Capítulo 36 - Um ato de coragem

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CAPÍTULO 36 – UM ATO DE CORAGEM

BABI

Meu coração disparou quando Leandro apontou sua arma para o Mattheus. Agora tenho total certeza de que as coisas não irão terminar bem.

MATTHEUS

Com uma arma apontada para minha cabeça, eu me senti impotente, não me sentia mais dono da minha própria vida. Agora meu futuro está nas mãos desse psicopata.

Sem ter o que fazer, tentei conversar com ele.

— Por favor, isso não precisa terminar assim...

— CALA ESSA BOCA! – ele impôs.

— Liberta a Babi, nos deixa ir embora, por favor. – implorei, me pondo de joelhos.

— Isso aqui está ficando cada vez mais divertido. – ele começou a rir, enquanto o suor brotava gelado em minha testa.

— Leandro, para!. – Babi chorava muito. — Eu vou com você pra onde você quiser, mas deixa o Mattheus em paz. Por favor, não faça nada com ele.

— Não quero ouvir sua voz! – o maníaco sacudiu Babi pelos cabelos. — Você me traiu, não cumpriu sua parte no trato, e agora esse seu amiguinho otário que vai pagar as consequências, igual aquele idiota que era casado com você. Era, porque á essa altura, com certeza aquele cantorzinho de quinta deve estar morto, depois de perder todo sangue do corpo.

Então ele feriu o Gabriel??? Não é possível!

PAM

Eu andava de um lado para o outro, roendo minhas unhas. Não aguentava mais essa falta de notícias. O que será que houve? Será que conseguiram libertar o loirinho? Será que estão todos bem? Meu deus, eu não aguento mais de tanta ansiedade e nervosismo.

Por que não me ligaram ainda? Espero que a polícia esteja bem próxima a eles.

Quase arrancando os cabelos e respirando como uma gestante, corri até a mesa da copa, quando ouvi meu celular tocar.

"Deve ser eles". - pensei.

E agora? Não sei se atendo pra saber o que aconteceu ou se não atendo com medo da verdade. E se a notícia for ruim? Ai, o que eu faço? Ao mesmo tempo que quero saber notícias, não quero saber.

Eu pensava nisso e meu celular tocava insistentemente. Quer saber, vou atender. Respirei fundo, peguei meu celular e...

Se fosse em outra situação, eu estaria pulando de alegria, mas como não é o caso, não consegui ficar feliz, mesmo quando vi que era o Rafael quem me ligava.

— Rafael, oi.

— Pamela, o Mattheus me enviou uma mensagem dizendo que o Gabriel foi sequestrado pelo tal de Leandro. É verdade isso? – ele foi direto ao assunto, parecendo estar muito aflito.

— É Rafa, é verdade sim. – respondi sem rodeio.

— Mas e aí, como ele está? A polícia já está resolvendo o caso?

— É uma longa história. – suspirei preocupada.

— O Gabriel ainda está com ele?

— Está sim, Rafael, infelizmente.

— Céus! Eu vou sair agora mesmo para comprar uma passagem para tentar retornar ao Rio o mais rápido possível.

— Tudo bem.

Ele encerrou a ligação. Pelo modo seco como ele falou, senti que Rafael ainda guarda mágoa e ressentimento por tudo o que aconteceu. Talvez esse sequestro do meu cunhado, tenha um lado bom porque pode reaproximar a banda Reluz. Como eu quero que isso acabe logo, ou melhor, que tudo acabe bem...

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