A Única Herdeira - REVISADO

Capítulo 15

Ele se foi me deixando naquele frio.

Minhas mãos tremiam de nervoso só de lembrar do episódio.

Caí de joelhos no chão deixando as lágrimas virem com tudo.

Fiquei um bom tempo ali ajoelhada, chorando e quando fui ver já estava de noite.

- Não chores princesa.

- Q-quem está aí? - sequei minhas lágrimas.

- Olhe para cima. - olhei para e tudo que eu vi foi a lua.

- Lua?

- Sim princesa, eu sou a lua e irei te proteger durante a noite e lhe ajudar durante o dia.

- Porque você faria isso?

- Tem muitas coisas que você ainda não sabe...

- Então me fale, o que eu não sei?

- Tudo tem sua hora. Quando for preciso saberá, agora vá descansar pois acordará cedo amanhã.

- Mas...- não consegui terminar, meus olhos pesaram e só senti o impacto do chão.

- Vamos acorde. - ouvi aquela voz suave, a mesma que falava comigo em minha mente noite passada.

Meus olhos se abriram lentamente e pude ver paredes azul bebê a minha volta.

Me sentei com dificuldade. A cama era macia e enorme, no canto do quarto tinha uma penteadeira branca, um armário ao seu lado e do outro lado do quarto uma porta, que eu presumi que levava para o banheiro.

Vi uma mulher que aparentava ter uns vinte e nove anos de idade, sua pele pálida, olhos pretos como a noite e seus cabelos brancos batiam até a cintura.

- Quem é você? - minha voz saiu rouca.

- Você me vê todas as noites. - Foi aí que eu me lembrei do que me aconteceu noite passada.

- Onde eu estou e como eu vim parar aqui?

- Você está no meu castelo, eu te trouxe. Agora se troque e me encontre lá fora.

Assenti e ela saiu do quarto me deixando sozinha.

Me levantei e fui direto para o banheiro.

Senti uma vontade enorme de vomitar e não aguentei e acabei vomitando um líquido preto e com gosto de remédio.

- O que é isto? - lavei minha boca e fui tomar meu banho.

As últimas imagens da minha mãe não saíam da minha mente e iniciei um choro silêncioso.

Quando terminei coloquei uma calça jeans azul escura e uma camiseta branca, sequei meus cabelos e os deixei soltos.

Do lado de fora do quarto era maior do que eu pensei. Tinha um longo corredor tanto para a esquerda quanto para a direita e eu não sabia para onde ir

- Para a esquerda querida, em seguida vire a direita e passe pela porta, estou aqui lhe esperando. - A voz dela na minha mente me indicou a direção.

- Obrigada. - agradeci e fui na direção que ela mandou.