Quarta Estrada - Derrota: Parte 1

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Agora eu estava na enfermaria. A eletricidade na água tinha me regenerado mas eu estava alí escorado em uma parede olhando para Neró que se recuperava.
- Oque... Faz aqui? - Ele dizia fraco e de olhos fechados.
- Não é óbvio? Vim falar com você...
- Por que?
- Você é diferente... - Disse me referindo a Enzo - Você é forte...
Ele balançou a cabeça e entendi que ele não estava entendendo oque eu falava.
- Não precisa entender... Oque eu tinha pra dizer eu já falei...
Comecei a andar em direção a porta e logo sai da enfermaria e fui em direção ao campo de treinamento quando chegando lá eu vi apenas uma pessoa treinando, ele tinha asas e treinava ferozmente com uma lança massacrando os bonecos. Ele parou o treinamento ao perceber que eu estava alí e logo sorriu para mim. Era Nathan.
- Olha só... Se não é o Neto de Zeus! - Ele sorria enquabto me olhava.
- Só tem você treinando? Cadê o resto dos campistas? - Perguntei confuso indo na direção dele.
- Bom, Hercules faz a gente treinar todo dia, toda hora. Um treinamento árduo e difícil, mas durante o mês de Julho nos fins de semana ele resolve dar uma folga e os campistas aceitam folgar sem pensar duas vezes.
- E por que você está aqui?
- Por que eu não quero ser mais um campista... Eu quero ser motivo de orgulho para minha mãe. Eu preciso ser o melhor e tirando folga não é um jeito que eu vou conseguir isso.
- Entendo... - Encerrei a conversa naquele momento fazendo meu sabre aparecer na minha mão esquerda.
- Bom... Eu vou comer alguma coisa... Bom treinamento... - Ele saiu voando velozmente sem eu falar mais nada.
Fiquei alí na frente dos bonecos de treino e segurei o sabre com as duas mãos e fechei os olhos.
- A arte da espada... - Me lembrei do templo onde eu passei uma semana treinando e me lembrei do meu treinamento com o sabre.
Meu sabre brilha roxo e eu abro os olhos rapidamente e um segundo faço três cortes, decepando a cabeça, a cintura e as pernas.
- Ta habilidoso... - Dizia uma voz que vinha atrás de mim.
Me virei para trás quando vi Isabelle alí na frente segurando seu arco de bronze e me encarando.
- Ah, Isabelle...
- Boa luta hoje em... - Ela vinha na minha direção com um leve sorriso.
- Ah, obrigado.
- Você não é muito de falar, não é? - Ela parou na minha frente e ficou me olhando.
- Não tenho oque falar... É diferente...
- Podia falar daquele nosso beijo... - Ela falou aquilo naturalmente me olhando sem mudar a expressão.
Fiquei um pouco vermelho e meu sabre virou névoa voltando a ser anel no meu dedo anelar direito. Olhei para o lado não conseguindo encarar ela.
- Oque quer que eu diga? - Disse com a voz um pouco falha.
- Seja sincero... - Ela sorria enquanto falava aquilo.
- Me surpreendeu e eu admito a pior parte foi ter que separar a minha boca da sua. - Falei aquilo no impulso e sem pausa ainda sem conseguir olha, mas eu sabia que ela estava sorrindo - Agora tchau.
Fui embora do campo de treinamento rapidamente sem olhar para trás foi quando ouvi a voz de certo alguem.
- Você beijou... A Isabelle? - Era Mira que tinha uma voz que vinha do alto.
Me virei para o lado e vi uma árvore olhei para cima dela e estava Mira na sua forma original. Uma gata branca de olhos de cores diferentes.
- Na verdade, ela me beijou... - Corrigi me virando para ela.
- Nathan... Acho que, precisamos conversar... - Ela pulou na minha direção e pegou impulso no meu ombro e foi direto para o chão parando e sentando atrás de mim na minha direção.
- Conversar? E sobre oque seria? - Me virei novamente para ela a encarando.
- Conversar sobre o por que você tem que se distanciar da Isabelle antes que seja tarde demais...
- Tarde demais? Quanto drama... Oque é, fala ai... - Me abaixei e encarei Mira.
- Nunca percebeu, que você sempre teve facilidade com as mulheres, mesmo sendo um enorme babaca com elas?
- Que?
- Nunca percebeu, que toda mulher que fica um pouco com você fala que sente algo por você ou tenta algo com você?
- Que que cê ta falando? Ta doidona?
- Me escuta Nathan... Sua mãe te abençoou, com um dom que toda e qualquer mulher sentiria algo por você. Toda pessoa do sexo oposto sentiria atração e uma forte paixão por você.
- Por que ela faria isso? - Perguntei confuso me sentando no chão e encarando mais Mira.
- Ela pensou que você poderia ter uma vida mais feliz, e que ela seria uma boa mãe te dando esse presente. Mas no fim isso virou uma maldição... Ninguém pode saber mas você é o filho favorito de Nyx.
- Ah...
- Isso é sério. Ela tentou ser a melhor mãe do mundo, mas... Ela acabou te amaldiçoando com a paixão.
- E como isso pode ser uma maldição?
- Bom, como eu disse, ela tentou ou melhor, tenta ser a melhor mãe do mundo, mas ela é muito preocupada com você e tem um certos ciúmes, então essa bênção se tornou uma maldição no momento que qualquer garota que tivesse chances com você começasse a te conquistar ela daria um jeito de matar ela.
- Que? Como assim ela faz toda garota gostar de mim mas se eu gostar dela ela morre?
- Ela te deu esse dom para você satisfazer seus desejos... Não se apaixonar... Por isso Giulia morreu. Nyx fez você matar ela quando viu que ela tinha chance com você e você estava começando a gostar dela.
- NYX FEZ EU MATAR MINHA MELHOR AMIGA?
- Eu sei que é difícil ouvir isso, mas você não deve gostar de ninguém! Entende? Se você fizer isso Nyx é capaz de destruir um país para acabar com essa garota.
- Eu não acredito nisso! - Disse em estado de choque quando veio a imagem de meu pai morrendo. Era névoa que decepou seus membros e o matou - Quem matou meu pai, Mira?
- Eu... Eu não posso dizer. - Ela dizia mudando a visão para o chão.
Um raio se formou na minha mão e eu aproximei do rosto de Mira a ameaçando.
- Ou fala, ou morre!
- Desculpa... Por mais que você seja ameaçador não se compara a Nyx...
O raio sumiu e naquele momento eu dei um tapa com as costas da mão em Mira a mandando longe. Me levantei e fui embora andando em direção aos chalés, eu precisava falar com ele. Alexandre.

O Filho de Nyx - A Maldição Do AnoitecerOnde histórias criam vida. Descubra agora