Não bastou eu chegar e chamar toda a atenção quando um terremoto que mais parecia um rugido atingiu a gente. Eu pude entender eles falando que eu estava trazendo desgraça para eles quando o provável diretor do acampamento apareceu e mandou eles calarem a boca.
- Calem a boca! - Eu disse que ele tinha falado isso - Ele não é culpado de nada, apenas está aqui cumprindo com sua missão!
- Mas Diretor... Ter ele aqui é a mesma coisa que ter o demônio preso por algemas de pano.
- Cala a boca. - Ele disse de novo revirando os olhos para a tal pessoa que disse isso.
- Quem é você? - Disse eu me metendo na conversa falando diretamente com o diretor estando na frente de Alexandre e Isabelle.
- Bom... Eu sou Hercules. O deus da força. - Ele disse com um sorriso colgate no rosto enquanto me olhava como se falasse que se eu ficasse perto dele tudo estaria bem.
- Ah... - Disse tentando ser o mais sarcástico possível quando senti novamente outro tremor.
- Está vendo! Ele está fazendo isso! - Disse um dos campistas.
- Cala a boca. - Disse Isabelle.
Aquilo me surpreendeu mas eu consegui dar um sorriso ouvindo ela e logo fiquei mais calmo.
- Vocês já ouviram o Sr. Músculo, parem de pegar no pé do pobre garoto. - Dizia uma voz desconhecida quando do céu eu vi pousar... Um anjo?
Era um garoto com talvez dezesseis anos. Tinha um físico atlético e forte, seus cabelos eram castanhos e longos até o meio da testa onde ondulavam pouquíssima coisa. Seus olhos eram castanhos igualmente mas parecia que o fogo de uma tocha brilhava nos seus olhos, mas o com certeza chamava atenção nele era suas asas brancas com dourado que eram igualmente grandes, tendo três metros de ponta a ponta. Ele deveria ter um metro e setenta e dois. Minha altura. Ele tinha um sorriso colgate mais contagiante do que o de Hercules, logo suas asas se fecharam e eu pude prestar atenção na sua roupa. Usava um moletom dourado escrito "Olimpo" e calças jeans pretas com um all star preto nos pés. Parecia um atleta Olímpico e sua aura irradiava uma cor dourada e branca que dava vontade de competir com ele não sei pelo oque.
- Esse é o outro cara chamado Nathan. - Disse Alexandre baixinho para mim quando senti outro tremor e me virei para o lado.
- Isso não é um terremoto... - Eu disse baixo.
- É oque? - Perguntou Isabelle confusa eu sentia ela me olhar.
- Eu acho que é um Dragão Chinês, ou uma serpente gigante que esta vindo para cá com a intenção de me matar... - Disse calmamente e naturalmente.
Alguns campistas começaram a rir e Alexandre e Isabelle igualmente quando alguem perguntou.
- E por que acha isso?
- Por que olha ele alí. - Levantei o braço apontando para a direção de onde vinha um monstro talvez um Dragão Chinês, ou talvez uma serpente gigante, ou os dois.
As risadas pararam imediatamente e alguem gritou bem alto.
- DRAKON!
Pânico começou a exalar das auras de todos menos Isabelle, Alexandre, Hercules, talvez o outro Nathan e mais alguem muito forte que eu não pude distinguir quem era. Fiquei calmo e respirei fundo deixando minha mochila no chão.
- Bem... - Eu disse me virando vendo os campistas correndo de um lado para o outro em desespero - Essa luta é minha. Não se intrometam... - Antes que eu terminasse de falar:
- Pode deixar. - Disse Isabelle.
- Como quiser. - Disse Alexandre.
- Você que manda. - Disse o outro Nathan.
- Sem objeções. - Disse Hercules.
- Ah... - Disse eu sorrindo de forma sarcástica.
Me virei para o tal Drakon que brilhava azul e sua aura assustadora como serpentes azul escuro circulando seu corpo. Eu via seus olhos brilharem ao longe, e seus dentes cruelmente afiados.
- Antes que eu me arrependa... - Disse uma voz feminina atrás de mim me puxando - Você vai morrer mesmo... - Quando olhei era Isabelle.
Ela me roubou um beijo curto e logo me empurrou novamente pelo caminho que eu estava seguindo, agora um pouco corado e sem graça mas com um sorriso bobo no rosto. Respirei fundo e comecei a correr com minha velocidade aumentada por causa do frio e a noite além das sombras que tocavam em mim, fui correndo heroicamente em direção ao Drakon me perguntando se meu pai já tinha matado algum.
Eu estava muito, muito rápido quando a franja parou de cobrir meu rosto e meu olho vermelho eu podia sentir que brilhavam a cada passo e a cada segundo que eu estava mais perto do Drakon.
Depois daquela corrida eu vi ele a um metro de mim sem parar com sua velocidade e tentar me morder que eu consegui desviar por que tinha pulado um segundo antes. Parei encima do seu nariz e normalmente um soco daquela potência teria quebrado uma árvore ao meio, mas logo quando meu punho acertou suas escamas aquilo foi como se uma pena caísse em uma rocha. Não fez impacto ou estrago nenhum, mas pelo menos ele mudou o curso para outro lugar que não era o acampamento. Minha espada apareceu na minha mão quando eu consegui subir mais no seu rosto e fiquei perto dos seus olhos.
Aqueles olhos amarelos chamejantes me encaravam mesmo estando distante um do outro, foi nesse momento que eu percebi que se eu não fosse filho de Nyx ele teria me paralisado naquele momento. Eu via a imagem de demônios nos seus olhos e ele tentava me passar a imagem de medo mas não me afetava.
Eu precisava acabar com ele rápido, como? Respirei fundo e tentei cravar minha espada contra seu crânio que foi repelida e logo ele se lançou para cima e começou a voar. Eu não sabia que essas merdas podiam voar mas meu dia ficava pior a cada segundo. Respirei fundo e logo, eu pensava estávamos no ar, Zeus!
Levantei um braço e por mais que nunca tenha tentado isso invoquei o mais forte e poderoso raio que consegui. Os céus me responderam mandando a maior quantidade de eletricidade que conseguiu em minha mão. Por fim mirei na cabeça do Drakon e dei outro soco com raios nele, consegui causar um dano nele abrindo um pequeno buraco no seu crânio mas eu não sabia que o pior ainda estava por vir.
A gente foi caindo em direção ao chão quando eu tive que me jogar para ele não cair encima de mim. Quebrei uma perna vendo ele cair e destruir tudo no seu caminho. Balancei a cabeça enquanto sentia minha regeneração agir rapidamente na minha mão que agora estava queimada e na minha perna quebrada.
- Se quiser me matar, vai ter que fazer melhor... - Sussurrei pra mim mesmo me levantando quando em um segundo ele estava na minha frente novamente.
Ele abriu a boca onde eu encarei seus dentes que pareciam ser feitos de prata bem perto do meu pescoço quando vi ele esguichar aquele veneno em mim.
Acordei da premonição, levantei e vi ele na minha frente de novo, pulei para o lado conseguindo escapar da onda de veneno. Percebi naquele momento que durante todos aqueles dias que eu não estava tendo premonição é por que não tive perigo de vida igual estava tendo agora. Consegui me transformar em névoa quando senti ele bater com o rosto em mim. Quer dizer, onde eu deveria estar. A névoa se espalhou e logo me juntei novamente indo novamente para cima dele.
Ele começou a voar novamente dessa vez em ziguezague em direção ao céu não me deixando equilibrar encima dele, foi quando minha espada caiu da minha mão e eu tive que me segurar em uma escama dele. Nos céus raios e trovões em nuvens densas atingiam a gente mas não me afetava tanto agora que eu sabia dos meus poderes e eles estavam praticamente ativados.
Ele tentou me derrubar tremulando o corpo mas ainda estava bem segurado nele. Bem até demais... Eu consegui arrancar aquela escama dele mas eu comecei a cair e não sabendo como consegui me segurar em outra escama. Eu precisava fazer algo, quando rapidamente em um momento sem sanidade eu ergui um punho que começou a pegar fogo. Fogo branco, dei um soco novamente no meio do Drakon e uma enorme explosão como se fosse um meteoro caindo na terra se formou do meu punho. Acho que foi aquele mesmo ataque do punho meteoro.
- Vamos brincar de cavaleiro de Pegaso! - Disse essa parte rindo enquanto via ele caindo e junto com ele eu caindo junto - Meteoro de Pegaso! - Eu não me aguentei de rir e acabei falhando no ataque que iria contra ele.
Ele conseguiu voar novamente e eu comecei a cair se não fosse pela cauda dele.
- Ele vai perder se continuar assim...
- Concordo.
Comecei a ouvir estranhas vozes quando na minha frente eu via duas auras como se fosse espírito.
- Olá? - Perguntei olhando para elas.
- Ele pode nos ver? - Perguntou a aura que parecia feminina.
- Acho que sim... Pode nos ver?
- É o que parece. - Disse encarando eles enquanto me segurava fortemente na cauda daquele monstro.
- Finalmente! Pensei que os poderes de necromante dele nunca ia aparecer.
- Ótimo momento para aparecer em... - Disse olhando minhas condições.
- É... Acho melhor conversamos depois. - Ele concordou começando a sumir.
- Ah... - Disse olhando para as escamas do monstro agora sozinho.
Me recuperando do choque que tinha acontecido de conhecer os mortos comecei a escalar aquele monstro vendo ele ser atingido por raios e não ligar. Eu sentia como se minha energia estivesse acabando e eu não ia aguentar aquele ritmo por muito tempo, minha espada tinha voltado como anel no meu dedo quando rapidamente invoquei a espada e com minhas forças cravei ela dentro das escamas do monstro. Ele soltou um rugido e fiz a eletricidade percorrer a lâmina e atingir o corpo do Drakon.
- Morre logo porra! - Disse já perdendo a paciência quando ele voltou ao solo.
Ao chegar no solo ele moveu o corpo e me lançou contra escombros com muita força. Logo em seguida vi em se enroscando e se virando contra mim vindo na minha direção. Estava regerando minhas costas quando ele avançou contra os escombros me mordendo com seus dentes prateados.
Sai da premonição vendo ele avançar novamente contra mim e em fração de segundos levantei a mão e as sombras formaram um escudo ao meu redor. Ele mordeu rachando as sombras que não resistiriam muito tempo e acabei por entrar na boca dele. Entrando lá ele tentou me mastigar quando eu finquei minha espada no céu da sua boca iluminando ela com raios.
Eu sentia o cheiro podre da boca dele com o queimado quando ele ergueu a cabeça e me lançou da boca dele para o solo começando a mandar aquela fumaça de veneno no meu corpo. Outro escudo feito pelas sombras me protegeu quando ele tentou quebrar ele dando uma cabeçada. Que me afundou no chão com o escudo quebrado. Ele ia fazer novamente aquele ataque quando levantei uma mão, vendo ela sangrar. Aquele último ataque dele machucou todo meu corpo.
- Vamos... Vamos Nathan... Você não vai morrer, né? - Eu disse para mim mesmo vendo eu ficando tonto.
Minha espada estava caída do meu lado, eu sentia meu corpo fraco e eu cambaleava para o lado apenas esperando o último ataque dele. Esperando meu fim quando ele veio na minha direção uma última vez e eu dei um sorriso. Meu corpo. Virou névoa no momento que ele me atingiu e começou a se dissipar indo para trás e juntando de novo. Meu corpo estava de volta e eu me sentia agora um pouco fraco em quesito de energia.
Eu estava usando muita energia de verdade mesmo e não sei por quanto tempo eu ia aguentar uma luta com aquele monstro. Quando olhei para meus braços eles estavam pegando fogo, o fogo branco da minha mãe que mais tarde eu fui saber que era o fogo que queimava nas estrelas. Meu corpo todo queimava quando eu observava o Drakon eu sentia minha energia acabando drasticamente, eu ficando sem energia quando olhei para os céus e vi o Drakon ficar como uma serpente antes do bote.
- É agora ou nunca... - Sorri olhando para ele pensando em fazer outro ataque daqueles que meu punho vira meteoro ou asteróide, sei lá.
Ele veio na minha direção e soquei o ar na direção dele quando acima da gente no céu um buraco se abriu e dele saiu um meteoro que eu não consegui descrever mas pegava fogo branco e explodiu na cabeça do Drakon afundando ele contra o chão o matando. Naquele momento meu corpo parou de pegar fogo e eu me senti completamente exausto. Eu tinha feito um meteoro. Dei um sorriso enquanto eu caia desmaiado hibernando na frente da cratera que o meteoro fez.
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O Filho de Nyx - A Maldição Do Anoitecer
FantasyNathan Oliver é um garoto problemático que vivia uma vida normal em um colégio de tempo integral onde seu Pai um ex-astrônomo da aula de física. Após um incidente com um aluno onde ele acaba quebrando seu pulso e braço ele se ve obrigado a fugir com...