A Lei De Lúcifer

Bad

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Castiel piscou, ele gosta de fazer isso. Seus passos em minha direção, me deixava com medo. Sempre foi assim, com medo toda hora. Vivendo na sombra de Miguel. Por que?

- Pobre Angel, pensa que é forte. Você nasceu do pecado. É fraca e tola. Nasceu para sofrer - ele disse, cerrando os punhos.

Não, não vou sofrer mais. Agora é sério, sempre será. É como Lúcifer diz. Não sou culpada por sair desse namoro proibido.

Corri na direção dele, tentando acertar a espada nele. Castiel desvia como folha de papel sendo jogada para o ar. Como eu odeio seu corpo magro.

Ele pegou meu corpo, me puxou pela cintura. Colou nossos corpos. O que ele está fazendo?

- Belo cabelo - ele riu.

Castiel puxou meus fios pretos, com a espada na mão, cortou. Meu cabelo caiu, a metade. Agora batia no pescoço. Arregalei os olhos, pegando no que sobrou.

- Uau, que corte incrível - ele gargalhou, idiota.

Aproveitei que ele estava na minha frente, puxei a perna dele. O corpo alto caiu. Subi em cima do anjo, ele riu, jogando a cabeça para trás. Levantei a espada, na direção da cabeça.

- Vai rasgar minha cabeça? Furar minha testa? - perguntou ele.

Estava debochando. Mais não seria isso. Abaixei a espada.

- Você vai sumir da pior forma - disse, sorri.

- Do que está falando? - Castiel riu, como odeio isso.

- Vá com Deus - respondi.

Ele arregalou os olhos. Tentou se mover, se levantar, não adianta, não mais. Grudei a espada na roupa dele, ela pesa, é santa para os pecadores. Dobrei a manga da minha blusa. Peguei um frasco de água benta, não sei como apareceu no meu bolso. Derramei na testa dele, fazendo Castiel gritar sem parar.

- Deus, livre essa pobre alma - disse, ele afundou a mão na grama. - Leve esse espírito cansado. Perdoe os pecados. Ele foi influenciado, você sabe. Apesar que, escolheu ir. Deixe ele voltar, ou, faça voar para longe.

Tudo Kan, não sei nem orar, quanto mais rezar. Mais aquilo, aquela frase que minha mãe sempre falava na oração.

- Ele está perdido, merece mais uma chance - suspirei.

- Sua vadia - ele disse, puxando terra em baixo da grama. - Você, você não vai sair dessa. Ele vai vim, para te levar pro inferno.

Minha cara de tédio aumentou. Derramei mais água nele. Castiel arregalou os olhos, gritando.

- Em nome do Pai... - ele me encarou, desesperado. - Do Filho, do Espírito Santo, amém.

A cruz que fiz sobre ele, foi tudo. Castiel se desfez em cinzas. Deixando o vento surgir e bater no meu rosto. Agora ele está livre. Voltará para seu lugar de origem, o céu. Se Deus for mais severo, ficará preso no inferno. Suspirei, Kan saiu de mim. Levantei meu rosto, vi Lúcifer sorrir para mim. Minha mãe chorava, parada, ali. Leviatã piscou, como meus parabéns.

Vi meu cabelo no chão, já era. Meu corpo ficou tão fraco que caiu para frente. Graças a Deus que Kan me segurou.

- Parabéns garota. Você é incrível - ele sorriu, me dando um beijo na testa.

Não consegui dizer nada. Apenas fiquei ali, com a cabeça no ombro dele. As lágrimas vieram por lembrar de Miguel. Ele não pode ser ruim. Não, não. Eu sentia nele um ar bom. Mesmo sendo tão grosso. Miguel é meu irmão. Não importa oque os outros digam. Eu vou atrás dele, vou salvar meu anjo. Ele não nasceu ruim, não foi assim. Lembro daquelas histórias do anjo Miguel, que mamãe sempre contava. O grande protetor. Citado na bíblia sempre.