Carol
Sai do restaurante um pouco área, precisei que Erick me chamasse duas vezes pra me acordar dos meus pensamentos.
— Carol!? — Escutei ele me chamar.
— Ah, vamos sair daqui!
Foi só o que eu consegui dizer. Ele prontamente entendeu e nos dirigimos até o carro. O caminho até minha casa foi em completo silêncio. Estava tão absorta em meus pensamentos que não percebi que estávamos em lugar diferente:
— Onde estamos Erick!?
— Estamos em meu lugar favorito. A praça Tiradentes. — Ele tirou o cinto, saiu do carro e abriu a porta para mim. — Vamos, tenho certeza que você ainda não visitou esse lugar.
Ele tinha razão, eu ainda não tinha visitado quase nada em Curitiba. Vivia em função de trabalho, da casa e esquecia completamente de "viver". Não que eu esteja reclamando, mas ás vezes precisamos deixar as obrigações um pouco de lado, sorri ao sair do carro:
— Nossa! Este lugar é lindo Erick.
— Eu disse que era meu lugar favorito e não é em vão não é mesmo? — Ele olhava admirado para aquele lugar e isso fez com que eu olhasse também. Sua paixão pela arquitetura era admirável. — O que foi? — Ele pergunta enquanto olho para ele.
— Você é incrível sabia?
— Sabia, mas ouvir de você é ainda melhor. — Dei um tapa em seu braço.
— Seu convencido.
Passeamos pela praça Tiradentes por uns trinta minutos, quando eu estava com o Erick não via o tempo passar. Por fim, ele resolve quebrar o nosso silêncio:
— Quer me contar o que houve na conversa com o Fernando?
— Ele foi muito claro quanto ao que queria. — Suspirei — Ele disse que mudou e quer participar da vida do filho.
— Ele foi bem direto não é mesmo?
— Foi sim. Só que ele teve ir as presas para Florianópolis, parece que a mãe dele estava aprontando na empresa. Pediu para eu pensar e depois informar a ele o que eu decidi. — Desabafar com o Erick me fazia um bem, toda essa história se tornou muito sufocante.
— Entendo. — Ele disse no jeito mais doce e tranquilo que eu possa imaginar. — Por um lado, ele é pai e por mais que tenha feito a coisa errada, ele continua sendo o pai do João. Por outro lado, ele é um canalha por aparecer só agora.
— Para mim pai é quem cria e ele não participou de nada do João para chegar agora e exigir alguma coisa. — Eu respirei fundo, não queria discutir com o Erick. — Eu sei que ele tem direito por ser pai dele, mas eu tenho medo que ele leve meu filho Erick. E se o João gostar mais dele do que mim?
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Apenas Um Amor - EM PAUSA
ChickLitTodos nós temos fantasmas na vida... Os de Caroline Waters são a confiança nos homens. Desde que foi deixada grávida pelo pai de seu filho, tem se dedicado a cria-lo com ajuda de seus pais e com muito esforço e dedicação. Caroline cursa publicidade...