Monster [Em revisão]

XVII - Pequeno lobo, Triunvirato e Vidas passadas.

O garoto estava no chão enquanto o peito subia e descia em um ritmo completamente embaralhado, seus sentidos mais até do que sua própria respiração, ele estava sentido vários pontos do seu corpo doer além do suar bastante. O lugar era abafado, as roupas aumentavam consideravelmente a dose de calor e, ainda por cima, incomodavam como um inferno.

Deus, como ele queria muito ajuda, ah! Ele queria o seu Hyung para ajudá-lo, para fazer aquela dor sumir de uma vez por todas, mas para seu azar não tinha e de quebra também não tinha seus pais ou seus amigos.

Seu rosto ficou grudando ao chão para se esforçar a levantar, tarefa nada bem sucedida, quase não conseguia se mexer com aquelas pulsações fortes que não paravam e ainda ocilavam no tempo de bater. Os olhos arderam, inconformado, frustrado e sozinho. Soltou um grito quando pois força no braço, um alto e horripilante de puro horror.

O que estava acontecendo consigo? O que era aquilo?

Suas mãos desesperadas buscaram o membro coberto e começaram a cavar as roupas em busca do seu amiguinho bem dolorido, nunca havia se tocado com tanto desespero. Quando os dedos nervosos encostaram no membro escondido pode sentir uma enorme descarga elétrica passar ligeiramente pelo seu corpo. Apesar de começar a massagear aquele lugar tivesse aliviado bastante o que sentia, sua mente gritava dizendo que era inútil. Algo dentro dele sabia que aquilo não ajudaria muito.

A situação do Omega já não era boa, mas, muito provavelmente pioraria. Um lobo vagava por uma casa próxima em busca de uma garotinha que se esconderam bem, bem demais e isso o tinha tirado do sério. Aqueles passos pesados e zangados cessaram, a garotinha escondida tapava a boca com a mãozinha pequenina com muito afinco enquanto derramava lágrimas típicas do desespero.

O lobisomem olhou a sua volta confuso, fungou o ar com curiosidade, o cheiro doce e distante que invadira a casa havia capturado sua atenção completamente. Não era apenas um cheiro doce de um ômega qualquer, era um cheiro muito adocicado e, ainda assim, nada enjoativo. Ele resolveu deixar a garotinha para depois.

Jungkook aumentou a velocidade dos toques fervorosos em seu membro, prendia em sua garganta os sons que gostariam de ser dispersos pelo ambiente, algumas gotas de suor se acumulavam na pele alva e, mesmo assim, nada diminuía. Sentia-se impaciente ainda, mais que solitário e, por mais que amenizado, as dores. Passava-se em seu interior um sentimento angustiante, o desespero mergulhando no mar feito da mistura dos outros sentimentos e o garoto não conseguia lidar bem com aquilo.

O corpo com os hormônios a flor da pele, os sentimentos emaranhados, os pensamentos volúveis, com as idas e vindas sem resultados; acabou-se formando então lágrimas grossas que foram saindo sem permissão e os lábios foram mastigados para não soltar sons.

Sem o jovem notar, já que sequer existia uma forma dele prestar atenção no ar pesado de desejos impuros que o rodeava, acumularam-se diversos lobos ao redor de sua casa sendo guiados pelo aroma agradável que o lugar exalava sem pudor e, Deus, como ele ficaria apavorado.

Lobos famintos, criaturas seguindo ideais mortos e rastejantes, seres de índole perversa e nada plausível. Loucos que lutavam por uma liberdade carregada de sangue em mãos inocentes, lágrimas por dor das mais variadas e suor daqueles que batalharam pelo controle deles. Pessoas sensatas que acreditavam na humanidade.

Impacientes e desprovidos de sensatez, consumidos pelo desejo insano que os prendia à aquele ar mais que tóxico e viciante, eles passaram a tentar passar pelas portas fragilmente protegidas. Jungkook se encolheu ao ouvir os sons de objetos quebrando, do seu telhado sucumbindo por algum peso muito grande e, ao mesmo tempo, teve um espasmo de prazer por involuntariamente fazer uma pressão maior no seu membro excitado. Sequer teve tempo de por os sentidos no lugar e, apesar de estar desesperado para um alívio, sentia a aura assustadora e as tendencias maliciosas sem uma exceção. Sentia repulsa. Queria-os longe e, bem, viu-se mais uma vez rezando para aquele Deus ao qual não possuía muita fé, mas dessa vez mais sério. Implorava por ajuda que, ao menos, conseguisse levantar e lutar por si mesmo.