Cap. 32

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Pov Lucy
Corri até o escritório da minha mãe. Lá estava ela, digitando no computador e falando no telefone ao mesmo tempo.
RB:Sim, a ponte vai ficar pronta em uma semana...Aham, sim. Ok, tchau.
Lcy:Oi, mãe.
RB:Espere um pouco, querida...E fiquem...Avisados. Enviar. Prontinho! O que foi?
Lcy:Eu quero ir pra Ever After.
Minha mãe quase caiu da cadeira.
RB:Oi? Como assim? Você nunca pensou nisso, e você já estuda em casa, querida.
Lcy:Eu...Acho que estou meio atrasada em relação ao conteúdo que o Logan está estudando...
RB:Mas...Eu não quero que minha filha mais responsável vá embora...Tem certeza que quer isso?
Lcy:Sim.
RB:Ok...Arrume suas malas. Você vai amanhã.
Lcy:Obrigada, mãe!
RB:De nada, querida.
Fui correndo pro meu quarto. Meu plano tinha que funcionar.
Pov Logan
O calabouço era escuro e um tanto assustador. Muitos homens presos pareciam me encarar, quase me ameaçando pelos olhos.
Guarda:Vossa Magestade!
Alguns se reverenciaram. Eu não gostava que me chamassem assim. Me lembrava da Courtly.
Lg:Hã...Preciso entregar uma carta para uma pessoa.
Guarda:Nós entregamos.
Lg:Não. Eu preciso. Onde está a cela do Sr. Jester?
Guarda:Hã...Por que Vossa Magestade veio visitar um homem tão insignificante?
Lg:Só Logan. E vim porque é importante.
Guarda:A cela é por aqui. Siga-me.
Ao chegar lá, vi um homem pálido, magro e com o olhar triste.
Lg:Sr. Jester?
Ele olhou pra mim e ficou mais pálido ainda.
Sr. J:Deus, é assim? Vou embora agora? Sem nem me despedir da minha mulher e minha filha? Por favor, me dê uma chance!
Lg:Hã...
Sr. J:Eu preciso de mais um tempo! Por favor!
Começou a chorar, implorando. Ele deve ter enlouquecido por tanto tempo preso.
Lg:Hã...Não. Sua hora ainda não chegou. Eu vim aqui por outro motivo.
Sr. J:Por que está aqui?
Lg:Eu sou amigo da sua filha e...
Sr. J:Minha filha é amiga de um anjo? Ela morreu?
E chorou mais ainda.
Lg:Hã...Não! Eu não sou um anjo e sua filha tá viva.
Sr. J:Não? Mas tá todo de branco e...Deixa pra lá. Como a Courtly está? Que saudade dela...
Lg:Ela sente sua falta. Tanto que nos conhecemos depois da sua última ligação.
Sr. J:Ela ficou muito triste, não é?
Lg:É...Mas em compensação, quase nunca menciona a mãe dela.
Sr. J:Ah... Ela nunca mais viu a mãe, e agora pensa que ela não liga mais pra a filha.
Lg:Sua mulher já veio te visitar?
Sr. J:Uma ou duas vezes. Acho que ela não me ama como eu pensava. Mas tenho a Courtly, e é o que realmente importa.
Lg:Bem, tenho uma coisa que ela pediu para que eu te entregasse.
Quando entreguei a carta, ele rasgou o envelope, se importando somente com o que a filha tinha escrito. Quando acabou de ler, parecia ter ficado mais emocionado do que nunca.
Sr. J:Ela continua a mesma...Minha palhacinha...
Eu estava quase saindo de lá quando ele me chamou.
Sr. J:Moço! Espera! Obrigado, muito obrigado! Não só por ter tido a coragem de entregar a carta para um homem que poderia estar louco e que nem conhecia, mas também por ser amigo da minha filha. É importante pra ela que tenha alguém que esteja lá pra ouvi-la. Senhor...?
Lg:Logan Whiteford.
Sr. J:Pelos diamantes! Perdão, Vossa Magesta...
Lg:Não precisa. Eu sou uma pessoa, assim como todo mundo. Talvez minha mãe goste de ser chamada assim, mas eu prefiro que só me chamem pelo nome.
Sr. J:Certo, Voss...Logan.
Lg:Bem, e quanto minha amizade ser importante pra a pequena, eu acho que ela também é muito importante pra mim.
Sr. J:Pequena? Ah, certo! Já entendi tudo.
Lg:Bem, agora eu tenho que ir.
Sr. J:Obrigado, Logan
Me despedi e saí do calabouço com pressa, com medo de ele perceber que eu gostava de sua filha.

EAH: Cavaleiro VermelhoOnde histórias criam vida. Descubra agora