Predador da Noite-Livro 3 (Revisando)

Sem saída

Boa Leitura
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Observo o quarto silencioso e na penumbra. La fora os raios e trovões iluminam o quarto, estou presa e sem ter por onde sair.
Eu não subestimo o meu inimigo, eu sei o quão ardiloso ele é.
-Parece que não ha como sair... droga. A minha unica opção e jogar contra ele, usar todas as minhas táticas e o que eu aprendi com Dante sobre Camille.
Eu usei um pouco disso e percebi a mudança nele. Ele ainda é muito suscetível, mesmo eu sendo sua inimiga.
Suspiro, eu apenas espero que os irmãos tenham um bom plano pra me tirar dessa. Considero seriamente se isso foi uma boa ideia.
A porta se abre e uma mulher baixinha se aproxima, seus cabelos castanhos caem ate a cintura, ela e bonita e eu fico cautelosa.
-Não precisa ficar na defensiva, eu não vou machuca-la. Eu sou Anelise, e mestre Boroi me pediu pra verifica-la.
Eu apenas a observo em silêncio, ela e a inimiga e por mais que tenha uma aparência amavel ela ainda faz parte desse clã.
-Eu trouxe algumas vestimentas, mestre pediu para que me acompanhe, ele quer jantar com você.
-Jantar? Nem imagino o que ele vai comer.
-Apenas não faça nenhum movimento, se reagir eu tenho autorização pra machuca- la.
Arqueio uma sobrancelha e a encaro.
-SE eu fosse você... eu não me ameaçaria. Eu sei muito bem o que você é e por mais que você seja amavel ainda não deixa de ser uma vampira e membro desse clã. Então eu teria cuidado ao mexer comigo.
Ela não diz nada e me solta, eu observo cautelosa o local e ela me segue ate o banheiro. Mas que saco.
Eu tomo um banho rapido e me seco.
As roupas que me desponibilizaram são um tanto ridiculas o que me faz lembrar de Dante.
Dante... me pergunto o que ele deve estar fazendo agora... suspiro. Bem devo apenas sobreviver a isso.
Visto o vestido vermelho de epoca, faço uma careta quando Anelise aperta o espartilho, como se tivesse prazer em faze-lo.
-Venha...
Andamos pelos corredores iluminados  com velas o que lembra o castelo dos irmãos. Ha quadros na parede, pinturas um tanto... macabras. Eu a sigo cautelosa e esperando um ataque ate que enfim chegamos a um salão.
A musica classica esta tocando suavemente, os vampiros dançam alegremente mas param quando percebem minha chegada. Os olhares hostis me dizem que não gostam de mim por aqui, e eu retribuo com o mesmo olhar com um certo altismo.
-Bem... ja que nossa convidada de honra esta aqui, vamos continuar a festa. A voz de Vaden ecoa pelo salão e Anelise me puxa caminhando para ele.
-Bem... você não fica nada mal com essas roupas.
-Bem, obrigada... mas eu prefiro estar com minhas roupas normais e armada ate os dentes.
Ele apenas sorri, mas vejo a frieza nos seus olhos. Dou de ombros e observo cautelosa a todos, continuam a dançar mas ao mesmo tempo sinto seus olhos em mim.
-Venha, vamos dançar.
Ele estende a mão e eu observo momentaneamente, suspiro e pego a sua mão e ele me leva para o centro do salão.
Os outros se afastam e apenas observam, enquanto começamos a dançar.
Apenas analisamos um ao outro, sem dizer nada. Ele me guia, parecendo ate gostar de me deixar inquieta.
Enfim a música acaba e saimos do salão. Todos parecem ansiosos, a expectativa é algo e alguma coisa dentro de mim me diz que não é nada bom.
-Podem trazer o jantar.
A porta ao fundo se abre e vejo um grupo de pessoas sendo trazidas. A ansiedade é vista nos rostos de cada um. O grupo formado por jovens, olha assustados e com temor.
-Sirvam-se. A voz de Vaden da inicio ao frenesi, os vampiros pulam em cima das suas vitimas, os jovens gritam e tentam fugir sem sucesso.
A raiva toma conta do mim, uma furia assassina toma conta do meu corpo.
Meu corpo treme pela raiva.
-Ora minha cara não precisa ficar zangada... vou associar isso a fome.
-Tragam a comida de minha convidada de honra.
Um vampiro tras algo dentro de uma bandeija, mas meu estômago embrulha ao reconhecer o que ha no prato.
Olho friamente pra Vaden que apenas sorri.
-Esse e seu jantar querida.
Pego o prato e jogo na cara dele com tudo, e acerto um soco no seu estômago.
Anelise vem pra cima de mim e sinto a picada da agulha.
-Ninguem machuca mestre Boroi.
Ele me segura antes que eu caia.
-Eu tenho nojo de você... susurro antes de apagar.

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