DEZESSEIS

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olha so quem voltou, rs.

Bom gente, eu sei que to demorando muito pra postar capitulos, mas me perdoem, de coração, não tinha o minimo de intenção de escrever a segunda parte de fiel quando pensei no primeiro livro então ainda não tenho praticamente nada planejado na minha mente e com tanta correria fica até difícil, treino, escola, prova, vida pessoal... Não vou expor muita coisa aqui, so peço que orem muito pra mim porque as coisas não estão nada fácil. Tenham paciência porque tudo o que eu queria era todos os dias sentar na frente do PC ou pegar meu celular e escrever pra vocês, mas a vida não pode girar em torno disso aqui, sinto muito se decepciono vocês.

Comentem, votem e compartilhem essa história com amigos, porque o apoio de vocês é o que faz eu não desistir disso aqui e cada vez mais escrever mais capitulos.

Peço compreensão da parte de vocês.

Um beijão, amo vocês.

~~~~~~~~~

Ana Julia

Fechei a bolsa que levaria, não tinha muita coisa aqui, então não seria necessário uma mala enorme. Durante a semana eu analisei muito o quarto e quais as maneiras de fugir daqui e a unica que pode dar certo e fugir pela janela, é arriscado? Sim, mas tenho que pelo menos tentar, tudo pra me livrar do Henrique.

-Deus me guie.

(...)

Juro pra vocês que pensei que não ia conseguir sair de la sem pelo menos um osso quebrado, mas adivinhem? Consegui. Saio me escondendo entre os becos pra que ninguém me veja, porque se virem, é o fim pra mim, graças a Deus Lorenzo esta tendo uma reunião com boa parte dos soldados e vapores do morro, então não tem praticamente ninguém na rua e foi por isso que decidi fugir hoje. Entro em um beco e vejo a minha morte. Lorenzo parado lá, de costas, e quando notou minha presença eu quase cai dura ali mesmo.

Lorenzo- quem deixou você sair?

- ninguém- engoli seco-.

Lorenzo- então o que tu ta fazendo aqui?- disse calmo até de mais-.

- eu não aguento ficar presa mais, Lorenzo, principalmente com seu pai me atormentando toda semana, eu sei que to presa aqui e que não devia nem ter o direito de falar nada, mas eu to cansada, ja passei por coisas aqui em menos de um mês que eu não tinha passado em 17 anos, cada dia mais eu perco as esperanças de viver, minha mãe ta morta, meu pai quase morto e eu presa, não tenho mais ninguém Lorenzo- comecei a chorar- nunca tive vida, sempre fui sem liberdade, meus pais sempre me deixaram entocada e finalmente, quando eu saio de casa, é pra ficar presa de novo, eu ja to ficando louca.

Ele me encarou por alguns minutos e me abraçou, abraço que eu correspondi.

Lorenzo- mete o pé daqui.

-o que?- o olhei-.

Lorenzo- vai embora, rala.

-co-como assim?

Lorenzo- isso mesmo que tu escutou- disse se soltando de mim- mesmo eu sendo criado pra ser ruim, Deus me deu um coração muito bom, então rala daqui.

Foi quando eu parei pra pensar. Pra onde eu vou? Como eu vou viver? Ate então eu so tinha pensado que tudo ia dar errado e no fim, eu acabaria presa de novo.

-pra onde?

Lorenzo- isso não é problema meu, tu queria liberdade e eu to te dando, agora vai embora daqui- saiu andando-.

Fiquei parada ali por pelo menos uns 10 minutos. Eu tinha conseguido a minha tão esperada liberdade. Mas pra onde eu vou? 

Desci o morro com apenas um pensamento: eu to fudida.

Quando finalmente eu sai da Rocinha, eu tive uma sensação de liberdade e de medo também, e agora? O que eu ia arrumar pra minha vida?


Fiel- Segunda temporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora