Monster [Em revisão]

I - Almas puras, Demônios e Vampiros.

— Eu estava dizendo a ele isso, né Kai? — O garoto alto, de cabelos pretos e olhos castanhos, que encontrava-se sentado, olhava para o rapaz ao lado.

Ao contrário de Sehun, o rapaz a sua esquerda tinha a pele bronzeada, uns centímetros mais baixo e os cabelos platinados puxados para trás formava um topete. Kai ou Kim Jongin, comia entretido seu hambúrguer, mas ao ouvir ser chamado parou para olhar e analisar os amigos.

Kai balançou a cabeça concordando com a fala anterior — Cara, apenas esqueça o Kris, ele foi para a China — Disse olhando para Chanyeol.

Chanyeol, por sua vez, era o mais alto dali, tinha orelhas um pouco grandes – um dos seus charmes –, os cabelos estavam tingidos de vermelhos e os olhos castanhos escuros um pouco grandes. Geralmente ele sorria, mas naquele momento bufava frustrado, estava triste por ter perdido seu ficante.

— Que saco — Comentou o grandão — Ele nem falou comigo, me mandou a bosta de uma mensagem.

— Qualé, você já fez pior — Sehun comentou rindo, pegou uma batatinha e a levou até a boca.

— Isso não vem ao caso — Chanyeol resmungou enquanto um bico involuntário tomou conta dos seus lábios.

— Mas veja, agora você pode ir às festas, boates, essas coisas aí com a gente — Kai comentou enquanto dava outra mordida no hambúrguer — Vai ser divertido, você nem vai dar falta dele — disse com a boca cheia.

— Tenha educação, Hyung — O de cabelos pretos – vulgo Sehun –, falou.

O silêncio tomou a mesa por alguns segundos, Chanyeol olhava para os amigos pensativo, acabara de perder o futuro namorado, porém ainda tinha seus fiéis amigos. Ele sorriu, mostrando seus dentinhos brancos.

— Vocês são demais.

— É, eu sei — Sehun disse convencido.

Os três riram divertidos e voltaram a atenção para o lanche que os aguardava, sendo do jeito que fosse ainda estava tudo certo. O resto do tempo que passou ali foi agradável, eles riram, brincaram, passaram vergonha juntos, mas já se despediam.

Chanyeol seguiu seu rumo em direção a sua casa, a rua estava vazia, o que fez com que o grandão estranhasse. As ruas da cidade eram movimentadas, estranho ou incomum, uma daquelas ruas estar vazia. Park Chanyeol era medroso, não mentiria caso perguntassem, mas, mesmo assim, tinha que chegar em casa.

A iluminação começava a ser falha em alguns trechos, partes muitos escuras aquele hora o estavam apavorando e então, para ajudar – vulgo piorar – a situação, ele avistou um homem. O rapaz do outro lado da rua usava roupas todas pretas, tinha a pele branquinha destacada, os olhos eram grandes e o cabelo bem cortado, também da cor preta. Os olhares de ambos choraram-se por um momento, um arrepio perpassou por sua espinha, espalhou-se por todo o seu corpo em uma onda de choque. Assustador.

Os passos ficaram um pouco mais apressados para chegar em seu prédio, o qual, quando alcançado, entrou sem esperar nada ou sequer falar com o porteiro.

O homem na rua havia, a um tempo, parado enquanto olhava para o prédio onde o rapaz a pouco entrara. Um sorriso tomou conta dos lábios do desconhecido, havia mais uma alma pura dentro daquele milênio, ao menos isso para saciar seu desejo. Os olhos do homem viraram na direção de outro que andava alguns muitos metros a sua frente, era exatamente ele que queria encontrar e precisava falar.

2

O rapaz de cabelos negros um pouco grandes, mas bem cortados, pele pálida, olhos azuis escuros e vestes em vermelho e preto, andava despreocupado pela rua, estava satisfeito pelo lanche que havia feito a pouco tempo. Seu corpo parecia mais leve, estava com uma sensação boa dentro de si após ter se alimentado, mas, para seu azar, outro sentimento sobressaiu ao momento perfeito, algo bem familiar.