BenUma semana depois
Como explicar em palavras a dor de uma saudade? Talvez nem estando nesta situação sou capaz de responder,Luna tirou uma parte de mim que desconhecia,levou-a consigo e deixou uma cratera dentro do meu peito que insistia por sua volta,esses dias que se passaram foram os piores da minha vida, Thomas ainda um bebê frágil,teve que ser cuidado por mim e Sam durante esses momentos,quase sempre o levava para visitar a mãe,mesmo que se encontra-se inconsciente, eu sabia que tê-lo por perto aquecia seu gentil coração.
Buscar o paradeiro da assassina não está sendo nada fácil,buscamos em câmeras de segurança algo que nos desce uma pista ou caminho a seguir após tais imagens,mesmo que Lu estivesse só quando cheguei,sabia que haviam feito alguma coisa contra ela,no entanto a única coisa que conseguimos foi,uma marca e cor de um carro com a placa raspada, além disso,também tivemos relatos de outros moradores do condomínio,que disseram de certeza ser uma mulher,saindo de forma nervosa e desconsolável até o automóvel.Eu precisava achá-la,sentia que a pessoa estava mais próxima do que imaginava,porém não raciocinava quem poderia ser,Megan mesmo diabólica e calculista,não me passava o perfil de uma homicida,todavia não a descartei,todos estão na minha mira.
— Meu filho,eu sinto muito! - mamãe afastará as malas de sua proximidade,abraçando-me com força.
— Eu sei mãe! E o Jason? - minha expressão acabada e cansada,surpreenderam seus olhos.
— Preferi deixá-lo na casa de um amigo,a situação requer paciência e maturidade. - me posiciono sentado na cadeira da mesa.
— Foi melhor assim! - abaixo minha cabeça encostando-a no vidro gelado.
— Você está péssimo meu filho! - alisa meus cabelos com delicadeza.
— Não se preocupe com isso! - digo me afastando de seu toque.
— Onde está meu neto? - analisa a casa com alguns olhares de reprovação.
— Sam,que é a melhor amiga da Luna,se prontificou a ficar com ele hoje. - ouço meu telefone tocar na mesinha de centro de madeira.
"Alô"
"Ben,você precisa vir agora ao hospital!" - Dylan parecia assustado.
"O que houve?"
"Luna teve uma parada cardíaca,estão tentando reanimada!" - seguro-me na parede para não cair de desespero.
"Mais conseguiram?"
"Eu não sei,não me informaram nada além disso"
"Ok! Chego em poucos minutos"
— O que aconteceu?! - minha mente flutua para outro espaço,mal posso respirar.
Faziam horas que esperávamos arduamente por respostas,minha agonia e impaciência se juntava a demora de saber notícias,tinha a sensação de pontadas por todo corpo,o sentimento de perda me chegava com facilidade em pensamentos,e por alguns instantes,imaginei minha vida sem a dela ao meu lado,dói como uma facada,sangra internamente sem fim,está até difícil respirar, não aguento mais essa tormenta.
— Benjamin? - vejo a doutora Garcia se aproximar com cautela.
— Aqui! - levanto-me rapidamente,apoiando meu braço em Dylan.
— Bom,conseguimos controlar a parada cardíaca,nesse momento Luna se encontra estável,porém será necessária uma transfusão de sangue,como ela teve uma perda considerável e o banco de estoque está vazio para seu tipo sanguíneo,precisamos achar um doador com urgência. - levo as mãos a cabeça sem acreditar.
— Qual seria o tipo dela? - Dylan se pronuncia.
— Ela é O +. - espanto-me de relance.
— Sou O -,serve?! - digo na esperança de ouvir um sim.
— Sim,com certeza! - sorriu expressando alegria. — Antes teremos que resolver algumas burocracias,para ver se você pode ou não doar, provavelmente tudo dará certo.
Ela estava pálida como neve,equipamentos e fios a rodeavam,era como a cena de uma série hospitalar,seus olhos fechados em descanso,o cabelo bagunçado ao travesseiro e a boca seca em um tom claro,minhas lágrimas se puseram em seu rosto,a beijava com toda ansiedade, tocava sua pele com cuidado como se toca uma flor,eu só queria passar o resto da minha vida ao seu lado,não importava de que forma seria, só de estar perto meu coração se tranquilizou,a paz que me passava retornou a acontecer e em segundos,eu pude crer no amanhã.
— Volta pra mim! Por favor Luna,não me deixa! - ponho meu rosto encostado em sua mão.
— Ben? - ouço sua voz fraca tomar conta do ambiente.
— Amor?! Luna! - ela tem certa dificuldade para levantar as pálpebras.
— Ben!
L & B
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Aconteceu com a gente! (Revisado)
Roman d'amourLuna é uma solitária estudante do ensino médio,a vida conflituosa com a mãe e seus colegas de classe sempre a fizeram mais forte,porém em apenas uma noite tudo mudou,e em vez de sorrir,trocou o lápis pelas fraudas. PLÁGIO É CRIME Autora:vivianarcieri