Saio do hotel e vou até alguns comércios que são próximos a casa da Carol. Entro em uma loja de conveniencia e avisto um senhor no caixa e um rapaz organizando alguns itens.
A loja é modesta e simples, no caixa há ainda uma registradora há moda antiga. Pego umas balas e me dirijo ao senhor que aparenta ter uns 60 e poucos anos.
— Só as balas? — Ele me pergunta e eu o encaro, preciso saber um pouco mais da Carol.
— Sim, só as balas.
Ele me olha como se estivesse perguntando o que estou fazendo em sua loja e finalmente diz:
— São R$ 3,00.
Assim que ele faz o registro e me devolve o troco, resolvo pergunta de uma forma mais calma possível:
— Sou novo na cidade e gostaria de uma informação. — Ele apenas asenti e eu continuo. — O senhor conhece essa moça? — Digo mostrando uma foto da Carol. Ele me observa mais uma vez e chama o rapaz que o ajuda. Ambos trocam alguns olhares duvidosos e demoram alguns minutos para responder, me deixando um pouco impaciente.
— Não conhecemos senhor. — O jovem responde e eu não acredito nenhum pouco em sua resposta.
— Tem certeza? — Insisto.
— Sim, absoluta. — Ele afirma.
Eu os agradeço pela ajuda e saio da loja. O dia estava passando devagar e eu estava sem opções. Óbvio que ninguém iria admitir que conhece a Carol, eu estava a procurando de forma errada. Lembrei de onde ela trabalhava e fiz algo inesperado:
— Angels Publicidade, boa tarde. — Escuto a telofonista no outro lado da linha.
— Boa tarde, me chamo Fernando e tenho uma pequena Editora em São Paulo. Gostaria de agendar uma reunião com o senhor... — Espero ela me responder.
— Ferreira? — Ela menciona.
— Isso.
— Só um instante. — Eu aguardo na linha e pouco tempo depois ela retorna. — Ele tem um horário amanhã, ás 14:00 horas.
— Pode ser. — Respondo.
— O senhor possui o endereço da empresa?
— Sim, mas você pode confirmar e passar um ponto de referência.
— Claro.
Ela me explica o endereço e eu anoto tudo. Fico mais um pouco rondando Curitiba, é uma cidade realmente incrivel. As pessoas são maravilhosas e tem uma cultura ainda mais extraordinária. Quem me vê pensa que estou fazendo marketing da cidade, costumo analisar da seguinte forma, devido a correria do dia-a-dia não tenho tempo de sentar em um babco como eu estou nesse momento e apreciar a vista, é íncrivel como pequenos minutos assim fazem um bem danado.
Olho para o relógio e já está na hora de voltar pra hotel. Vou antes ao shopping comer alguma coisa e paro na loja de brinquedos que estive de manhã cedo.
— Precisa de ajuda? — A atendente pergunta.
— Não, só dando uma olhada. — Eu disse me virando para os brinquedos de super-heróis. Não seria fácil me aproximar e tenho certeza que a Carol irá surtar quando me ver. Olho para o boneco do batmann e penso "por que não?". Chamo a atendente que me encaminha até o caixa.
— É pra presente? — A moça do caixa pergunta.
— Pode ser. — Digo sorrindo. Ela sorri de volta e entrega o boneco pra menina que me atendeu onde ela faz um pequeno embrulho. Finalizo o pagamento e elas me entregam o presente.
Saio da loja satisfeito, é um grande avanço ter comprado um presente pro meu filho. E o personagem do Batmann tem a ver comigo, solitário e ao mesmo tempo quer fazer parte de algo maior. Vou caminhando em direção do hotel, essa foi uma de minhas estratégias — ficar onde tudo fosse próximo um do outro. Ao chegar, cumprimento a recepção e subo para o quarto. Estou exausto, mas é pra uma boa causa. Não vejo meu filho a quase cinco anos e de lá pra cá eu vi o quanto mudei, o quanto amdureci.
Carol
Estou tentando levar a vida o mais normal possivel, sei que Fernando está aqui graças aos nossos vizinhos.
— Carol? — Escuto Lúcia me chamar, Eric está no meu lado e Pedro também se juntou a nós.
— Oi? — Digo não esperando uma resposta.
— A prova tava díficil né? — Ela me pergunta e eu sequer estudei pra esaa prova.
— Tava. — Respondo não dando espaço para conversas.
— Carol? — Eric me chama.
Me viro pra ele e ele sorri... Ah esse sorriso...
— O que você tem? Fernando já deu as caras? — Suspiro, ao mesmo tempo que sei que Eric me faz bem parece que tudo vem á tona e que estamos ainda mais distante.
— Não, ele só apareceu na loja de conveniência lá perto de casa, mas seu João garantiu que disseram que não me conheciam e agora ele sumiu novamente. Ele deve estar planejando algo. — Eu disse olhando para o chão. Meusbamigos estavam tão distraidos que não perceberam que estavamos conversando sobre o Fernando.
— Carol, olha pra mim. — Eric disse pegando em minha mão. Eu por fim cedo e me olho nos olhos. — Ele não vai fazer nada, pode ser que ele tenha mudado. Você já pensou nisso?
— Não, ele não mudo! — Digo me levantando, saindo em disparada em direção a porta, não olhando pra trás.
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Capitulo de hoje foi bapho ein???
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Apenas Um Amor - EM PAUSA
ChickLitTodos nós temos fantasmas na vida... Os de Caroline Waters são a confiança nos homens. Desde que foi deixada grávida pelo pai de seu filho, tem se dedicado a cria-lo com ajuda de seus pais e com muito esforço e dedicação. Caroline cursa publicidade...