Capitulo 17

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Carol

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Carol

Chego no trabalho e fico mais focada possível até Júlia estranha.

— Credo menina, chego muda hoje. Nem te vi. — Ela entra afoita em minha sala.

— Ah estou com uns problemas pra resolver hoje e resolvi começar mais cedo. Sabe se seu Ruy já chego? — Tento mudar de assunto.

— Parece que sim, mas já está em reunião.

— Vou levar uns papéis para ele assinar.

— Não quer esperar até acabar a reunião? — Ela insiste.

— Eu prometi ao cliente enviar esses documentos ainda de manhã. Vou tentar falar com ele. — Disse pegando os papéis.

Realmente não gosto de interromper o seu Ruy, mas eu não tinha outra escolha. Encarei a porta da reunião mais de uma vez, respirei fundo, bati a porta uma única vez e entrei.

Quando eu entrei e vi áquela pessoa, fiquei toda atrapalhada.

— Está tudo bem Carol? — Pergunta o senhor Ruy.

— Es-tá sim... — Dou uma pequena pausa, seu Ruy me ajuda com os papéis que caíram e eu me levanto rapidamente. — Eu volto outra hora.

— Acredito que o senhor ? — E ele olha pra aquele homem esperando o que eu já sabia há algum tempo.

— Fernando. — Não consigo sequer olhar pra ele, tento manter a minha postura.

— Sr. Fernando, não se importe em esperar por alguns minutos não é mesmo?

— Claro que não. — Dito isso o senhor Ruy assina os papéis e eu me movo rapidamente dali. Entro em minha sala e não consigo parar de chorar. Faço algo sem pensar e ligo para o Erick. Ele atende prontamente.

— Erick, eu sei que provavelmente deve estar ocupado... mas eu preciso ver você.

Esperei por uma resposta e nada. Suspirei profundamente.

— Tudo bem, ahn... Desculpa por ter te ligado.

— Calma Carol. Você está no escritório do meu pai?

— Estou, aconteceu uma coisa e eu preciso de você.

— Estou indo aí, me dê quinze minutos.

Assim que desligamos comecei a ficar mais tranquila. Estava preocupada com o que você acontecer ainda mais agora com o Fernando aqui. Eu precisava ser estratégica.

— Carol? — Vejo o senhor Ruy entra e tento retomar minha postura.

Olho para ele e ele continua:

— Está tudo bem? Você parecia um pouco nervosa agora há pouco.

— Está sim. — Digo rapidamente.

— O que achou do Fernando? — Ele pergunta e eu não sei onde enfiar a minha cara.

— Ele procura o que exatamente? — Tento ser mais imparcial possível.

— Uma parceria com a nossa empresa, disse que recebeu grandes elogios... — Ele deu uma pequena pausa. — O que eu não entendo é que tem grandes empresas também onde ele mora, mas ele escolheu a nossa. Provavelmente ele recebeu elogios da nossa empresa não acha?

— Claro, deve ter sido isso. — Mal imagina o senhor Ruy que ele deve ter vindo por minha causa e por causa do meu filho.

— Vou deixar você trabalhar. — Ele disse por fim. — Ah, já ia me esquecendo quero você junto comigo na próxima reunião com o Fernando.

Tremi por dentro. Sério? Não estava acreditando ainda.

— O senhor tem certeza? Eu ainda sou nova, pouco experiente... — Não consegui terminar de falar, ele me interrompeu.

— Você é devidamente capaz Carol.

 — Tudo bem senhor Ruy, depois o senhor pode me passa os detalhes da próxima reunião?

— Claro, te encaminho tudo por e-mail.

Dei um meio sorriso e ele saiu todo animado. Alguns minutos depois recebo uma mensagem no meu celular.

“Estou aqui embaixo...”

Não precisava adivinhar de quem era a mensagem. Peguei o elevador o mais depressa possível, já estava próximo ao meu horário de almoço.

— Vim assim que você me ligou. — Corri para os braços de Erick.

— Você não sabe quem teve a coragem de aparecer aqui? — Eu já estava com os olhos marejados. Ele se aproximou e acariciou o meu rosto.

— Fernando esteve aqui? Você viu?

— Cheguei no meu horário como de costume, a Júlia disse que seu pai estava em reunião, porém eu decidi interromper essa reunião porque eu tinha uns papéis para enviar e eu dei de cara com ele. Eu fiquei tão nervosa... — Eu não parava de falar, mas Erick conseguia fazer com que eu parasse.

— Fica tranquila Carol, estaremos prontos para ele se ele tentar alguma coisa.

— Mas e se ele veio para tirar o meu filho de mim?

— Eu acredito que ele não é homem suficiente para fazer isso. Vamos comer alguma coisa? Você é uma mulher forte, confia em mim?

— Sim, eu confio. — O medo estava tomando conta de mim e eu não queria que Erick percebesse isso. Ambos sorrimos e fomos almoçar ali próximo.

— Eu acho incrivel esse restaurante. — Disse assim que chegamos ao Dom Antônio.

— É por isso que temos uma reserva aqui. — Erick deu um sorriso ainda mais sincero.

— Sério? Pensei que iamos para o Shopping.

— Nada de shopping hj.

Olhei para ele pensativa.

— Mas como você sabe que eu acho esse restaurante incrivel????

— Digamos que tive uma aliada. — Eu olhei com uma cara de quem pode ter sido e ele falou. — Foi a Lúcia.

— Eu mato ela. — Disse rindo.

— Que isso Carol, ela só quis me ajudar. Vamos? — Ele disse estendendo a mão pra mim.

— Vamos. — Respondi.
 
O restaurante Dom Antonio foi fundado em 1986 seguindo a tradição do bairro Santa Felicidade, ao oferecer a tradicional comida Italiana. A construção do restaurante durou cinco anos e sua arquitetura foi projetada para fazer referência aos castelos medievais europeus, mais especificamente o Castelo de Saint Angelo, de Roma.

Dava pra imaginar o porque eu amava esse restaurante não é mesmo???

— Sou Vicente e serei seu garçom hoje. — Ele nos conduziu até onde estava nossa mesa. — Hoje vocês irão provar o sabor das estrelas. — O garçom disse e nos entregou o menu. — A sugestão do chefe é uma ótima escolha. — Continuou.

Erick e eu nos olhamos e apenas com o nosso olhar fizemos o nosso pedido.

— A sugestão do chef. — Ambos dizemos e ainda pedimos suco para acompanhar.

O garçom se retirou. E ficamos conversando sobre a gente, Erick insistia em ficar ao meu lado e ao lado do meu filho. Não que eu não quisesse isso, só estava com medo de criar expectativas.

— Sabe que eu vou te ajudar e ficar com você, não sabe? — Sorri com suas palavras e fui desviada a olhar para a figura que estava entrando pela porta.

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