome?

- E por que você faz tanta questão de chamá-lo de senhor Kannerberg sendo que o mesmo disse que poderia chamá-lo pelo nome? - Beth rebateu, vendo Guilherme abrir a boca para argumentar, mas, nada saiu, então bufando derrotado. - Venha quer irei lhe mostrar onde é o escritório.

[...]

- Com licença. - Guilherme entrou no cômodo com a cabeca baixa, fitando os pés enquanto suas mãozinhas estão segurando a barra de seu moletom.

Thomas sorriu. - Diga.

- Eu poderia ir ao jardim, Thomas? - por mais que não esteja acostumado, irá começar a chamar o Thomas pelo nome, como fora pedido.

- Já tomou o café da manhã?

- Uhum. - balançou a cabeça positivamente.

- Então pode ir.

- Obrigado. - virou-se para sair.

- Ah, Guilherme, antes venha aqui, por favor!

- C-Claro. - só de pensar estar perto de Thomas, o menor estremece, já que ainda se sente receoso e desconfortável ao estar perto do mesmo. Mas, fez o que foi pedido ficando de frente para o Thomas, que antes estava sentado e agora está de pé.

- Olhe para mim, por favor.

Guilherme engoliu em seco, porém, levantou o rosto e o encarou - um trabalho um pouco difícil para si, porém, não ousará desobedecer.

Um Dono Diferente - YaoiOnde histórias criam vida. Descubra agora