Capítulo dezesseis (BETADO).

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— Quem era aquela moça, Gui? — Thomas perguntou a Guilherme, que rapidamente ficou apreensivo. 

Algo está errado. 

— Err... Acho melhor deixarmos esse assunto para depois. — o menor respondeu e o maior ergueu a sobrancelha, desconfiado. — É que... aqui não é lugar ideal.

— Ah, sim! — Thomas assentiu, e, em seguida, entrelaçou os dedos aos de Guilherme, inclinando-se até estar com os lábios a altura do ouvido do outro, murmurando: — Só teremos que ficar aqui mais uma hora, ok? Depois voltaremos para casa. 

Pode ser apenas uma atitude simples, porém, o menor sentiu o corpo todo arrepiar-se. Isto mostrou o quanto de poder que o maior têm sobre si, mesmo sem saber. 

— U-Uhum. 

Thomas voltou a sua postura reta, seguindo e guiando Guilherme até a mesa aonde, antes, estavam, deixando para trás Fábio, Edward e Dylan — estes últimos que agora questionaam o mais novo.

— Quem era àquela, Fábio? — Dylan exigiu uma resposta, tendo os braços cruzados e uma expressão séria. 

— Uma cadela qualquer. — Fábio deu de ombros, rolando os olhos só de pensar em Laila e o quanto queria arrancar o cabelo dela. 

— Estamos falando sério, Fábio! — Edward pronunciou-se impaciente. — De onde aquela moça te conhece? 

— Da boate, droga! 

— Olha a boca, Fábio Phillips! 

— Parem de me encher o saco então, oras! A presença dessa garota estragou totalmente o meu humor, e vocês ainda querem me interrogar! 

Por longos segundos os mais velhos ali ficaram em silencio, apenas encarando o mais novo.

Ele tem razão. 

Aquele não era o momento e nem o lugar perfeito para discutirem aquilo. 

— Vamos para casa. — Dylan decidiu, dando de costas, juntamente a Edward, fazendo Fábio seguirem-os emburrado. 

O casal não informou sua saída à Téo, apenas saíram, preferindo ligar para o mesmo na manhã seguinte explicando. 

Guilherme ficou triste, e mais desanimado ainda quando seu amigo foi embora — sem nem, ao menos, despedir-se de si, ainda que compreenda o motivo para tal.

— Falta muito, Toni? — o menor indagou, fazendo o maior rir levemente. 

— Não. Só faltam... — olhou para o relógio de ouro em seu pulso direito. — 55 minutos. 

Guilherme apoiou a testa na mesa e choramingou manhoso. — Isso é muito ainda, Toni.

— Distraia-se, que o tempo passará rapidinho. 

— Me distrair com o quê? — ainda na mesma posição, porém, agora com o rosto virando para Thomas, indagou.

— Estou pensando em levá-lo a um ponto turístico aqui de Nova York. 

— Qual? 

— Prospect Park, um lugar muito bonito, sem falar na vista linda.

— Faz muito tempo que não tenho passeios assim. — as suas últimas vezes, em qualquer lugar, foi com os seus pais, já que seus tios não se importavam em levá-lo. 

— Logo, logo terá. — fez um singelo carinho nos cabelos do menor. — Faz tempo que também não tenho.

— Por causa do trabalho, né? 

— Também.

— Tem outros motivos? — levantou a cabeça, fazendo assim o maior parar as carícias. 

Um Dono Diferente - YaoiOnde histórias criam vida. Descubra agora