Cap 4

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O Início:
Chase era ainda um garotinho quando tudo começou. Morava em um reino distante junto com seu pai e mãe. Por algum motivo, seus pais não queriam que ninguem soubesse de sua existência. Ao invés de levá-lo para a escola, o entregavam livros sobre todos os assuntos. Mas um deles o deixou curioso: Alice no País das Maravilhas. Seus pais apenas o diziam que era um lugar mágico, fora do normal, especial. Chase também costumava jogar xadrez com... ele mesmo. Ficava muito tempo em casa e não tinha amigos. Um dia, perguntou sobre o tabuleiro de xadrez a seus pais:
- Quem inventou o jogo de xadrez, pai? -perguntou com inocência de criança.
- Não sei, filho. Só sei que é um jogo muito interessante. Por que a pergunta?- seu pai respondeu.
- É que queria saber se a Rainha Vermelha e todas essas outras peças existem de verdade.- Chase respondeu.
- Sim. Eles vivem no País das Maravilhas.- seu pai respondeu.
- Legal! Podemos ir para lá um dia?- perguntou.
-Bem...quando as coisas melhorarem, talvez.- seu pai disse.
Chase olhava maravilhado para uma peça em especial: o Cavaleiro Vermelho.
- Essa peça.- disse apontando para a tal-O que ela faz?- perguntou.
-É um cavaleiro. Ele protege o rei e a rainha das pessoas más. Sabe o porquê?- perguntou o pai. Chase negou com a cabeça. - Porque cavaleiros são pessoas leais, corajosas, justas e que seguem sempre as regras. Sempre seja como um cavaleiro. Seja sempre uma pessoa nobre, Chase. Faça sempre o que é certo. Assim, a vida irá te recompensar.- disse o pai olhando para seu filho.
-Então quero ser um cavaleiro!- e dizendo essas palavras, deixou os pais cheios de orgulho. Jantaram e Chase foi dormir. Seus pais ficaram acordados, até que um dos guardas do rei bateram na porta.
- Os impostos!- O guarda disse. O pai olhou para sua mulher com medo.
- Infelizmente, ainda não tenho dinheiro o suficiente. Poderiam esperar mais uma semana?- disse.
- Faz 5 anos que os impostos estão atrasados! Me pergunto, o que causa esse atraso...- disse o guarda com arrogãncia. - Felizmente não terão de se preocupar com imposto algum nos Céus...- disse o guarda.
- O que quer dizer, senhor?- perguntou a mãe aflita.
- Quero dizer que essa era a última chance de vocês. O reino está passando por problemas e precisa que todos contribuam. Afinal a guerra entre o reino vizinho será semana que vem. De agora em diante, qualquer pessoa que não contribuir, terá pena de morte. E como não contribuíram até agora...- disse o guarda.
A mãe de Chase começou a chorar. Não queria deixar o seu filho. O pai acalmava sua mulher.
-Não haveria outra maneira?-perguntou.
O guarda negou.
-Lhes dou 5 minutos para se despedirem dos vizinhos e de sua casa.- o guarda anunciou.
Nesse exato momento, a mãe de Chase começou a escrever em um pergamínio. Juntou o pergamínio a outro papel. O pai tirou o Cavaleiro Vermelho do tabuleiro e colocou junto com a carta. A mãe colocou 7 pães junto a carta que ficou na cama de Chase. Sua mãe deu um beijo na testa do filho. Estava chorando mais do que nunca. Seu pai também. Ambos disseram suas últimas palavras ao filho adormecido.
- Seja como um cavaleiro, filho.
Saíram pela porta e deram uma última olhada para a casinha simples. E acompanharam chorando o guarda. Esse era o fim da história deles, mas apenas o começo da história de Chase.
Na manhã seguinte, Chase acordou e chamou pelos pais, apenas para não ouvir resposta. Procurou pela casa. Nada. Olhou pela janela. Nem sinal deles. Viu o bilhete e os pães em sua cama. Abriu a carta:
Chase...
Nessa vida cometemos muitos erros. Uns fáceis de perdoar, outros imperdoáveis. Quando estiver lendo essa carta, provavelmente não estaremos mais aqui, pois... Já estaremos nos Céus. Eu e seu pai cometemos erros que preferimos deixar você não sabendo. Um deles é ter deixado você todos esses dias em casa, sozinho. Você deve estar se perguntando que erro causou o nosso fim. Mas é melhor nem descobrir. Você é novo demais para entender. Queremos que você saiba que um dos motivos de cometermos tantos erros é não seguirmos as regras como deveríamos ter seguido. Assim como o seu pai, acredito que um cavaleiro seja a imagem ideal para uma pessoa do bem. Então, seja como um cavaleiro. Faça o que seja certo. Seja nobre e tenha coragem. Vá para o País das Maravilhas e procure a Rainha Vermelha. Diga que quer ser um cavaleiro e tudo correrá bem. Mude o seu destino e seja feliz como nunca fomos. Te amamos muito, Chase.

De seus pais que querem o seu melhor.
Chase não acreditava no que lia, e com lágrimas nos olhos, arrumou uma mochila para seguir viagem. Guardou a carta e os pães junto com uma manta e um cantil de água. Olhou para o Cavaleiro Vermelho e o guardou ba mochila. Na carta havia um mapa para o País das Maravilhas e assim, pôde seguir viagem.

EAH: Cavaleiro VermelhoOnde histórias criam vida. Descubra agora