Cap 6.

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Pov Dexter:
Darling havia saído chorando do rei-feitório. A última vez que ela chorou com tanta tristeza foi quando tinhamos 7 anos e o cachorrinho da família tinha sido atropelado por cavalos. Meus pais começaram a discutir.
Rei C: Temos que ir atrás dela!
Rainha C: Mas, querido, ela precisa de um tempo sozinha.
Rei C: Tempo sozinha uma vírgula!Ela precisa aprender a respeitar os mais velhos. E a ter orgulho de seu destino.
Rainha C: Mas ela nunca vai entender isso se formos discutir com ela agora. A Darl está muito estressada para conversa.
Rei C: Pare de defendê-la. Se continuar fazendo isso, ela nunca vai aprender a ouvir um não. Ela vai começar a resistir cada vez mais.
Dar: Sabia que eu devia ter ficado no meu dormitório. Agora eu vou me estressar e meu rosto vai ficar cheio de rugas.
Dex: Você consegue ficar sem falar de sua aparência por um minuto?
Daring: Claro que consigo! Que dia bonito hoje! Tão bonito quanto eu.
Suspirei e revirei os olhos.
Chase chegou no rei-feitório. Antes que pudesse se aproximar e falar com meus pais, (era óbvio que ele iria fazer isso) eu e Daring bloqueamos a passagem dele. Se ele pensou mesmo que iria falar com meus pais, ele se enganou.
Rei C: Daring, Dexter, com licença. Deixem-no passar.
Dex:Mas, pai!
Rei C: Vocês me ouviram.
Pov Chase.
Não acredito no que acabei de ouvir. O Sr. Charming quer falar comigo?
Me sentei na mesma mesa que eles.
Ch:Sr. Charming, eu...
Rei C: Tenho que falar com você.
Pov Darling:
Assim que o vi indo na direção de meus pais, soube que Chase iria enfrentar problemas. Quero dizer, enfrentar o Rei Charming não é fácil. Para o caso de alguma briga, fiquei observando pela porta do rei-feitório, assistindo o que estava acontecendo. Vi meus irmãos o barrando.Era hora de reagir? Observei meu pai dizendo alguma coisa para eles. Eles haviam se afastado e Chase se aproximou. Meu pai estava dizendo algo para ele...Isso não era nada bom.
Como queria ser uma mosquinha para ouvir a conversa!
Pov Chase:
Quando ouvi o que o Rei Charming disse, essas 5 palavras me trouxeram calafrios. Nunca vi ele tão nervoso. Tentei o meu melhor para não parecer nervoso. Tentativa que falhou, por sinal.
Me sentei junto a eles e esperei para ouvir.
Rei C: Chase, certo?
Ch:S-sim, Sr. Charming.
Rei C: Percebi que é amigo de minha filha. Vocês estão ficando bem próximos, não é mesmo?
Ch: Nos conhecemos há pouco tempo, mas acho que já posso considerá-la minha amiga, quero dizer, estamos nos entendendo bem. Por que a pergunta?
Rei C: Curiosidade. Mas, enfim, gosta dela?
Ch: Ela é uma boa pessoa...
Rei C: Seja sincero.
Ch:Ainda não a conheço direito, precisaríamos nos aproximar mais para que eu pudesse descobrir.
Rei C: Então quer dizer que existe uma possibilidade de você gostar da minha filha?
Ele estava irritado. Fiquei sem saber o que dizer.
Rainha C: Querido, acalme-se.Certo, mocinho, o que quis dizer com isso?
C: Sra. Charming, ainda estou descobrindo como é ser amigo dela. Não tenho certeza nenhuma sobre o que sinto ou o que irei sentir. Quem sabe o que o tempo pode fazer? Talvez simplesmente paremos de conversar amanhã ou algo assim...
A Rainha Charming olhou para o Rei em forma de sermão,(sussurrando: Viu!? Não te disse?) e voltou a deixar seu marido falar comigo.
Rei C: Bem, continuando... Vamos direto ao ponto. Quero que se afaste de minha filha ainda hoje. Você é filho de uma vilã. E acho que não é uma boa influência para ela.
C: Sr. ... Eu não posso. Prometo não fazer mal a ela! Apenas não faça isso.
Rei C: VOCÊ NEGOU A PALAVRA A MIM? QUEM VOCÊ PENSA QUE É? Se não quer fazer isso por bem, fará por mal!
Eu tinha 99,9% de certeza de que ia morrer. Se for morrer agora, gostaria de um caixão de madeira avermelhada e flores vermelhas, por favor.
Foi quando Darling chegou. Com uma espada(acho q para o caso de ter de se defender de seus irmãos).Me preparei para o caso de que ela estivesse ali para me conduzir até uma guilhotina ou algo assim.
Pov Darling:
Cheguei no Rei-feitório com uma espada para aparentar ser mais assustadora. Acho que deu certo, porque Chase estava falando baixinho(não o suficiente para que eu pudesse ouvir) "Por favor não me mate, Darling.". Ele achava mesmo que eu ia fazer isso?
Acho que só consegui assustar minha mãe mesmo. Era como se ela pensasse:"Oh minha Fada-Madrinha! Minha doce filhinha se transformou em um monstro!".
Darl:Se alguém encostar em um fio de cabelo dele, vai se ver comigo!
Rei C: Se são só amigos, por que se preocupa tanto se ele vai ficar bem?
Darl: Acontece, pai, que eu, como boa amiga, deveria me preocupar, não é mesmo? Principalmente quando minha família está tirando conclusões precipitadas de uma amizade que mal teve tempo pra se fortalecer e tendo um julgamento preconceituoso sobre uma pessoa que vocês só pensam conhecer!
Ao dizer isso, ao ver que eu havia conseguido dizer isso, me senti confiante.
Rei C:Darling, mais uma vez me enfrentando? Esse garoto realmente está tendo influência sobre você! Ele está te manipulando!
Darl:Não está! Viu, pai? Você já está supondo o pior!
Rainha C:Nós só queremos te proteger, filha! Não queremos que esse garoto te faça algum mal.
Darl:Ele não vai! Por que vocês acham tanto isso?
Rainha C:E-Ele é filho de uma vilã!
Darl:E eu sou filha de uma princesa e estou segurando uma espada!
Minha mãe arregalou os olhos e meu pai ficou extremamente sério.
Rei C:Você pode não entender, Darling, mas nós apenas queremos o seu bem. Esse assunto ainda não acabou, senhor Redford.
O sinal tocou, e Chase se despediu com uma reverência, saindo do rei-feitório. Eu lancei um último olhar, que eu esperava que traduzisse a angústia que eu estava sentindo, em direção a minha família e fui embora.
Chase estava me esperando na porta do rei-feitório, que eu atravessei sem olhar para trás. Ele caminhou comigo até a sala de aula, com os braços cruzados e em silêncio.
Ch:Sabe, Darling, você pretende me defender do seu pai todas as vezes que eu estiver prestes a levar um sermão dele? Porque, se sim...
Ele abriu um sorriso.
Ch:...eu terei que encontrar algum motivo pra te defender também, porque se não, vai ficar desigual. Então, tem alguma situação que você precise de alguém pra te defender?
Eu ri.
Darl:Não que eu saiba...
Ch:Ah, por favor! Tipo, não precisa nem ser algo muito perigoso! Tipo, eu posso te defender de um temporal!
Darl:Afinal, de todos os perigos que eu já enfrentei, um temporal foi o pior deles!
Nós rimos e eu dei um soquinho no braço dele, só de brincadeira.
Ch:Ah, não tem nada que eu possa fazer? Eu não quero sentir que você está acabando com todos os problemas que eu encontro no meu caminho, enquanto eu estou plantado sem fazer nada!
Caminhamos pelo corredor até chegarmos à porta da sala onde eu assistiria aula.
Darl:Eu vou pensar em alguma coisa.
Sorri e acenei para ele, me despedindo antes de entrar na sala.

EAH: Cavaleiro VermelhoOnde histórias criam vida. Descubra agora