Capítulo 17

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Ben

— Jura que você não vai com a gente?! - fala Andrew,um colega de faculdade.

— Não! Dessa vez prefiro ficar em casa! - recuso sua oferte de irmos a um barzinho.

— Então,até mais Ben! - acena já longe.

— Tchau! - procuro meu carro entre muitos.

A rotina está pesando em mim de alguma maneira,realmente não sei o que é,tenho deixado nos últimos tempos de fazer coisas que eram prioridades em minha vida,como sair com os amigos ou beber em tempo vago,apenas me dedicando em concluir meus objetivos, terminar meu curso e achar algum paradeiro relacionado a Luna,no fim os dois parecem bem distantes de serem alcançados.

— Vamos assistir aquela série! - joga-se no sofá,o amassando.

— Que série Dylan? - coço o couro cabeludo.

— The Blacklist. - recordo-me de quando falávamos sobre assisti-la.

— Põe aí! - puxo uma cadeira da mesa.

— Você sabe quando.... - assusto-me com o barulho do meu telefone tocando.

"Alô" - digo.

"Benjamin" - ouço uma voz feminina.

"Quem é?"

"Você não me conhece! Sou amiga da Luna,meu nome é Jenna"

"Luna?! Como ela tá?! Aconteceu alguma coisa?! - finalmente meu coração tranquilizasse por alguns instantes.

"Não! Por isso mesmo te liguei!"

"Luna pediu para ligar pra mim?"

"Na verdade não,eu peguei o seu número no celular dela"

"Mas o que aconteceu?!"

"Luna teve um sangramento a poucas horas e estou no hospital com ela"

"Aonde fica?" - o nervoso era nítido em meu timbre.

"New York"

"Oie?!" - surpreendo pela cidade.

"Ela precisa de você"

"Qual o hospital"

"Estamos no Presbyterian Lower Manhattan"

"Eu vou dar um jeito de ir"

"Ok"

"Obrigado por me ligar"

"Faço isso pelo bem da minha amiga!"

"Entendo" - desliga rapidamente.

  O sentimento que agora me toma era inexplicável,só de ouvir o nome dela já alegrava meu coração,pena que a situação para isso não seja a melhor,sei que será complicado arranjar em menos de duas horas uma passagem com destino a New York,porém, farei o que está ao meu alcance para reencontra-lá.

— Quem era? - pergunta paralisando o vídeo.

— Uma amiga da Luna! - não reagia ao que acabara de acontecer.

— E aí?!

— Luna teve um sangramento! - ponho as mãos na cabeça.

— Como ela tá?! - levanto-me andando de um lado o outro.

— Não sei,ela não explicou direito! A única notícia é que estão em New York. - só pensava nas estratégias de ida.

— Caramba! Ela foi longe!

— E eu irei também! - o mesmo me olha sem dar muita coragem.

Consigo um voo para as três e meia da tarde,a duração será de mais ou menos oito horas,o único que saberia dessa viajem era Dylan, minha mãe ficarei preocupada se soubesse,no entanto,até eu me sentia aflito naquele momento,era a primeira vez em meses que a veria,o coração pulsavá mais rápido,a barriga embrulha e o corpo sou-a sem cessar,só queria ver seu sorriso,a barriga de grávida e um "eu te perdoo",porém tenho plena consciência que não sou digno dessas palavras.

  Paro na recepção do hospital,levava apenas uma mochila com meus pertences,uma senhora de no mínimo cinquenta anos atendia os familiares,avistou-me de longe,fez um gesto com a mão chamando-me em sua direção,seu cabelo já demonstrava o grisalho,os olhos profundos e macabros me davam medo,era como estar dentro de um filme de terror, hospital,senhorinha,tudo batia de certa forma.

— No posso lhe ajudar meu jovem? - acorda-me de meus pensamentos,tirando-me um leve sorriso.

— Estou a procura de uma paciente,ela deu entrada a um dia mais ou menos.

— Qual seria seu nome? - sua simpatia não se comparava a uma bruxa em minha imaginação.

— Luna! Ela é jovem,tem 18 a 19 anos e está grávida. - me encontrava um pouco sem paciência.

— Já sei quem é! Ela sofreu um sangramento durante a gestação,eu mesma a atendi quando chegou. - meu peito dispara.

— Posso vê-la? - meu tom de voz sai espremido.

— O que você seria dela? - pergunta meio desconfiada.

— Sou o pai do bebê. - fico cabisbaixo.

— Me acompanhe! - indicar-me o caminho.

  O corredor diminuía a cada passo,já sentia a energia exalada por ela tomar todo meu ser, minhas mãos tremiam,ao mesmo tempo que estava feliz em revela,sentia remorso de ter-lhe causado toda essa confusão,como poderia encara-lá? Apenas dois minutos me separavam daquela cena.

— Licença! - digo ao adentra em seu quarto.

— Ben!

                            L & B

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Aconteceu com a gente! (Revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora