Capítulo dois (BETADO).

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França - Paris [01:34]

Dylan acordou assustado, com os batimentos cardíacos acelerados, a respiração descompensada e com os olhos cheios de lágrimas, acabando por despertar o seu marido, Edward, este que assim que viu o seu estado o puxou para o seu colo, abraçando-o, como sempre faz quando isso acontece.

São constante às vezes em que o Dylan acorda atordoado com mais um de seus sonhos, mais um daqueles malditos sonhos que o perseguem durante anos, desde que o viu pela última vez, aos prantos.

- De novo, Dylan? - Edward perguntou, se referindo a um sonho que atormenta o marido a um tempo.

- S-Sim. - respondeu, assentindo. - E-Eu não aguento mais vê-lo chorar e me implorar por ajuda, Ed.

- Acalme-se, amor. Tudo ficará bem, eu lhe garanto, a partir de agora sim.

- É o que eu espero.

[...]

Guilherme está dormindo tranquilamente no sofá espaçoso da sala de estar, enquanto, na televisão passa Procurando o Nemo.

Beth, que de vez em quando passa por aquele cômodo, acha adorável a forma que o menor dorme todo encolhidinho com um biquinho extremamente fofo nos lábios, parecendo uma criancinha ou até mesmo um bebezinho.

Por mais que não aparente, Guilherme tem 18 anos, e poderia ser facilmente confundido com alguém muito mais novo, como por exemplo um adolescente de 14 ou 15 anos de idade.

Mas o mesmo não escolheu ter sido tão baixinho, se dependesse de si seria muito mais alto, com uma aparência muito mais madura.

Odeia quando é tratado como o mais novo por um novato na boate em que estava. Pareciam esfregar em sua face que nunca irá crescer e que continuará com a mesma aparência delicada. Porém esse é o seu encanto, os anos podem passar, porém, a sua aparência jovial sempre estará intacta.

Beth sorriu doce e murmurou. - Você não sabe a sorte que tem, Gui. - e a mesma não está apenas se referindo a aparência do menor.

[...]

Nesse momento, Thomas está em seu escritório, enquanto, resolve algumas coisas no computador, analisando alguns contratos e os últimos lucros. No entanto, o som do telefone o fez suspirar impaciente, e com o maior desgosto atendeu o aparelho, ouvindo a voz de sua secretária no outro lado da linha, alertando-o que dois de seus amigos já haviam chegado.

- Pode mandá-los entrar. - e encerrou a ligação. Pode ser até falta de educação desligar assim, sem esperar uma resposta em concordância, porém, foi desse jeito que o seu pai lhe ensinou.

Nunca perca tempo.

- Boa tarde, Thomas! - Dylan o comprimentou com um sorriso simpático, acompanhado de Edward.

- Sentem-se, por favor.

O casal assentiu e se sentou nas cadeiras a frente da sua mesa.

- Você sabe o porquê viemos aqui.

- Sim, e não se preocupem. Ele já está bem, e em segurança.

- Ainda bem. - Dylan sorriu aliviado para o marido. - Agora posso ficar em paz... Mas, então, quando iremos vê-lo?

- O dia que vocês quiserem, mas acho melhor esperarem um pouco, sabe? Ele ainda não está totalmente a vontade e quero dar um tempo 'pra ele.

- Oh, está bem! - concordou compreensível. Queria muito ir vê-lo - depois de tanto tempo -, porém compreende que o mesmo ainda tem que se habituar com tudo e com todos.

Um Dono Diferente - YaoiOnde histórias criam vida. Descubra agora