Capítulo 1

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Meu nome é Lira Morgan, tenho 16 anos e moro em Ohio. N,, ão tenho muitos amigos, melhor não tenho nenhum amigo, todos se mantem longe de mim, falam que eu sou estranha, mas bem, isso não me afeta, pois apesar de tudo eu sou feliz. Sou uma adolescente de beleza razoável olhos castanho escuro, pele branca, cabelo castanho claro, resumindo, eu me acho uma garota bonita, mas ninguém nota.

Eu acordo com o barulho do despertador, me tirando do meu pesadelo. Passei as mãos no rosto, depois me levantei, fui até o banheiro, tomei meu banho escovei meus dentes e lavei o rosto, quando me olhei no espelho meu coração quase parou.

– Mãe! – Eu gritei ainda olhando para o espelho muito assustada, "meus cabelos estão brancos!", eu estava me perguntado como isso era possível. Minha mente ficou uma bagunça, como isso aconteceu?

Lá em baixo escutei minha mãe subindo as escadas as pressas e escutei a porta do meu quarto sendo aberta e em seguida a porta do banheiro.

Eu estava de toalha olhando para o espelho e minha mãe me olhando apavorada tanto quanto eu.

– Lira! O que aconteceu?

– Eu não sei mãe. Eu só me olhei no espelho e vi meu cabelo assim!

– Pensei que não fosse acontecer assim tão depressa.

– O que? Como assim? Você já sabia que isso iria acontecer. – eu não estava acreditando no que ela tinha acabado de me dizer.

Por alguns minutos minha mãe ficou séria e olhando para o nada. Depois de um tempo, em fim ela disse:

– Filha temos que conversar. – Ela estava muito séria, e me deixou mais assustada ainda.

– Venha, sente-se ali. –  disse puxando uma cadeira para perto da cama eu já tinha vestido um roupão e estava o ajeitando quando ela começou a falar – Lira, essa foi só a primeira mudança, os seus olhos não serão mais pretos, aos poucos eles irão se tornar azuis, mas não se assuste. Quanto ao seu cabelo.... Você terá que se acostumar porque ele ficará assim para sempre.

Eu estava parada sem nenhuma reação, ela disse tudo aquilo com uma naturalidade. Como se fosse a coisa mais normal do mundo, num dia você dorme normal e no outro acorda com os cabelos brancos.

– Mãe você está brincando, né? O meu cabelo irá ficar assim para sempre? – Ela disse que sim com a cabeça e uma lágrima escorreu por seu rosto, eu entrei em pânico. Não sabia o que fazer. Sinto uma forte dor de cabeça e me apoio na cama.

– Querida. O que aconteceu?

– Eu não sei mãe, minha cabeça está girando.

Eu não conseguia ver nada, imagens se passavam na minha cabeça, até que elas foram desaparecendo aos poucos.

– Você  está bem?

– Sim, eu estou bem mãe... Só minha cabeça que começou a doer, mais já passou.

– Quando você chegar da escola iremos conversar sobre isso, mas agora vá se trocar e depois desça para tomar café. Vou sair para que se arrume.

– Mais ma... – quando eu fui chamar ela novamente já estava sozinha, então eu coloquei meu uniforme. Uma saia meio rodada nas cores azul e branco que batia um pouco a cima dos meus joelhos, e uma camisa azul com o símbolo da escola.

Quando eu terminei deixei meus cabelos soltos, passei uma maquiagem bem leve e um batom vermelho, quando descia as escadas pude ver minha mãe, ela chorava mais não queria me contar o motivo ainda.

– Mãe?

– Sim filha. – disse ela me olhando. – Você está linda, seus cabelos...ficaram bem melhores do que imaginei.

– Porque está chorando?

–  Eu não estava chorando, eu só...

– Mãe me fale, eu ainda não entendo nada do que está acontecendo aqui, meus cabelos, minha cabeça... tudo está confuso.

– Eu sei que esta confusa más logo tudo isso irá se explicar minha linda, tenha paciência. –
Nós nos abraçamos, foi um longo abraço pois não queria sair de seus braços, estava tão assustada...

– Minha linda, sei que é forte e irá superar isso tudo. – ela acabou meu cabelo. – Só mantenha a calma, tudo bem?

Eu a soltei e quando vi já estava chorando.

Me afastei e subi para o quarto correndo, entrei enchuguei minhas lágrimas e peguei um casaco preto que batia até a minha cintura, já que estava um tempo meio frio não iriam notar muito, e com a toca, meu cabelo não iria aparecer.

Quando terminei me olhei no espelho, e uma coisa passou por minha mente, não eram imagens mas sim vozes.

Não fuja.

Fiquei em choque.

Minha pele estava pálida e nem tinha percebido que algumas mechas do meu cabelo haviam ficado meio cinza e o resto branco.

Quando voltei a mim, percebi que minha mãe estava me gritando, já estava atrasada.

Desci as escadas rápido, peguei o material e coloquei o capuz.

– Tchau mãe.

– Até mais minha princesa. – Na voz dela eu pude perceber que chorava mas não havia tempo para parar e perguntar o porque.

Quando cheguei na escola alguns alunos já estavam lá, mas nada do professor. Entrei com a cabeça baixa e fui para o meu lugar. Me sentava no canto da sala, bem no fundo. Logo após eu me sentar, o professor chega e todos ficam em silêncio.

– Alunos, tenho uma notícia para dar. Peço para que todos fiquem em silêncio, por favor. – silêncio – Esse ano teremos várias novidades e também vários novatos. – disse. – Entre por favor.

Um garoto que aparentava ter a minha idade, cabelos pretos e parecia ter os olhos verde - azulado, pele branca como a minha, entrou.

– Pessoal esse é o Miguel, por favor se apresente.

– Olá, meu nome é Miguel Balsano. – sua voz era calma, parecia me hipnotizar. – Tenho 16 anos e sou novo na cidade e como podem ver na escola. – seu olhar passou por toda a classe mais parou em mim, fixo no meu olhar.

Ele me deu um sorriso simpático e eu retribui com um sorrisinho tímido.

– Bem! Miguel pode se sentar, formem duplas e abram na página cinqüenta e oito  do livro de química.

Aula de química, minha aula preferida, só que não.

Como sempre eu iria ficar sozinha.

Eu estou me sentindo triste mas não sei o porque, ultimamente me sinto mais só do que nunca.

– Olá, posso fazer dupla com você? –  me virei e fiz que sim com a cabeça e ele puxou a mesa do lado e se sentou.

– Oi.

– O - Oi.

– Qual é o seu nome?

– Lira, prazer.

– O prazer é meu Lira, e...o seu cabelo é branco?– abaixei a minha cabeça na hora e coloquei uma mecha que estava para fora do capuz de volta no lugar, e tentei, meio que me esconder dele.

– Me desculpe, eu não quis... – antes dele conseguir se desculpar o interrompo.

– Não, não calma. O meu cabelo nem sempre foi branco... é difícil de explicar.

– Entendo, eu não quis me intrometer.

– Não se intrometeu. Bom vamos começar de novo? Meu nome é Lira, prazer.

– Prazer, sou Miguel. – apertamos as mãos e trocamos sorrisos, e a aula se seguiu, com risinhos contidos de piadinhas que ele contava, foi a melhor aula de química de todas.

Primeiro capítulo! Espero que tenham gostado. ^_^

Tenham paciência comigo, é o meu primeiro livro.

A Única Herdeira - REVISADOOnde histórias criam vida. Descubra agora