Quando acordei, minha cabeça parecia ter sido arrebentada. Meu corpo tinha marcas roxas. Franzi a testa, como isso aconteceu? Como?
Ouvi gritos vindo lá de baixo, a sala, corri para ver o que era. Quando pisei na escada, vi de longe, Kan sendo espremido contra a parede por Leviatã. Fui até eles dois, empurrei o anjo caído ruivo. Bufei.
- O que está acontecendo aqui? - perguntei, confusa.
- Deixa eles dois - a voz de Yekun veio do meu lado. - Estão resolvendo algumas coisas.
- Não! Pare de machucar Kan - entrei na frente dos dois. - O que aconteceu? Por que está batendo nele? Hein?
- Não lembra mesmo? - Leviatã me encarou. - Ele fez você matar um homem estúpido. Correu risco de ser estuprada. Kan está fazendo de você, uma máquina de combate. Ele te controla, deveria ser ao contrário.
Encarei Kan, as lembranças de ontem, veio na mente. Peguei no pescoço, lembrando da mordida. Em vez de ódio, nojo subiu em mim. O que deu na minha cabeça de andar na rua parecendo uma louca de programa?
- Kan, por que fez isso? - perguntei, franzindo a testa.
- Eu não fiz nada, seu ódio fez - ele respondeu, quase rindo.
- Ele se alimenta de ódio, conheça o lado mal dos poderes - Yekun disse, suspirou. - Deixe Kan, vamos tomar café.
Fomos para a mesa, Kan se jogou no sofá, por mais que ele esteja fazendo isso, não posso mandar meus poderes embora.
- Onde está o resto? - perguntei, vendo a mesa vazia.
- Sua mãe, Lúcifer e Samyaza, foram resolver algumas coisas - Yekun respondeu. - Abaddon está dormindo. Azazyel, tomando banho. Gadrel, ainda dormindo. Kesabel, não chegou da farra. Falta mais alguém?
- Acho que não - ri.
Leviatã chegou atrás de mim e passou algo no meu pescoço. A mancha está horrível, sem dúvida. Parecia que eu tinha sido engolida por um garoto.
- Por que estão comendo? - perguntei. - Não sentem fome.
- Para parecermos normais na sua vista - Leviatã respondeu.
Entendo. O café da manhã deles eram até bons. Sabem fazer comida. Kesabel deu sinal de vida, entrando pela porta, tombando em tudo. Mentira, demônios são difíceis na queda. Eu exagerei um pouco.
- Que fedor de tequila - disse Yekun, tampando o nariz. - Vai tomar um banho agora, antes que eu mate você.
Kesabel mandou um beijo e saiu andando para o banheiro. Como alguém vive assim? Na base de bebida alcoólica?
Abaddon apareceu, com o cabelo preto caindo sobre o tronco. Tão liso quanto ceda. Eu gostava daquele cabelo. Vestia um pijama preto, de ceda. Tudo é ceda e preto? Sério mesmo?
Seu rosto estava meio amassado e com marcas, da forma que ele deitou. Puxou a cadeira.
- Acorda mais cedo, seu preguiçoso - disse Leviatã.
- Quem acorda mais cedo aqui? - perguntei, rindo.
- Eu e Leviatã, junto com Samyaza - Yekun respondeu.
- Ah - suspirei.
Abaddon puxou o cabelo para atrás da orelha. Aquilo ficou sexy. Eu gostei, sim.
- Para de desejar Abaddon - alguém sussurrou no meu ouvido, arrepiei.
Dei um longo grito ao ver Aniel ao meu lado. Meu coração!
- Cacete! - disse. - Quer me matar? Quer? Me mata!
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Lei De Lúcifer
ParanormalAngel simplesmente não sabia daquela mentira. Mais ao saber da verdade, o mundo dela desaba. Angel precisa se decidir, ela precisa escolher um lado. Quem é ele? Quem? Por que ele voltou? História da minha original autoria. Plágio é crime queridos.