Já na faculdade, procurei Carol em todo canto no inicio da aula e no intervalo e não a vi em lugar nenhum. Avistei apenas sua amiga Lúcia:
- LÚCIA... - A chamei, gritei basicamente.
- Oi... - Ela disse timidamente.
- Está indo pra casa?
- Não, vou passar num lugar antes.
- Quer uma carona?
- Não precisa, sério.
- Está me evitando?
- Claro que não, eu preciso deixar a matéria de hoje com a Carol.
- Ela não veio? - Perguntei por curiosidade já sabendo a resposta.
- Ela estava com uns problemas em casa.
- Mais um motivo pra dar uma carona pra você.
- Eu preciso passar num restaurante perto da casa dela também.
Eu estranhei, ainda mais de noite e reforcei meu pedido:
- Ah Lúcia, não vai recusar minha carona né?
Eu vi que ela fico pensando e respondeu espontaneamente:
- Pois é... Não vou... vamos? - Ela deu um meio sorriso.
- Claro.
Fomos o caminho todo em um silêncio profundo. Ela deu algumas coordenadas para chegarmos ao tal restaurante.
- Sr. Matias, boa noite! - Ela disse assim que saiu do carro.
- Vai levar a sopinha pro nosso menino então?
- Vou sim. - Ela pegou um pacote com a tal sopinha e entregou dinheiro para o tal Sr. Matias. Ele negou. - Nesses casos você e a Carol sabem que não precisam me pagar. - Ela sorriu, agradeceu e pegou o dinheiro de volta.
Assim que ela entrou no carro fui obrigada a perguntar:
- Qual é do restaurante?
- Você vai ver.
Revirei os olhos em pensamento. As duas estavam escondendo algo de mim e eu não sabia o que era, o que me deixava mais puto. Chegamos na casa da Carol depois de uns 15 minutos.
- Você promete que não vai fazer uma cena?
- Cena? Por que?
Nisso Carol abre a porta com um menino no colo agarrado em seu pescoço.
- Que bom que você chegou, você trouxe o que eu te pedi?
- Sim. Está aqui. - Ela levantou a embalagem com a sopa.
Ela colocou o menino deitado no sofá e foi com a Lúcia direto pra cozinha, não reparou que eu estava com a amiga.
- E ai garotão?
O menininho parecia um pouco doente. Passei a mão na sua testa e era visível que ele estava com um pouquinho de febre.
- Você é amigo da mamãe? - Mãe? A Carol era mãe?
- Acho que sim. - Eu disse. - Vou ver onde sua mãe está?
Ele não disse nada e continuou olhando o desenho que estava na TV. Por sorte eu consegui achar o caminho para a cozinha. Parei na porta e vi a Carol arrumando um pratinho de comida.
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Apenas Um Amor - EM PAUSA
Chick-LitTodos nós temos fantasmas na vida... Os de Caroline Waters são a confiança nos homens. Desde que foi deixada grávida pelo pai de seu filho, tem se dedicado a cria-lo com ajuda de seus pais e com muito esforço e dedicação. Caroline cursa publicidade...