Epílogo

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"Quando os céus e a terra não passavam de meras lendas, doze forças nutriam a árvore da vida. Porém, o olhar da morte apoderou-se da árvore, despejou em seu corações o ódio, então, lentamente secou-se o coração da árvore. Pretendendo salvar o coração dessa tal árvore, as forças decidiram dividir-se e a árvore da vida se partiu em duas metades. Em cada metade diferentes tempos e espaços. As forças criaram dois sóis que igualmente brilham em dois semelhantes mundos. Agora, tais forças caminham em diferentes terras compartilhando o mesmo céu. Sem saber que compartilham a mesma terra em diferentes céus e, antes que a terra se parta e os mundos, outrora separados, voltem a se unir, as forças novamente se encontrarão. No dia que as forças conseguirem purificar o que foi maculado, um novo mundo surgirá."

"Acima está uma breve cantiga do povo das fadas, quase destorcida, contudo apenas muito reduzida. Atualmente estamos a usando como base para as explicações que o povo quer, que as pessoas exigem. O relato no qual a achamos pela primeira vez vêm de uma fada que refez sua vila em uma das proximidades ao redor de Seoul, Lee Sewoong, que teve o lar invadido por demônios e residentes do esgoto. Depois do conhecimento dessa lenda traçada, mais e mais livros de bibliotecas espalhadas pelo triunvirato foram achados e destacados para a comunidade literária e historiadores no intuito de responder a maior questão da Coréia do sul.

O que aconteceu com o mundo?

Ao que se diz das crenças, a árvore que domina Seoul é a árvore da vida, renascida do caos após juntar todos os seus pedaços. O triunviratu Minhyuk, tão centenário quanto  evento mencionado, afirma que sem os sacrifícios, coragem e animosidade dentro de nós o mundo teria chegado a uma nova era não muito agradável. Praticamente o seu fim.

Religiões crentes em Deus acreditam que tudo estava dentro do plano dele, como um segundo dilúvio bem seletivo. Contudo, a pauta gera revolta entre os sobrenaturais, no fim das contas os mais dizimados como já diz os números e as novas contagens. As discussões sociais acerca do que chamamos de Semestre do Miasma, estende-se por diversas vias e as novas políticas para a coexistência dos sobrenaturais e seres humanos. Não sendo a pauta do dia, passemos adiante.

O ponto a que devo chegar é que devemos acreditar na espiritualidade de modo geral, afinal não há como negar a existência desse grande universo, aberto a partir de uma árvore de seiscentos e cinco quilômetros quadrados com apenas doze frutos espalhados em seus galhos onde tudo que ela sombria não pode ser tocado por qualquer sinal de vida e se estendendo até o infinito das pequenas peculiaridades de cada espécie que está se coletando dados.

Se não é a lenda, o que mais seria? Deus, um feiticeiro, uma fada? A lenda.

Todas as vertentes voltam para a primeira teoria, uma simples cantiga. Nisso, inclui-se a necessidade de compreensão à os sobre-humanos, e as homenagens também a eles. Lembre-se humanos, nós existimos e estamos aos seus lados todos os dias, desde do inicio dos tempos. Não é negando nossa lenda, ou ridicularizando nossos costumes e difamando nossas raças que vamos conviver melhor. 

O que aconteceu com o mundo aconteceu, com ajuda de todos nós. De todos os nossos problemas eclodindo juntos. Existem atrocidades de todos os lados. Espero mais compreensão para uma melhor sociedade mista." 

Chanyeol abaixou o celular e pegou o copo de milkshake, trocou olhares com um homem de blazer no lado oposto do estabelecimento, mas ele estava acompanhado por outro homem; fato que era igual a si mesmo. Sehun devorava um hambúrguer, o rabo felpudo abanando tanto pela felicidade de comer, quanto pela monotonia do ato. 

— O que acha desse? — Jogou o celular na direção do amigo — Kim Jongin é um ativista dos direitos do subsolo e é o babaca que falou para os humanos pararem de se intrometerem nisso. Esse pessoal está escondendo algo.

Monster [Em revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora