- Oque aconteceu? - Disse meio confuso ouvindo o tom sério que ele falou.
- Posso entrar? - Disse Asclépio enquanto me olhava ainda sério.
- Não.
Teve um segundo de silêncio até que Isabelle disse.
- Então vamos para a casa grande?
- Não.
- Qual é a sua? Não vai colaborar? - Disse Asclépio sem paciência.
- Pode dizer aí mesmo... - Disse enquanto continuei na frente da porta olhando ele.
- Nossa, difícil lidar com você. - Disse Isabelle revirando os olhos - Cara, boa sorte com ele, eu desisto...
Ela começou a andar em direção a casa grande saindo dalí.
- Sinceramente eu to quase desistindo também. - Disse Asclépio enquanto me encarava.
- Então desista. - Fechei a porta na cara de um Deus.
Me virei para Mira que continuava se lambendo e logo fui em direção a uma poltrona sentando novamente nela.
- Por que você fez isso? - Disse ela voltando a olhar para mim.
- Sei lá, gosto de tratar mal as pessoas...
- E se for alguma coisa importante?
- Se for importante eles vão voltar. Agora... Me da licença, odeio o dia... Vou dormir um pouco...
- Okay. Vou fazer o mesmo... Esperar até o jantar.
Inclinei a poltrona ficando deitado nela e logo vi Mira deitar na cama começando a dormir. Logo senti o sono chegar e dormi.
- Como você pode ser tão idiota? - Disse aquela voz que eu já reconhecia ser de Pandora.
- Eu? Eu acabei de chegar... - Disse não entendendo vendo ela sentada na cadeira me olhando com uma cara do tipo,"me mata".
- Você recusou a fala de Asclépio...
- Como você sabe? - Disse estranhando.
- Não importa! Ele ia te passar uma missão!
- E eu com isso?
- EU DESISTO! SAI DAQUI! - Não sei como mas ela conseguiu pegar um livro jogando na minha direção me fazendo sumir e aparecer em outro lugar.
Eu estava novamente na frente da montanha com aquele homem com a barriga aberta, pensei se eu podia falar com ele igual com Pandora.
- Alô!
Ele pareceu surpreso ouvindo minha voz e usando suas últimas forças ele me encarou e começou a me olhar.
- Vo... Você é...
- Eu sou Nathanael.
- Me... Ajuda...
Ele desmaiou tombando com a cabeça de lado e derepente eu estava na casa grande onde Asclépio estava conversando com Isabelle, Enzo, Eliza e Alexandre.
- Essa é a missão. Vocês aceitam? - Disse Asclépio finalizando oque ele dizia.
- Sim! - Disseram todos em uníssono.
- Perfeito, agora só precisamos de mais una pessoa... - Ele disse receoso se virando e encarando a janela.
- Do jeito que ele agiu agora a pouco, duvido que ele aceite essa missão. Manda só a gente mesmo. - Disse Isabelle quando Asclépio se virou para ela.
- Você ainda não entende, mas essa missão é dele... Só ele pode liderar essa missão.
- E oque acontece se ele não aceitar? - Disse Eliza olhando para ele curiosa.
- Se ele não aceitar só podemos esperar o pior vindo do mundo. Ele tem que aceitar, de qualquer jeito.
- Hoje eu vou conversar com ele... Acho que ele gosta de mim... - Disse Alexandre colocando as mãos atrás da cabeça.
- Espero... Eu vou passar a missão na fogueira de hoje, ele precisa participar...
O sonho tremulou e logo eu estava em outro lugar.
- Então eu finalmente te conheci...
Uma voz estranha apareceu e eu estava em uma sala que parece de construção onde tinha varias e varias coisas sendo construídas e etc. Eu ganhei um corpo naquele sonho e eu estava agora na frente de um homem grande e feio que tinha umas mãos grandes e sujas com óleo. Não consegui descrever muito bem ele.
- Quem é você? - Perguntei estranhando.
- Eu sou Hefesto e isso não é um sonho...
- Ah ta.
- Não está surpreso? - Ele perguntou estranhando a forma que eu disse e continuou alí me encarando.
- Deveria? Já conheci Asclépio, deuses não me surpreendem mais...
- Faz sentido.
- Enfim, por que estou aqui?
- Por que, eu sou um dos poucos deuses que não te odeia.
- E..? - Se não me odiava ia acabar odiando logo.
- E eu preciso de um guerreiro que lute por mim.
- Como assim?
- Eu gostaria que você fosse um herói e fizesse uma missão em meu nome.
- Por que eu faria isso?
- Você matou minha filha de seis anos no primeiro dia que chegou no acampamento.
- Eu aceito a missão.
- Perfeito. Que bom que nós entendemos...
- Que missão é essa?
[...]
- Entendi... - Disse após ficar um tempo ouvindo o que ele disse - Vou ganhar algum tipo de presente seu no final da missão?
- Tudo que eu disse não é o suficiente?
- Não.
- Eu faço uma arma para você...
- Agora estamos falando a minha língua.
- Enfim, quando encontrar Apolo entregue isso para ele...
Ele me jogou um pequeno cubo de bronze que tinha círculos luminosos no meio de cada quadrado.
- Beleza. To dispensado?
- Sim. E antes de ir... Gostei de você.
- Legal. - Comecei a sumir e finalmente acordei com Mira dando patadas na minha cara.
- Acorda, acorda, acorda! Ta na hora da comida!
Fiquei olhando para ela enquanto abria meus olhos. 19:00hrs.
- Oque foi? - Perguntei um pouco sonolento ainda terminando de acordar e tirando ela de cima de mim.
- Ta na hora do jantar! - Ela disse como se gritasse pela comida.
- Ah ta... Já vou...
Peguei meus tênis e calcei eles até que, encima da cama fazendo uma pequena luz eu vi o cubo que Hefesto tinha me entregado e logo pensei em tudo que ele tinha falado.
- Vamos.
- Já tava na hora!
Ela disse na frente da porta, me levantei da poltrona e andei em direção a porta abri ela e após Mira sair fui junto com ela e fechei a porta, comecei a andar em direção ao refeitório com Mira até que ela para e eu observo ela.
- Oque foi? - Perguntei estranhando já que ela estava tão empolgada.
- Se aquelas garotas de Afrodite me virem de novo vão ne pegar.
- Eu falo que você é minha... Pronto...
- Não é tão fácil assim. Não quero arrumar confusão. Vou usar minha metamorfose.
Fiquei olhando para ela quando vi ela mudar para uma gata com mais pelo e algumas manchas cinzas pelo corpo, agora estava com uma pequena tiara na cabeça onde tinha duas manchas cinzas do lado dos seus olhos.
- Agora sim, podemos ir... - Ela disse orgulhosa como se gostasse daquilo e começou a andar de novo em direção ao refeitório.
Fui atrás dela e depois de um tempo finalmente chegamos no local onde todos ficam nos olhando, ela empina um pouco a cabeça orgulhosa de chamar tanta atenção e se sentou encima da mesa negra que representava meu chalé. Me sentei alí e fiquei olhando para ela vendo que no lado onde ela estava várias comidas começaram a aparecer e ela animada rapidamente começou a comer. Fiquei olhando por um segundo quando logo olhei para o meu lado da mesa e apareceu algumas coisas que eu gostava de comer. Comecei a comer e depois de um tempo logo vi Alexandre se sentar na minha frente.
- E aí cara! - Ele disse tentando dar um sorriso.
- E aí.
- E essa gatinha? - Ele disse olhando e apontando para Mira.
- É minha, eu achei ela hoje. Seu nome é Mira.
- Prazer Mira.
Mira parou de comer por um segundo observando ele e logo o ignorou voltando a comer sem dizer nada.
- Bom, você vai participar da fogueira hoje? - Disse Alexandre enquanto me olhava.
- Não.
- Bom, então eu já converso com você agora. Mas antes de responder qualquer coisa me ouve até o final.
Me mantive calado observando ele já sabendo oque ele ia dizer.
- A gente vai em uma missão, melhor, sua missão. Você vai ser o líder dela e pra gente ir pra essa missão a gente precisa que você aceite ela e...
- Eu aceito. - Disse comendo enquanto olho para ele.
- Oque? Tão fácil? - Ele disse me encarando.
- É...
- Que bom então... - Ele ficou sem saber oque dizer e ficou um silêncio constrangedor para ele.
- Pode me deixar comer agora?
Disse expulsando ele da minha mesa.
- Não quer detalhes sobre a missão?
- Não.
- Bom, você querendo ou não, preciso te dizer, a gente precisa reecontrar a caixa de Pandora.
Fiquei olhando para ele sem expressão. Eu não queria saber eu não ligava.
- De acordo com o tempo passando alguns deuses e o próprio Zeus observaram que os malês da caixa de Pandora estavam destruindo o mundo que eles mesmo criaram então com muito esforço os deuses passaram para uma missão eterna prendendo todos os malês que eles conseguiram de novo na caixa...
- Então por que o mundo continua a mesna merda pra pior? - Disse interrompendo ele, aquilo não me importava nem um pouco mas tive vontade de falar alguma coisa para deixar ele nem que seja confuso.
- Você não vai gostar da resposta...
- Foda-se diz oque é logo.
- Os filhos de Nyx. Quer dizer, todos aqueles que ela deu origem sem a ajuda de outro ser, ou melhor dizendo, todos aqueles que ela fez sozinho, viraram desgraças e os próprios malês que existiam dentro da caixa de Pandora.
Fiquei sem resposta por um segundo. Não sabia oque dizer. Mas eu lembrava das histórias, Nyx é uma deusa que odiava os homens e sempre que podia fazia de suas vidas um inferno, jogando desgraças sobre os mesmos.
- Meus irmãos estão presos na caixa de Pandora?
- Não. Os filhos de Nyx são fortes de mais para serem presos, por isso por mais que alguns malês estejam presos dentro da caixa o mundo continua sendo devastado. Tipo o orgulho, ele é filho de Nyx e um dos mais poderosos, ninguém nem tenta prender ele.
- Entendo...
Mira estava olhando para gente. Ela tinha parado de comer observando oque a gente estava conversando e seu olhar parecia pensar em um jeito de matar Alexandre por me dizer aquilo.
- Enfim, a gente conta com você Nathan. Você tem sonhos com Pandora e Prometeus, você deve ser o único que sabe onde a caixa está.
- Como assim? Você não disse que os deuses prenderam alguns malês novamente na caixa? - Disse meio intrigado ouvindo ele.
- Sim, mas a alguns meses a caixa foi roubada dos deuses por alguem ou alguma coisa e agora todos estão procurando ela novamente. Se abrirem aquela caixa o mundo estará perdido.
- Se não abriram até hoje por que esse medo dela abrir?
- A gente teoriza que aquele que roubou a caixa está esperando o fim desse mês para abrir ela.
- Por que? - Disse enquanto o olhava.
- É uma data sagrada, mais importante que qualquer data. Foi o dia que os deuses ganharam a Titanomaquia.
- Entendo. E ele pretende trazer o chãos em um dia que deveria ser de glória para os deuses?
- Isso mesmo. - Ele disse sério.
Olhei para Mira que parecia mais nervosa agora, mas logo ela reparando que eu vi ela ela começou a comer.
- Quando começa essa missão? - Perguntei olhando para ele.
- Essa noite, 21hrs.
- Entendi.
Me levantei e logo olhei para Mira.
- Vamos Mira. A gente tem que se preparar para a missão.
- Mas e a comida? - Disse Alexandre enquanto via que eu não tinha terminado de comer.
- Eu perdi a fome.
Fui direto e logo quando vi Mira vindo ao meu lado comecei a andar junto com ela até meu chalé. Oque eu ia levar para essa missão? Oque eu ia fazer? Por que eu tinha que ser o líder?
- Droga... - Disse enquanto andava.
- Oque foi Filho de Nyx?
- Meu nome é Nathanael. Mas me chama de Nathan...
- Ah, o que foi Nathan? - Ela perguntou corrigindo oque havia dito.
- Essa missão, eu vou ser o líder e nem sei por onde começar... Como vou comandar eles?
- Relaxa, lembra que eu tinha falado? Já tentou rezar para sua mãe? Ela faz milagres.
- Não vou me rebaixar falando com essa mulher... Quer dizer... Deusa.
- Entendo, então oque pretende fazer?
- Eu vou falar com Prometeus, ou Pandora...
- Como? Eles estão em lugares quase inacessíveis.
- Não pessoalmente, eu vou visitar eles, pelos meus sonhos...
Apresso e finalmente chego no meu chalé, abro a porta e Mira entra e eu logo a fecho, vou em direção do armário e logo rápido pego algumas roupas e meu moletom especial que deixava invisível. Guardo tudo em uma mochila preta que tinha alí no no armário e logo reparo na calça que eu tinha usado no primeiro dia que tinha vários furos e alguns rasgados por causa daquela batalha. Respiro fundo e vou na direção dela trocando de roupa e vestindo ela e o all star azul que eu usava quando cheguei. Agora eu me sentia preparado...
- Agora não me atrapalhe Mira, eu preciso entrar no mundo dos sonhos...
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O Filho de Nyx - A Maldição Do Anoitecer
FantasyNathan Oliver é um garoto problemático que vivia uma vida normal em um colégio de tempo integral onde seu Pai um ex-astrônomo da aula de física. Após um incidente com um aluno onde ele acaba quebrando seu pulso e braço ele se ve obrigado a fugir com...