I Hate Loving You {André Silva}

{Capitulo 11}

*P.O.V Carolina*

Eram 16h da tarde e encontravamo-nos todos numa pequena rodinha a jogar verdade e consequência. E gira a garrafa!! "Por favor, a mim nao", pedia mentalmente!!
-Hugo pergunta, Afonso responde!- disse Joana.
-Verdade!- 'gritou' Afonso nem dando tempo de o primo perguntar o que ele queria! Olhei para o Hugo e ele estava com uma expressão de quem vai fazer das suas!
-É verdade...- começou e fez suspense.- É verdade que sentes algo pela Joana alem de amizade?- disse e rapidamente vejo Joana a engasgar-se com a própria saliva, e Afonso ficar vermelho como um tomate!
-Nã... Não!- respondeu Afonso, atrapalhando-se todo.
-Afonso....- repreendi.
-Okay, Okay! Eu admito! A Joana mexe comigo!- disse e rapidamente olhou para Joana que tinha escondido a cara entre as mãos, enquanto nos gargalhavamos! Isto vai dar coisa, ou nao me chamo Carolina Isabella!
E torna a girar....
-Filipe pergunta e Carol responde!- disse Hugo.
-Hmm!- Filipe disse esfregando as mãos uma na outra.- Verdade ou consequência Carolzinha?
-Hmm, consequência.-Respondi com medo do que possa vir aí.
-Deixa-me ver...- disse pondo um dedo no queixo como se estivesse a pensar.- Já sei! Ou dás um beijo de língua ao André, ou tiras a camisola e ficas em sutiã o resto do jogo!- disse Filipe.
Nem respondi e tirei logo a camisola, mas arrependi assim que os olhos do André fixaram no meu peito.
-Eih! Estas a olhar pra onde otário?- perguntei, dirigindo-me a André.
-Pro teu peito!- respondeu como se fosse uma coisa normalíssima. E antes de eu poder responder, os restantes estavam todos a dar altas risadas e a garrafa rodava mais uma vez.

Duas horas após, o jogo tinha acabado e nos estávamos todos sentados a ver um filme que sinceramente eu nao estava a prestar atenção alguma pois sentia o olhar de André em mim, e isso deixava-me desconfortável. O que será que ele esta a pensar? Será que ainda pensa no nosso quase beijo na cozinha? Aih, é nestas alturas que eu gostava de ler pensamentos.
-Carol?- Joana chamou-me sussurrando para não incomodarmos os outros.
-Hum?- diricionei o olhar para a morena ao meu lado.
-Nao sei se reparaste, mas o André não tira os olhos de cima de ti. Quase que te esta a comer visualmente!- disse e deu uma risada baixa. Direcionei o meu olhar ao rapaz e ele logo tratou de desviar, suspirei.
-É, já tinha reparado!- disse simples e voltei o meu olhar ao ecrã da televisão.
-Eih? O que se passa entre vocês? Estão estranhos!- perguntou a minha amiga. Mais numa vez, suspirei.
-Nósquasenosbeijamos!- disse rapidamente e baixinho de maneira a que so ela conseguisse ouvir.
-O QUÊ?- literalmente gritou o que fez a atençao dos restantes rapazes ficarem em nos!
-O que se passa?- perguntou Afonso, dando pausa no filme.
-Nao se passa nada! Agora mete ai outra vez o filme a dar!- respondi mandando um olhar de repreensão á Joana.
-Diz lá outra vez que eu acho que nao percebi.- disse a morena sussurrando outra vez.
-Fogo! Eu e o André quase nos beijamos!- disse tendo cuidado para mais ninguém ouvir. A minha amiga fez uma cara de chocada.
-Mas conta lá ele beija bem?- pergunta maliciando as coisas.
-Qual foi a parte do QUASE nos beijamos que nao percebeste? QUASE! Nao aconteceu!- disse dando ênfase no Quase.
-Oh!- ela fez beicinho e sorriu maliciosamente (outra vez) e tornou a sua atenção ao filme. Apenas balancei a cabeça negativamente e com um meio sorriso.

O filme já tinha acabado e decidimos encomendar umas pizas para jantarmos já que ninguém queria cozinhar!
A campainha soou, e logo me apressei a ir abrir a porta para pegar as pizas mas, para meu espanto, nao era da pizzaria.
-A... Alex?- perguntei surpresa e engoli a seco.- O que estas aqui a fazer?
-Ola princesa!- disse e vinha para me dar um beijo mas eu recuei.- Eu vim fazer-te uma surpresa!
-Vai embora Alex, nao és bem-vindo a esta casa!- tentei fechar a porta mas o ruivo era mais forte que eu!- Alex...
-Shhh, eu so quero passar um tempo com a minha ex/futura namorada!- disse rindo sarcástico e entrou indo de encontro a todos os outros que se encontravam na sala. Logo fui atrás dele.
-ALEX! SAI DAQUI!- disse já a irritar-me.
-Nao sejas assim bebe!
-Nao ouviste o que ela disse Alex?- interviu Afonso.
-Ohhh, olha o Afonso. Agora viraste defensor dos animais?- disse Alex.
-Alex... Nao és bem-vindo a esta casa! BAZA!
-E se eu nao for o que me vais fazer?
-Nao puxes por mim Alex sabes bem do que sou capaz!- respondeu Afonso. Vi Alex a engolir a seco e a virar-se para mim.
-Vais deixar este fedelho meter-se entre nós baby?- perguntou-me.
-Mas qual meter entre nos qual quê? Nos nao temos mais nada um com o outro!- disse extremamente irritada.
-Aih nao? Nao me digas que ja te esqueceste de tudo o que passamos juntos, de todas a vezes que gemias o meu nome quando estávamos o fazer amor...- disse e quando reparei Alex estava com uma mao no queixo, pois André tinha-lhe dado um murro. Este depois foi segurado pelo irmão e pelos primos para não o encher de porrada. Sinceramente nao percebi a sua açao. Tudo bem que se ele nao lhe tivesse dado o murro, eu iria agir, mas prontos!
-A serio Carol?- começou Alex.- Um jogador de futebol? Pensei que tivesses melhores gostos.
-Os meus bons gostos acabaram desde que me envolvi contigo!- disse com desprezo e ouvi umas risadas atrás de mim.
-Mas pelos vistos pioraram! Mas também já vi que abres as pernas a qualquer um....- disse o ruivo á minha frente, mas foi interrompido, quando a minha mao foi de encontro á sua cara, provocando um som bastante alto. Porra, que bem que soube... Se soubesse já lhe teria dado á muito tempo. Ah, mas isto nao vais ficar assim!
-SAI DAQUI CARALHO! Quem é que tu pensas que és para me vires insultar na minha própria casa? Ah, já sei és um monte de merda que nao sabe assumir os proprios erros, e para se sentir melhor culpa os outros. És um idiota que so por uma rapariga te dar para trás já sais com o teu ego todo ferido!- disse sentindo os meus olhos a arder e segurando-me para nao chorar.- És um otário que perdeu toda a dignidade quando se dignou a levantar a mao a uma mulher porque esta já nao queria mais nada! Que a fez ter vergonha de olhar o seu próprio corpo em frente de um espelho por causa das merdas todas que fizestes! Que a fez entrar numa depressão por causa de todos os insultos, e palavras feias que nenhum ser humano merece ouvir! E nem coragem tiveste para admitir! És um cobarde!- disse e senti a minha cara extremamente molhada e salgada.
-Carol...- ia começar mas interrompi-o.
-NAO ME CHAMES ASSIM!- gritei.- Nao tens esse direito! E agora sai da minha casa!- finalizei mas o ser ruivo continuou no mesmo sítio.
-SAI DAQUI CARAÇAS!- gritei mais uma vez e empurrei-o ate a porta fechando-a assim que ele já se encontrava na parte de fora.
Sem deixar alguém dizer o que quer que fosse corri para o meu quarto e tranquei a porta, escorregando até ao chão e deixando-me soluçar, agarrada ao meu corpo.