Monster [Em revisão]

III - Humanos, Vampiros e Híbridos.

Chanyeol ajeitou o boné na cabeça, passou a mão rapidamente pela roupa apenas para conferir se estava bem e sorriu para o espelho satisfeito. Tinha que correr agora para chegar na universidade.

O Park correu pelo pequeno apartamento atrás do celular para não esquece-lo, como ocorreu no dia anterior. Achou o aparelho em cima da mesa na cozinha, o jogou no bolso e dirigiu-se para a porta pegando a bolsa no sofá que ficava no caminho.

O garoto abriu a porta calmamente e, após sair, a trancou. Caminhou pelo corredor enquanto cantarolava pensando se havia esquecido de algo para evitar alguma surpresa futura, despertou dos seus devaneios passageiros com o barulho do elevador indicando que já havia parado no andar que queria.

— Bom dia, Park! — O porteiro disse animado com um sorriso gentil no rosto.

— Bom dia, Junmyeon, como foi o trabalho ontem? — Chanyeol perguntou sorrindo para o outro.

— Você sabe, até as sete da noite em um completo tédio — Resmungou o porteiro, logo depois olhando para a rua pensativo — Você não me deu boa noite, entrou correndo, ocorreu algum problema grave?

— Ah... — O Park coçou a nuca — Eu estava com medo, me desculpe, Jun — Sorriu amarelo.

A risada do porteiro chegou a ser reconfortante para Chanyeol, era gostosinha de ouvir, como também os olhinhos fechando parcialmente era bonito e fofo.

— Certo, certo — Falou ele com um sorriso no rosto — Entendi.

— Já vou indo! — O Park exclamou voltando a andar — Vou acabar me atrasando mais!

Junmyeon observou o garoto alto sair do prédio e começar a correr, seu sorriso foi apagando aos poucos enquanto seus olhos estavam fixados na rua. Ele sentiu um calafrio passar pela sua espinha e isso era um péssimo sinal.

Chanyeol corria pela rua apressado, se fosse naquele ritmo conseguiria pegar o ônibus e não precisaria ganhar uma atraso de meia hora, porém, para seu azar, tropeçou em algo e caiu igual uma fruta madura, seu rosto colidiu contra o chão fazendo surgir uma marca vermelha em sua bochecha e uma forte pontada de dor que se seguiu por uma careta.

Os seus olhos um pouco marejados viraram-se em direção a um beco e, então, arregalaram-se ao notar que havia tropeçado em um braço. Ergueu o corpo de forma rápida, estava apavorado com a ideia de ser uma pessoa morta e, devido ao seu medo, arrastou-se para dentro do beco. Em uma análise minuciosa feita de forma rápida ele constatou que não havia machucados ou coisas do tipo, passou os dedos pelo braço pálido do corpo jogado no chão sentindo a pele fria.

— Você está... — Sussurrou para o nada enquanto tentava ver o pulso daquela pessoa.

Seu coração parou e todo o seu corpo entrou em choque quando a mão do corpo, que achava estar morto, segurou seu braço. Aos poucos a pessoa abriu os olhos revelando o azul escuro de sua íris, sua expressão formou uma careta e de seus finos lábios saiu um gemido de dor.

— Que merda — Ele resmungou soltando a mão de Chanyeol e deixando o corpo relaxar sobre o chão frio.

O Park pareceu acordar de seu choque e soltou outro grito atrasado afastando-se do homem jogado no chão.

— Você está vivo!? — Ele gritou espantado.

Era visivelmente óbvio que aquela pessoa estava viva, mas o corpo era um pouco frio demais e, a pouco tempo atrás, estava sem pulso algum.

— Sim, não está vendo? — O rapaz revirou os olhos e tentou sentar.

Chanyeol observou o menor sentar enquanto resmungava de dor, a lâmpada em sua cabeça acendeu: Aquela pessoa precisava de ajuda. Moveu-se um pouco desesperado e de forma desajeitada para próximo do outro novamente.