Aconteceu com a gente! (Revisado)

Capítulo 5

Luna

    O único sentimento que me alcançava era o nojo,nojo de mim,de estar perto de uma pessoa como ele,de me entregar sem ao menos lembrar do realmente aconteceu,tudo parecia surreal para mim,era impossível imaginar que tudo aquilo passou de um sonho,estava presa em um pesadelo sem fim,aonde existe apenas eu,no meu completo obscuro mundo,tentando ainda entender o porque acontecerá logo comigo.Saindo a cada passo daquela casa,um lágrima cai ao analisa-lá,tudo me lembrava Benjamin,o que me fez e como tomou conta da situação,aproveitando-se de um deslize,o que mais me doeu,não foi sua idiotice e sim perder minha virgindade com alguém como ele,sonhava em ser o dia mais romântico da minha vida,hoje não passa de uma angústia.

  Teresa me esperava atenta à porta,o balanço de suas pernas dava para se constatar que não estaria de bom humor,descalça e com a blusa amassada,parecia uma sem teto a procura de esmola,me olhava com fúria,a bronca era esperada,pra mim algo até bastante normal, não precisaria ter dormido fora de casa para que uma briga ocorre-se,bastava apenas ter acordado no mesmo ambiente que ela,é estranho,pois na lógica,ela seria a primeira pessoa que me acolheria depois dos acontecimentos,mas,sua soberania e arrogância inigualável a impedi se tornar um mãe.

— Onde você estava?! - puxa-me pelos cabelos, sem sequer ouvir algo sair de minha boca.

— Me solta mãe! Tá doendo! - joga-me no tapete manchado de comida em frente ao sofá.

— É pra doer mesmo sua vagabunda! - distribui tapas por meu corpo.

— Eu não sou nenhuma vagabunda! - as lágrimas já me faltam neste momento.

— Tava com quem?! Dando pra alguém por aí?! - pego sua sapatilha em mãos jogando em meu rosto.

—  Me deixa em paz! Porque você liga?! Você nunca se importou comigo! - supro forças inexistentes para levantar-me e retirar-me dali.

— Eu não quero meu nome sujo por aí por uma puta que nem você! Vagabunda! - enxugo meus olhos,refletindo para mesma que não ficaria por baixo.

— Vagabundo?! Vagabunda! A única vagabunda aqui é você mamãe! Uma puta sem escrúpulos capaz de machucar a própria filha por status! Parabéns! - bato palmas — Você se tornou a melhor mãe do mundo!

— Não me venha com sarcasmo! Isso não combinado com uma idiota que nem você! - se aproxima em uma tentativa de empurrar-me, porém a seguro antes que o faça.

— Eu vou dormir! Não me procure mais! Juro que irá se arrepender! - subo com dificuldades a pequena escadaria.

— Ameaçando sua mãe Luna?! Olha que o castigo vai pra você! - ri descaradamente.

  O travesseiro estava pesado,o luar entristecido,dias ruins estão por vir,e meu completo infortúnio me faz acreditar que tem algo haver com isso,a vida não tem mais sentido,humilhado por um idiota,destruída por minha mãe,tudo o que achava improvável de acontecer,levou apenas dias para se chocar, e lá no fundo me pergunto,o que fazer?! Como superar?! Minha convivência em casa já não era das melhores,e depois dessa briga,se separou ainda mais,nada me restava.

— Luna! - grita do corredor — Responde menina!

— Fala! - a palavra sai de forma retraída.

— Vou sair com um cara hoje! Se quiser comer tem miojo no armário!

— Ok! - respondi seca e friamente.

— E vê se não foge de novo! Quem sabe da próxima você não volta mais?! - minhas veias pulsão de raiva,ela só pode estar de brincadeira comigo — Te amo! - escuto as risadas vindas do andar de baixo.

                                      L & B

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