Capitulo 9

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Como o combinado, no dia seguinte, mais precisamente na hora do almoço, Lúcia apareceu em meu trabalho. Ela nem bateu na porta e já foi entrando:

— Partiu?

— Oi pra você também amiga. — Eu disse sendo sarcástica.

— Depois eu te dou oi, bóra?

Lúcia sendo Lúcia.

— Bóra.

Durante o almoço colocamos nosso papo em dia, falei com mais detalhes sobre a cobertura na empresa do Erick.

— Ele gosta de você.

— Capaz. — Eu disse rindo, estávamos apenas nos curtindo. Uma hora essa curtição acaba, afinal quem quer ficar com uma mulher com filho?

Assim que terminamos o almoço, Lúcia me fez provar uns 10 conjuntos de langerie e eu fiquei em dúvida.

— Na dúvida. — A atendente me deu um conselho. — Sempre tenha uma na cor preta, uma na cor nude e uma branca e se você quiser ousar mais, fica a seu critério levar com outra cor.

Como realmente eu estava precisando de umas langerie novas, segui o conselho da atendente e levei também uma rosa. Assim que saímos da loja, Lúcia me olha e com a cara mais deslavada solta:

— Pra quem não queria sair e compra langerie ein?

— A atendente conseguiu vender o produto oras... — Respondi tentando não ficar vermelha.

— Aham, sei.

— Amiga, preciso voltar que está quase dando meu horário.

— Tudo bem, depois conversamos mais.

Depois de me despedi de Lúcia, corri para o trabalho.

— Seu Ruy já chego? — Pergunto assim que avisto a Ana.

— Já sim e seu Erick também. — Ela disse um pouco agitada.

O Erick aqui?

Com certeza, não deve ser nada de mais, pensei comigo. Assim que chego em minha sala meu telefone toca.

— Carol, Boa tarde. — Digo.

— Carol, é o Seu Ruy, você pode vir até a minha sala?

— C-claro. — Respondo gaguejando um pouco.

Assim que desligo o telefone, digo a mim mesma:

"Carol se recomponha".

Respiro fundo e me dirijo até a sala de Seu Ruy. Bato uma vez na porta e entro devagar:

— Seu Ruy. — O chamo enquanto Erick me olha com um sorriso enigmático.

— Entra. — Ele diz.

Faço um pequeno aceno e fico parada olhando para os dois em minha frente.

— Conte a ela. — Seu Ruy diz dirigindo a Erick.

— Então, eu tenho um trabalho pra fazer no Rio e gostaria que você comigo para me ajudar a documentar tudo.

— Mas quando seria? — Eu disse surpresa.

— Amanhã. E voltamos na sexta. — Erick diz.

— Não sei. Eu preciso pensar um pouco.

— Se você diz isso por causa do João, meu pai tomou a liberdade e ligou pro seus pais.

— Sério? — Pergunto desconfiada. — E o que eles disseram?

— Que tudo bem. — Ele diz ainda mais calmo.

— Olha Carol, não teria a chamado se não fosse uma grande oportunidade. — Foi a vez de seu Ruy se pronunciar. — Deixei o numero do escritório para sua mãe caso ela precise de alguma coisa.

— Está certo então, se não tem realmente problemas com meus pais e meu filho, eu vou.

— Ótimo. — Seu Ruy diz.

— Que horas sai o nosso voo? — Pergunto a Erick.

— Ás 09:00h.

— Ok. — Eu digo calculando mentalmente o tempo e organizando tudo que eu tenho pra levar. — Nos vemos amanhã no aeroporto. — Sorrio, ele também sorri de volta. Seu Ruy agradece mais uma vez e eu me despeço de ambos.

Decido não ir pra faculdade e mando uma mensagem para Lúcia e para o Pedro, assim que chego em casa vou direto para o quarto do João. Dou um beijo em sua testa e me dirijo pra cozinha onde minha mãe se encontra.

— Mãe?

— Oi filha, chego cedo!

— Sim, eu vou viajar amanhã, preciso arrumar o que vou levar.

— Entendo. — Ela diz, formando um pequeno silêncio entre nós duas.

— Mãe, posso fazer uma pergunta? — Digo.

— Claro.

— Seu Ruy ligou pra você hoje?

— Ligo sim, um homem muito simpático por sinal.

— E não vai ter mesmo problemas por causa do João?

— Claro que não filha. — Ela diz sorrindo. — Você está viajando a trabalho. É uma grande oportunidade. — Ela utilizou as mesmas palavras do Sr. Ruy, me deixando assim ainda mais ansiosa.

Dei boa noite pra ela e fui arrumar minha mala. Não coloquei muita coisa porque será apenas uma noite, porém por garantia, coloquei a langirie preta e a rosa junto com as demais roupas.

Não consegui dormi, sonhei mais uma vez com o Fernando. O que será que esses sonhos significam? Acordei no dia seguinte com uma baita olheira e fiz uma make leve pra encobrir. Após o café, me despeço dos meus pais e do João e me deparo com o carro do Erick em frente a minha casa:

— Eu disse que não precisava vir me buscar.

— Eu sei, mas com esse trânsito, achei melhor vir. — Eu apenas sorri, ele colocou minha mala no porta-malas e no dirigimos ao aeroporto.

Chegamos por volta de 08:30h, Erick fez nosso check-in e partimos rumo ao Rio de Janeiro.

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