Capitulo 18

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Fernando

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Fernando

Depois da reunião com o senhor Ruy, voltei para o hotel. Eu podia ter confrontado a Carol ali mesmo, porém sabia que a Angels Publicidade não iria fechar negócio comigo e pela nossa conversa, ele ficou um pouco atentando com minha parceira.

Depois de um longo banho e de me vestir casualmente, desço até a recepção e vejo o recepcionista concentrado e ele não nota que eu chego até ele.

— Com licença? — Ele me olha assustado.

— Perdão senhor, eu estava bem ocupado com umas planilhas que não percebi o senhor chegar.

Apenas sorrio e me dirijo a ele. — Sem problemas, gostaria de uma indicação de um bom restaurante, você teria?

— Sim, tenho um restaurante maravilhoso para lhe indicar. — Ele diz abrindo uma gaveta e me entregando um folheto. — Temos o Dom Antônio que fica aqui perto, tenho certeza que o senhor vai adorar. Pego o folheto, vejo que tem o endereço e agradeço:

— Obrigada pela sugestão.

Não foi muito difícil de achar o restaurante Dom Antônio ainda mais com a ajuda do GPS, estacionei o carro e me dirigi até a recepção do restaurante. Uma moça muito simpática me atendeu.

— Boa noite, o senhor tem reserva?

— Infelizmente não, eu estou viajando a trabalho e o hotel onde estou hospedado me indicou o restaurante. — Respondi dando um sorriso amigável.

Ela olhou por alguns instantes o pequeno tablet que provavelmente mostrava as mesas e reservas e me indicou até o local onde eu seria atendido.

— Geralmente trabalhamos apenas com reservas, mas tivemos algumas desistências. Tenha um excelente jantar Senhor?

— Fernando. Me chamo Fernando. — Repeti.

— Senhor Fernando, logo o garçom virá atender seu pedido.

Apenas assenti e sorri. Enquanto ela se distanciava e eu aguardava o tal garçom pude dar uma pequena olhada no restaurante. Ele era bem sofisticado e harmonioso, tudo combinava nele, até que me deparei olhando para uma pequena mesa e me espantei. 
Carol estava ali sentada com um rapaz que eu desconhecia, obviamente e comecei a rir da situação. Quem diria que eu fosse escolher esse restaurante e que Carol estaria nele.
Chamei o garçom fiz meu pedido, pedi uma macarronada. Sim, eu era apaixonado por massas e pedi para entregar uma garrafa de vinho na mesa onde Carol estava. O garçom estranhou, mas não discutiu o pedido inusitado.
Ela estava linda, como sempre. Não consegui desviar o olhar e parece que ela sentiu ser observada e nossos olhos se encontraram.
Havia um misto de raiva e mágoa em seus olhos. O desconforto era nítido. O cara que estava com ela seguiu seu olhar até mim e pude ver o ciúme passar por seu rosto.
Não sei como nem porquê, mas me vi indo até eles. Estava a menos de um metro deles e senti o cheiro dela. Aquele cheiro que eu amava. Era uma Carol diferente que eu via, mas o cheiro, os olhos eram os mesmos. Seu corpo estava mais lindo. A gravidez só fez bem a ela. E a mim, não. Esperei o garçom entregar o vinho para prosseguir caminho. 

— Boa noite, Carol. — O ódio em seu olhar apertava meu coração.

— Prazer, Fernando — estendi a mão para o cara na mesa. — Erik — respondeu friamente como se estivesse pronto para o ataque. 

— O que quer Fernando? Está me seguindo? O que faz aqui? O que foi fazer na agência onde trabalho? Para que esse vinho? — Fiquei atordoado com aquela avalanche de perguntas. 

— Vamos Fernando! Responda, o que quer? Me abandonar não fora o bastante?

Eu fiquei perdido, mas precisava mostrar que eu era firme. 

— Carol, precisamos conversa. 

— Eu conversa com você? Nunca. — Ela riu de deboche. Sabia que não ia ser fácil me aproximar dela, mas ela estava irredutível. Ela levantou rapidamente enquanto o rapaz foi até o balcão acertar a conta do restaurante, eu a segui até a porta.

— Carol, espera por favor. — Eu disse tocando em seu braço. Ela virou furiosa. 

— Fernando, não temos nada para conversar. Ainda não sei porque está aqui fazendo esse show.

Eu estava fervendo de raiva. Cerrei meus punhos, respirei bem fundo e olhei em seus olhos. Os mesmos olhos que eu amei uma vez.

— Quero ver meu filho. — Disse pausadamente.

Nisso o mauricinho aparece. Merda.

— Seu filho? Que filho? Você deixou de ser pai dele há 3 anos.

Sim, era verdade. Mas uma pessoa pode se arrepender não pode? De repente, o tal de Erick entra em nossa conversa. 

— Olha gente, vocês dois estão com os nervos à flor da pele. — Ele disse, parecia preocupado.

— Aqui não é o momento para conversa sobre isso. 

— Não tem conversa Erick, Fernando não presta. — Carol estava gritando.

Eu respirei fundo, estava prestes a sair do meu eu.

— Carol, olha para mim. — Isso realmente estava me irritando. — Vocês dois precisam conversar, o João Victor... — Ela interrompeu Erick mais uma vez.

— Erick não coloca João Victor no meio, ele está muito bem sem... — Dessa vez eu a interrompi

— Sem quem Carolina? Sem mim? Eu estou aqui e você está dificultando as coisas, eu quero conversar e se eu não conseguir falar com você assim terei que ver outros meios para que isso aconteça. — Vi como ela ficou atordoada com o que eu acabei de dizer, mas manteve a postura.

— Você quer conversa? — Ela disse alterada — Ok, vamos conversar. Amanhã depois do meu expediente, me passe o hotel onde você está hospedado que irei até lá.  — Ela estava decidida dessa vez. Por sorte eu tinha um cartão do banco em meu bolso e entreguei a ela. — Ela respirou fundo e disse:

— Estarei lá às 19:00h, não se atrase.

— Combinado, nos vemos amanhã. — Eu disse e me distanciei dos dois. Voltei para o restaurante, pedi para embalar meu pedido e fui para o hotel.

Eu queria tanto ver meu filho, não queria mais esperar. Eu sei que errei – assumo meu erro de 3 anos atrás, fui imaturo e inconsequente, agi por impulso e não pensei nas pessoas envolvidas. Hoje vendo a Carol, vendo como ela está linda, eu percebo como eu me arrependo de tudo que aconteceu. Eu a amava e por mais que fosse uma gravidez impensada no começo, eu devia ter ficado em seu lado. Fiquei atordoado por meus pensamentos, acabei não jantando e fui direto dormir porque o dia seguinte seria bem longo.

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