Capítulo 5

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Já na faculdade, procurei Carol em todo canto no inicio da aula e no intervalo e não a vi em lugar nenhum. Avistei apenas sua amiga Lúcia:

- LÚCIA... - A chamei, gritei basicamente.

- Oi... - Ela disse timidamente.

- Está indo pra casa?

- Não, vou passar num lugar antes.

- Quer uma carona?

- Não precisa, sério.

- Está me evitando?

- Claro que não, eu preciso deixar a matéria de hoje com a Carol.

- Ela não veio? - Perguntei por curiosidade já sabendo a resposta.

- Ela estava com uns problemas em casa.

- Mais um motivo pra dar uma carona pra você.

- Eu preciso passar num restaurante perto da casa dela também.

Eu estranhei, ainda mais de noite e reforcei meu pedido:

- Ah Lúcia, não vai recusar minha carona né?

Eu vi que ela fico pensando e respondeu espontaneamente:

- Pois é... Não vou... vamos? - Ela deu um meio sorriso.

- Claro.

Fomos o caminho todo em um silêncio profundo. Ela deu algumas coordenadas para chegarmos ao tal restaurante.

- Sr. Matias, boa noite! - Ela disse assim que saiu do carro.

- Vai levar a sopinha pro nosso menino então?

- Vou sim. - Ela pegou um pacote com a tal sopinha e entregou dinheiro para o tal Sr. Matias. Ele negou. - Nesses casos você e a Carol sabem que não precisam me pagar. - Ela sorriu, agradeceu e pegou o dinheiro de volta.

Assim que ela entrou no carro fui obrigada a perguntar:

- Qual é do restaurante?

- Você vai ver.

Revirei os olhos em pensamento. As duas estavam escondendo algo de mim e eu não sabia o que era, o que me deixava mais puto. Chegamos na casa da Carol depois de uns 15 minutos.

- Você promete que não vai fazer uma cena?

- Cena? Por que?

Nisso Carol abre a porta com um menino no colo agarrado em seu pescoço.

- Que bom que você chegou, você trouxe o que eu te pedi?

- Sim. Está aqui. - Ela levantou a embalagem com a sopa.

Ela colocou o menino deitado no sofá e foi com a Lúcia direto pra cozinha, não reparou que eu estava com a amiga.

- E ai garotão?

O menininho parecia um pouco doente. Passei a mão na sua testa e era visível que ele estava com um pouquinho de febre.

- Você é amigo da mamãe? - Mãe? A Carol era mãe?

- Acho que sim. - Eu disse. - Vou ver onde sua mãe está?

Ele não disse nada e continuou olhando o desenho que estava na TV. Por sorte eu consegui achar o caminho para a cozinha. Parei na porta e vi a Carol arrumando um pratinho de comida.

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