Capítulo 9

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Já haviam se passado dias desde a última vez que eu falara com Anderson, ele tinha ficado alguns dias fora da empresa e não me adiantara nada sobre o que queria me contar.  Ele queria me dizer algo pessoalmente​, algo que a princípio tive muita curiosidade em saber, mas passados dias já estava bem sossegada, não devia ser nada grave ou, então, eu já saberia.

Estava em meu quarto cantando e tocando violão quando recebi um telefonema de Anderson. Cantava a seguinte música:

És o dono dos meus dias
Sempre comigo, todo tempo
És o centro da minha vida
Que seja Teu o meu pensamento

E se eu me desviar
Fala comigo Senhor
Com todo o Teu amor
Não me importa à hora ou lugar
Que toda vida em mim seja pra Te adorar...”

(Dono dos Meus Dias - Daniela Araújo)

A princípio fiz uma careta ao ouvir o celular tocar e vibrar em cima do criado mudo, depois até sorri, era bom ter notícias dele.

- Alô!?

- Bora almoçar!? - Anderson soltou assim que ouviu minha voz.

- Tudo bem com você!? Olha, eu tô ótima! Aliás, estava aqui de boa cantando, tocando violão…

- Desculpe se fui mal educado, não foi a intenção! - ele sorriu - Mas, então!? Topa ir almoçar comigo?

- Onde pensa em ir!?

- No shopping perto da empresa mesmo, tem um restaurante de comida italiana muito bom, é bem simples, mas a massa deles é ótima!

- Que horas te encontro!?

- Daqui meia hora!

- Meia hora!? E quando me arrumo!? - homens, realmente não entendem as mulheres.

- Não consegue se arrumar em meia hora!?- Anderson bufou em tom brincalhão do outro lado da linha - Te espero daqui uma hora então! Já vou avisando que o almoço é por minha conta, não ouse recusar! - sorri, ele estava muito feliz e eu sentia que era uma felicidade verdadeira.

Quando cheguei no shopping Anderson já estava lá, ele não reclamou do atraso de quinze minutos, abriu os braços ao me ver e quando diminuímos a distância entre nós me abraçou de um modo apertado, chegou a me tirar do chão e quando me devolveu ao mármore lustroso deu-me um beijo estralado na bochecha. Nem preciso dizer o quanto estava vermelha, e como senti minhas bochechas aquecerem quando percebi vários pares de olhos nos observando, não é!?

- Tenho tanto o que te dizer! - Anderson iniciou assim que nos acomodados em uma mesa na praça de alimentação que tinha visão panorâmica da região - E estava ansioso para compartilhar!

- Confesso que fiquei curiosa também.  - disse sem encará-lo, meu prato de penne a bolonhesa estava incrível - Porque esteve afastado da empresa!?

- Tinha horas acumuladas, meu chefe permitiu que eu as utilizasse para poder resolver algo muito importante!

- Hummm.

- Fui falar com meu pai! - Anderson sorriu.

- Sério!?

- Sim e foi muito bom! Meus pais moram​ no interior, fui até lá sem avisar. No início foi difícil, meus irmãos pensavam que eu havia feito alguma coisa errada por aqui, perdido o emprego e por isso, tinha voltado.

- Puxa - arregalei os olhos, limpei os lábios com o guardanapo de papel e o encarei - E como conseguiu resolver tudo!?

- Ah eles queriam que eu provasse que não era verdade o que pensavam, então, eu disse que não tinha que provar merda nenhuma! Desculpe pelo palavreado - Anderson levou uma mão à boca - Mas, foi o que aconteceu. Eu precisava apenas pedir perdão aos meus pais e foi o que fiz! Disse que estava arrependido por tudo e que estava voltando para casa do Pai.

Em Teu Amor (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora