Capitulo 19 - Parte I

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Erick

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Erick

Carol entrou no carro batendo o pé. Estava com raiva e foi o caminho inteiro até a sua casa em silêncio. Confesso que eu não queria me intrometer, mas tanto ela quanto Fernando iam brigar ali mesmo na frente do restaurante e isso não seria bom para ambos.

— Enfim, chegamos. — Eu disse quebrando o silêncio.

Ela ia abrir a porta sem nem se despedir, porém eu a segurei:

— Esse seu silêncio está me matando, fala comigo, por favor. — Eu supliquei.

— Eu não quero falar nesse assunto Erick.

— Carol, eu não quero deixar você ir embora assim. Você não deve ter gostado de como eu intervir... — Foi só falar nisso que ela me olhou no fundo dos olhos.

— Gostado? Você está sendo muito modesto. — Era isso que eu temia. — Eu odiei, o João Victor é assunto meu. Você não devia ter se metido em minha conversa com aquele ser. — Ela desabou em lágrimas. Carol era uma mulher extremamente forte, mas ela não percebia isso.

— Me desculpa Carol. — Eu disse com sinceridade. — Eu só queria ajudar, pelo seu bem.

— Bem? Eu não quero ter nenhuma conversa com o Fernando. Que bem? Bem a ele? — Ela disse se referindo ao Fernando novamente.

— A ambos, uma briga na frente do restaurante ia pegar mal. Você ia sair machucada e aposto que Fernando também.

Ela parecia indignada com o que eu acabei de dizer.

— Erick, acho que não vamos chegar a lugar nenhum com essa conversa. Pensamos diferente sobre esse assunto e eu com toda certeza devemos encerrar essa noite por aqui.

Realmente eu pensei que estava ajudando.

— Tudo bem Carol, nos vemos amanhã?

— Acho melhor não. — Ela disse saindo do meu carro e me deixando sem saber o que ia acontecer com a gente.

 — Ela disse saindo do meu carro e me deixando sem saber o que ia acontecer com a gente

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Carol

Entrei em casa me segurando para não chorar ainda mais.

— Filha, o que houve? — Minha mãe veio ao meu encontro, estava na cara a minha aflição.

— O Fernando. — Eu disse já soluçando novamente.

— O que tem o Fernando, filha? Estou ficando preocupada.

— Ele apareceu na minha empresa tendo uma reunião de negócios com meu chefe. Não acreditei que ele estava ali e depois ele foi no mesmo restaurante que eu fui com o Erick e acabamos discutindo.

— MEU DEUS, o Fernando está aqui? Ele disse o que queria?

— Não, eu não deixei ele falar e nem teria uma conversa com ele, mas o Erick interviu.

— Como assim filha?

— Ele disse que era melhor marcar para conversamos em outro lugar, que estávamos com os nervos à flor da pele.

— Tenho que concordar com o Erick. Precisamos saber o que o Fernando quer.

— Ele quer conhecer o filho. — Ao dizer isso minha mãe levou a mão boca assustada.

— Você acha que ele quer a guarda do João depois de todos esses anos?

— Eu não sei mãe, eu não sei o que pensar na verdade, mas de qualquer forma amanhã iremos conversar depois do meu expediente. — Ela apenas assentiu com o olhar de preocupação. — E o João?

— Seu pai está com ele, ele estava perguntando por você.

— Mãe, eu estou bem. — Eu disse tentando amenizar a situação.

— Filha, você é uma mulher forte, mas precisa ser mais forte pelo seu filho. E tem que fazer as pazes com o Erick.

— Como você sabe que brigamos?

— Acredite, eu também sou mãe e te conheço.

Eu sorri com aquela frase, senti o conforto em suas palavras. Eu a abracei e fui ver como estava meu filho. Abri a porta do seu quarto e vi meu pai lendo uma historinha pra ele.

— Mamãe. — Ele veio correndo até a mim. Quando ele diz mamãe é como se o sol sorrisse pra mim todos os dias, não tem felicidade maior. Eu fico me perguntando como o Fernando conseguiu viver todos esses anos sem ao menos saber como o João Victor estava.

— Oi meu amor. — Eu disse pegando ele no colo. — Vamos dar uma folga pro vovô? — Ele sorriu e eu olhei pro meu pai.

— Filha que bom que você veio, ele não parava de falar em você.

— Meu jantar foi, como eu posso dizer, adiado de certa forma. — Eu sorri sem jeito. Meu pai percebeu que algo estava errado, porém nada disse. Depositou um beijo em meu rosto e deu boa noite pro João, assim que ele saiu ficamos apenas eu e meu filho naquele quarto. A minha vontade era de fugir pra bem longe.

— Vamos dormir filho?

— Lê pla mim mamãe.

Olhei para o relógio e já eram quase onze horas da noite, esse menino já tinha que estar na cama há algum tempo.

— Escuta a mamãe amanhã eu prometo que continuo a ler a historinha, mas agora você precisa ir pra cama. Você não quer ir pro jardim amanhã?

— Quelo sim.

— Então vamos dormir, a mamãe deita aqui com você hoje o que acha?

— Obaaaaaa. — Ele disse me abraçando. Tirei meus brincos, meu relógio e deixei meu celular sobre a cômoda. Havia mensagens do Erick, mas eu não estava com cabeça para responder.

João era um menino muito esperto desde pequeno, aprendeu a andar cedo e a falar também. Só tinha esse probleminha com o L e com o R, eu não conseguia viver sem ele ou me imaginar sem ele. Ele não dormia mais em berço, já tinha sua própria cama. Deitei ao seu lado e ele me abraço pra dormir, acabei dormindo e sonhando com ele.

— Papai. — João andava por um jardim e eu não estava com ele. Eu queria pegá-lo, mas não conseguia. Era como se eu não estivesse em meu próprio sonho.

 

— Filho, vem cá, quero te apresentar sua mamãe.

 

Vi quando ele pegou na mão daquele homem e vi quando ela chegou perto do meu menino, mas não conseguia a ver seu rosto. Eles começaram a se distanciar e o meu filho estava indo embora com eles.

Acordei assustada e quase cai da cama, olhei em volta e tudo estava em seu perfeito estado e nada tinha mudado. João dormia como um anjinho me levantei devagar eu estava suando. O sonho, ou melhor pesadelo parecia tão real, eu respirei bem fundo peguei meu celular e sai do quarto do meu filho. Minha mãe tinha razão eu precisava de calma pra conversar com o Fernando e garantir que ele não quisesse nada mais do que conhecer o João, eu precisava ser também segura com cada palavra que eu fosse dizer a ele. Pensando assim, eu entrei no chuveiro pra relaxar e comecei a ficar mais tranquila. Fernando podia ser o homem que fosse, mas não iria querer tirar meu filho de mim.

Será?

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