Harry Potter do Humor

Altas Bagunças Na Madrugada

Todos estão dormindo confortavelmente nos sacos de dormir do Salão Principal. Do nada, acordando noventa e nove por cento do povo que estava puxando o ronco, um pancadão infernal ecoa pelas paredes.

AUTORA: mas que heresia é essa??

Abismados, veem Rockwood entrando no saguão, dançando e cantando ao som de "ó o gás".

VOLDEMORT: (tirando a coberta, revelando um elegantíssimo roupão verde brilhoso) ROCKWOOD! QUE MERDA É ESSA?

O Comensal para de dançar, vendo as centenas de rostos que se fecham na direção dele.

ROCKWOOD: desculpa, Milorde. Achei que o saguão estava vazio.

TODO MUNDO: (facepalm)

HERMIONE: (também saindo do seu saco de dormir – e deixando meia dúzia de marmanjos babando com sua camisola creme semitransparente da Victoria's Secret) bem... agora que eu perdi o sono com esse gás maldito, espero que tenha algo interessante pra entreter a gente durante a madrugada.

RONY: (olhando de esguelha para Hermione) bum.. eu tenho uma ideia de atividade interessante pra nós dois, amor...

LUNA: (guinchando feito o gambá de A Era do Gelo) tarado.

Suspirando, todos saem de seus sacos de dormir, começando a se espalhar pelo saguão, procurando fazer alguma coisa até o sono voltar.

TINA: (se debruçando dengosamente no ombro de Newt, que voltou a fuçar no seu celular) o que você está jogando, amor?

NEWT: (com os olhinhos brilhando de animação) Beastmon Go! (mostra tela para ela) a Gina que instalou pra mim... tenho que capturar todos os animais fantásticas dentro das criatubolas!

TINA: (revirando os olhos atrás dele) que legal... mais uma coisinha pra tu ficar viciado.

Aborrecida, Bia assiste Hagrid adentrar no Salão, vendo-o ir até o seu pequeno grupo.

HAGRID: ouvi um funk infernal da cabana... Canino fugiu pra Floresta de agonia... o que houve?

AUTORA: o capacho do Voldy entrou aqui... com aquele pangadão escroto no último volume.

Draco solta um suspiro longo, surrupiando o violão de Rony e começando a cantar lá do seu canto, como quem não quer nada da vida.

DRACO: (cantando)

Você é a calda do meu panetone

Você é o Homem de Ferro do meu Tony

Você é o molho especial do meu lanchinho

E do meu tempero você é o cominho

Você é o purê da minha batata

Você é o biscoitinho da minha nata

É minha água se eu ficar com sede, oh yeah

Astoria, você é minha Grama Verde, uou, uou, uou

Astoria, você é minha Grama Verde

ASTORIA: (aparecendo do nada no meio do grupo, de olhos esbugalhados) o que você disse, Malfoy?

GINA: (rindo) resumindo, ele quer passar mel no teu corpinho, amiga.

AUTORA: (achando graça) dica pro meu futuro marido... se não for pra se declarar pra mim assim, então nem quero.

Os alunos da Sonserina aplaudem quando Astoria puxa Draco pela gravata, quase engolindo a boca do moleque num beijo, deixando-o atordoado e fazendo quase todo mundo rir.

RONY: quer saber? (puxa Hermione pela mão) chega mais.

AUTORA: (olhando por baixo do braço) oxi. Onde vocês vão?

Hermione assovia, fazendo Becky ligar o aparelho de som onde ela está sentada. Todos começam a bater palmas e pés no ritmo de "Time Of My Life". Para surto geral, Rony e Hermione começam a encenar a parte final do filme Dirty Dancing, cantando e dançando como os protagonistas – e tudo fica ainda mais engraçado, e estranhamente bonito, pelo fato dos dois ainda estarem com roupas de dormir.

HARRY: (balançando a cabeça e rindo) não acredito. Olha só pra esses dois.

Quando Rony levanta Hermione no alto, todos aplaudem e gritam. Queenie, animada, puxa Jacob para dançar ao lado dos dois, deixando-o mais feliz que pinto no lixo.

AUTORA: (suspirando) e perguntam por que adoro Romione. Podia assistir esses dois o dia todo.

Do nada, um grupinho de crianças do primeiro ano mete o louco no coral e começa a cantarolar a música mais aleatória do universo, abraçando seus verruguentos e gosmentos sapinhos de estimação.

Você, você

Vem pra árvore

Onde enforcaram um homem

Que dizem que matou três

GRINDEWALD: (fungando) primeiro... isso é mórbido à lá Snape... sem ofensas, colega (Snape dá de ombros, ajeitando seu pijama trevoso) e depois... só matou três? Que tipo de assassino esse viado é?

MERLIM: (resmungando de sono) Grind... deixa os rascunhos de gente em paz.

As crianças se entreolham, e decidem terminar de sacanear o ex-vilão-mor de uma vez.

Tô mandando um beijinho

Pra filhinha e pra vovó

Só não posso esquecer

Do pelucinho e o pocotó

AUTORA: (rachando com a cara de Grindewald) tá que pariu. Isso que dá misturar Skol Beats no suco da garotada.

NEVILLE: (fechando a cara) já disse que foi sem querer. Deixei uma garrafa perto da caldeira de suco da cozinha de Hogwarts, e fui pedir o abridor emprestado pro Luizinho. Quando eu voltei, só ouvi os elfos berrando que ela tinha caído na caldeira.

LUNA: (fazendo um gesto italiano de desespero) e eu queria entender por que você levou a droga da garrafa pra cozinha, amor...

Todos se sobressaltam quando Dumbledore entra dentro do Salão Principal, interrompendo a zoeira, ainda de roupão e pantufas de hipogrifo.

DUMBLEDORE: ok, pessoal (sacode um caldeirão) trouxe um chocolate quente com Poção do Sono. Tomem e voltem a dormir.

Divididos entre a decepção e o alívio – afinal, alguns ainda queriam fazer altas marotagens na madrugada – todos começam a se servir dos corpos que surgem em suas mão, enchendo-os com chocolate quente e bebendo. Em poucos minutos, a maioria já começa a bocejar, voltando a se aninhar em seus sacos de dormir.

SNAPE: (bufando) demorou.

Gracejando, Bia vê Draco e Astoria se aconchegarem juntinhos no mesmo saco de dormir, e Voldemort abraçar Nagini no seu canto, como se ela fosse uma grande e assustadora cobrinha de pelúcia. Ela mesma se ajeita, apertando sua corujinha de algodão.

RONY: pelo visto, a Bia vai dormir bem devagar agora...

AUTORA: por que eu teria pressa?

RONY: (se escondendo atrás de uma risonha Hermione) por que você está sono... lenta.

AUTORA: (enquanto todos riem) AHHH, RONY!

Finalmente acomodados, os demais voltam a dormir. Ainda sonolenta, Queenie acena com a varinha na direção da tela, fechando o capítulo e fazendo tudo desaparecer em meio à uma purpurina dourada.