AVISO: PERSONAGEM MACHISTA E POSSESSIVO. LEMBRANDO QUE É APENAS UMA INTERPRETAÇÃO, SE VOCÊ NÃO CURTE MUITO ESSE TIPO DE PERSONAGEM, ENTÃO NÃO INDICO AQUILES PARA VOCÊ.
Ela nasceu e cresceu no circo.
Ele nasceu para assumir a empresa da família.
Dent...
Aquiles estava dirigindo a duas horas, ele estava concentrado na estrada, sua mão direita descansava na minha perna.
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Shape Of You de Ed Sheeran preenchia o silêncio do carro.
Eu sentia o vento correr livre, ele bagunçava meus cabelos e eu não poderia me importar menos.
O dia estava lindo, a paisagem verde com alguns açudes me fazia lembrar das longas viagens que eu fazia com a trupe. Uma cigana, sem raízes fincadas em um único solo. Eu plantava a minha semente em cada cidade, não era de lugar nenhum e pertencia a todos os lugares.
Chegamos em Jericoacoara por volta das nove horas, eu estava radiante com essa surpresa maravilhosa. Me estiquei admirando a praia incrível a minha frente. Aquiles me abraçou por trás, seu queixo repousava suavemente no topo da minha cabeça. Eu não posso afirmar quanto tempo passamos assim. Eu só pude me concentrar na sensação de paz e felicidade.
Resolvemos sair para a praia depois do almoço, Aquiles fez questão de me apresentar aos seus funcionários e fez questão de que todos soubessem que eu era sua namorada.
Estávamos caminhando de mãos dadas pela beira da praia, Aquiles estava tão leve, era bonito ver ele tão solto, ele parecia um menino e tinha um sorriso que me fazia querer sorrir também.
- Você costuma vir muito aqui?
Ele parou e me abraçou.
- Não muito, pra falar a verdade, eu venho quando precisam de mim pra resolver algum problema com o resort. E é raro precisarem de mim já que tenho um representante muito competente.
- Acho que se eu tivesse chance, estaria aqui sempre que tivesse tempo. Esse lugar é... Incrível.
Aquiles me beijou e me suspendeu por alguns segundos.
- Considere isso feito.
Demonstrei meu desentendimento. Aquiles retirou uma mexa de cabelo do meu rosto pondo atrás da minha orelha.
- Sempre que tiver de folga, podemos vir para cá.
- E você vai faltar ao trabalho todas as segundas e terças?
- Eu sou o dono, sim?
- Uau! Isso saiu meio soberbo.
Ele sorriu.
- Não meu amor. É a verdade.
- Meu amor?- era a primeira vez que ele me chamava assim. Eu não posso negar que adorei ouvir.
- Qual o problema? Você é o meu amor.
Eu o abracei apertado e beijei seu peito.
- Certo. Podemos nos chamar de amor, mas eu juro que você vai se arrepender se sonhar em fazer aquela voz de bebê irritante.
